🔴 [EVENTO GRATUITO] MACRO SUMMIT 2024 – FAÇA A SUA INSCRIÇÃO

Cotações por TradingView
Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores
Mercado de ações

Melhor “jair” construindo: como Bolsonaro mexe com as ações das incorporadoras

Da euforia à depressão, nenhum setor na bolsa de valores sentiu mais os solavancos da economia brasileira do que o da construção civil. Eu acompanhei de perto essas duas fases. Agora, com as pesquisas que colocam o candidato do PSL praticamente sentado na cadeira de presidente, as ações voltaram a se movimentar

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
19 de outubro de 2018
12:34 - atualizado às 19:11
jair-bolsonaro
"Rali" Bolsonaro deu impulso ao setor, ainda que nem todas as ações tenham subido - Imagem: Shutterstock

Da euforia à depressão, nenhum setor na bolsa de valores sentiu mais os solavancos da economia brasileira do que o da construção civil. Eu acompanhei de perto essