Economista da equipe de Bolsonaro projeta crescimento de até 5% do PIB
Carlos Alexandre da Costa acredita em alta de 3,5% do PIB em 2019 e patamares ainda maiores com resolução da questão fiscal e ganhos de produtividade
O economista Carlos Alexandre da Costa, ex-diretor do BNDES e membro da equipe de transição do governo Jair Bolsonaro, avalia que a agenda fiscal e de aumento da produtividade vai gerar forte crescimento da economia.
“Teremos um país que vai poder crescer 5% ao ano, segundo cálculos preliminares”, disse Costa, em evento promovido pelo BTG Pactual.
Costa está trabalhando nas áreas de produtividade e competitividade dentro da equipe de transição e começou sua palestra comemorando o recente aumento da confiança do empresariado.
Ele ponderou, no entanto, que essa confiança também pesa sobre a equipe do novo governo.
"As expectativas são muito positivas o que coloca uma responsabilidade enorme sobre nossos ombros”, disse Costa.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Na sequência, disse estar confiante que “chegaremos a 3,5% no ano que vem” e que as estimativas atuais, de crescimento de cerca de 3% da economia, podem ser elevadas se considerarem esse aumento de confiança dos agentes econômicos.
Leia Também
Além do vetor confiança, o hiato do produto está muito alto e há muito investimento represado que está começando a ser destravado “por indicações que temos recebido”.
O longo prazo
Olhando para o longo prazo, Costa afirma que o endereçamento das questões fiscais é o que importa, e com estabilidade das variáveis fiscais é possível crescer 5% ao ano “por alguns anos”.
Segundo Costa, 5% parece muita coisa para um país que esteja próximo de sua fronteira de produção, mas não é muito quando se leva em conta a baixa produtividade da economia brasileira.
Na área da produtividade, Costa disse que o foco está em “destruir o velho”, ou seja, acabar com tudo o que foi criado nos últimos anos que atrapalha os funcionamentos de todos os mercados, de capitais, de crédito, de trabalho, de produtos. É o que o economista chama de “lado Shiva”, em referência ao deus da destruição dos hindus.
“É uma agenda ampla de redução do monstro que se transformou nosso Estado em várias dimensões. Se melhorar o que atrapalha o empresário, temos de crescer muito, pois somos muito bom”, disse Costa.
Do lado da criação, disse Costa, é focar no quem tem impacto desproporcional, como capital humano e inovações que funcionem.
Crescimento na veia
Também presente no painel, o chefe da assessoria especial do Ministério da Fazenda, Marcos Mendes, fez coro ao dizer que produtividade é "crescimento econômico na veia". Ele também destacou a importância do ajuste fiscal sobre as expectativas, algo que acaba antecipando a agenda de investimentos.
Mendes disse que se o novo governo não quiser apresentar nenhuma nova proposta, a equipe atual está deixando uma “lista enorme” de coisas já realizadas e a realizar, como regulamentação da Letra Imobiliária Garantia (LIG), a Taxa de Juro de Longo Prazo, a nova política de crédito do BNDES, a revisão da relação BC e Tesouro, cadastro positivo entre outras.
O assessor do ministério, no entanto, chamou atenção para as dificuldades do processo decisório no Brasil, lembrando que o Congresso e mesmo o Judiciário têm um poder grande de interveniência.
“Então, tem que ter muito foco. Escolher o que votar, foi esse trabalho de escolha que fizemos na Fazenda e no Banco Central”, disse.
Para Mendes, o governo Bolsonaro dará uma grande contribuição se conseguir cumprir o teto de gastos. Ele listou algumas medidas que podem ajudar o próximo governo: revisão regra do salário mínimo, rever o abono salarial, reforma da Previdência “no formato que está na Câmara”, e uma política realista de reajustes e contratações no setor público.
As reformas fiscais e tributárias
Último a falar, o economista-chefe da SPX Capital, Beny Parnes, concordou com tudo o que foi dito e disse que são necessários dois fatores para se atingir o crescimento sustentável, mote do painel de discussão.
O primeiro é um regime fiscal sustentável e, segundo, uma reforma para simplificar o regime tributário.
Segundo Parnes, com uma reforma da Previdência, o juro real neutro da economia cai para cerca de 3% (taxa que permite máximo crescimento com inflação na meta), percentual considerado razoável.
Se isso for aliado a um aumento no investimento dos atuais 16% do PIB para cerca de 18% a 20%, o crescimento da economia deve ficar na casa dos 3,5%.
Em uma breve provocação a Costa, Parnes disse não conseguir chegar aos 5% de crescimento, falado pelo economista, “mas se deus quiser vou conseguir enxergar”. No entanto, ele ponderou, posteriormente, que o ciclo de crescimento pode se acelerar muito e que se mundo não desandar, teremos um fluxo enorme de investimento externo.
“Basta ser macaco de imitação, não precisa fazer nada. Atrai o capital externo que vem junto técnicas novas de produção”, disse.
Sobre o mercado de crédito, Parnes disse que é importante que se aumente a taxa de recuperação de calotes, que é de apenas 15% no Brasil, menor do mundo segundo dados do Banco Mundial.
Na sessão de perguntas, Parnes disse não enxergar uma eventual piora externa com tanta preocupação. O país não depende de capitais voláteis e não se enxerga fuga de recursos.
“Saída de capitais haveria se tivesse eleição do PT. No entanto, podemos enfrentar o problema oposto, de firme entrada de capitais”, disse Parnes.
O que é problema, segundo o economista, é a China, pois somos grandes exportadores. Problemas por lá certamente serão problemas por aqui. “Vamos ficar mais pobres, o crescimento vai ser menor, mas vida vai seguir”, disse Parnes, lembrando que o foco é resolver o fiscal, para afastar qual dúvida com relação à solvência do país.
Governo liberal e democrata
No fim do painel, Costa defendeu o governo eleito das acusações de que Bolsonaro seria uma ameaça à democracia. O economista lembrou que os deputados passaram os últimos 20 anos sem votar de acordo com programas, mas sim em busca de verbas e cargos, e que isso tem de acabar.
Para ele é preciso resgatar a confiança no mecanismo democrático, tendo deputados que votem em medidas por acreditarem que estão fazendo a coisa certa.
“Um Brasil novo, liberal e democrático depende de democracia regenerada, fazer coligação e não cooptação. Acreditamos na reconstrução de uma agenda liberal e democrática”, disse Costa.
Privatizações
Costa também foi perguntado sobre o programa de privatizações. Ele não deu detalhes, pois há outra equipe tratando do tema, mas disse que objetivo é reduzir o tamanho da dívida bruta e trazer mais eficiência para a economia. Ainda sobre o tema, ele defendeu que "tem muitas estatais que não têm valor e têm de fechar".
Selic se mantém em 15% ao ano e Copom joga balde de água fria nos mercados ao não sinalizar corte nos juros
O Copom não entregou a sinalização que o mercado esperava e manteve o tom duro do comunicado, indicando que os cortes na Selic podem demorar ainda
Valor do novo salário-mínimo altera contribuição para MEI; veja quanto fica
O piso nacional será de R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026 e aumenta o valor da tributação dos microempreendedores individuais
Ceia de Natal 2025: veja os alimentos que mais tiveram alta nos preços
Com bacalhau, lombo e aves natalinas em alta, a ceia fica mais pesada no bolso; azeite e pernil registram queda
Aprenda com os bilionários: 5 hábitos financeiros de Elon Musk e Warren Buffett que podem te ajudar a construir patrimônio
Hábitos de bilionários como Warren Buffett, Elon Musk e Jeff Bezos mostram como visão de longo prazo, disciplina, diversificação e juros compostos podem impulsionar a construção de patrimônio
Este parque marcou uma geração, quase quebrou — e agora mira recuperar os tempos de ouro
Hopi Hari encerra recuperação judicial, reduz dívida e anuncia R$ 280 milhões em investimentos até 2028
Lei da água gratuita: as cidades e Estados onde bares e restaurantes são obrigados a oferecer água potável sem custo
Brasil vive um cenário fragmentado: leis estaduais caíram, outras sobreviveram, e um projeto nacional tenta unificar a regra
Por que o BTG espera que os lucros disparem até 17% no ano que vem — e que ações mais ganham com isso
Banco projeta lucro R$ 33,78 bilhões maior para empresas: parte dessa alta vem das empresas que vendem principalmente no mercado doméstico,pressionado com os juros altos
Penas menores para Bolsonaro e condenados pelo 8 de janeiro? Câmara dos Deputados aprova redução; confira o que acontece agora
O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados de tentativa de golpe de Estado, mas trecho foi retirado
Mega-Sena 2949 acumula e vai a R$ 38 milhões, enquanto Timemania salta para R$ 64 milhões; veja as loterias da Caixa
Hoje é dia de sorteios da +Milionária (R$ 11 milhões), da Quina (R$ 600 mil) e da Lotomania (R$ 1,6 milhão); amanhã entram em cena a Mega-Sena e a Timemania.
Câmara aprova regras mais rígidas contra devedor contumaz; texto vai para sanção de Lula
Quando a Fazenda identificar um possível devedor contumaz, deverá enviar notificação e conceder prazo de 30 dias para pagamento da dívida ou apresentação de defesa
O corte da Selic vem aí? Resposta do Copom estará nas entrelinhas do comunicado desta Super Quarta
Na última reunião do ano, mercado espera mudanças sutis no comunicado do comitê para consolidar apostas de cortes nos juros já em janeiro
Estes brinquedos já custam quase o mesmo que um smartphone da Samsung; veja a comparação
Modelos premium de Barbie, Lego e itens colecionáveis chegam ao varejo com preços que rivalizam com eletrônicos
Haddad crava: votação de projeto contra devedores contumazes deve acontecer nesta terça (9); ministro tenta destravar pauta fiscal
Haddad vê clima favorável na Câmara para avançar em medidas que reforçam a arrecadação e destravam o Orçamento de 2026
CNH sem autoescola aprovada: veja como será o novo processo e quanto você vai economizar
As novas regras da CNH sem autoescola, agora dentro do programa CNH do Brasil, reduzem custos, flexibilizam aulas e ampliam o acesso à habilitação
Com dividendos no radar, Prio (PRIO3) é a queridinha do BTG Pactual, mas preço-alvo cai
A atualização veio na esteira do Investor Day, quando a petroleira forneceu mais detalhes sobre o momentum operacional e as prioridades
Como vai funcionar a renovação automática da CNH para quem é bom motorista
Novas regras da CNH incluem renovação automática para bons condutores, provas mantidas, instrutores autônomos e queda de até 80% no custo da habilitação
'Não devemos ficar em berço esplêndido, temos de fazer um esforço fiscal maior', diz Alckmin
“Nós estamos num momento importante, com 5,4% de desemprego, o menor da série histórica, e com 4,4% de inflação, caindo, isso é raro”, afirmou o vice-presidente
Mega-Sena 2949 distribui R$ 20 milhões hoje, mas Timemania rouba a cena e dispara para R$ 61 milhões; veja os prêmios das loterias da Caixa
Confira os valores oferecidos pela Mega-Sena, Timemania, +Milionária, Lotofácil e demais modalidades da Caixa nos sorteios desta terça (9) e quarta-feira (10)
A nova compra do Itaú (ITUB4), que envolve cartões de Casas Bahia (BHIA3), GPA (PCAR3) e Assaí (ASAI3)
O maior banco privado do país adquiriu as participações de três varejistas na Financeira Itaú CBD; entenda a operação
O ano dos bilionários: nunca houve tantos super-ricos quanto em 2025, e eles nunca foram tão endinheirados
Os quase 3 mil bilionários do planeta concentram fortunas de US$ 15,8 trilhões; alta é decorrente do crescimento das empresas ligadas à inteligência artificial
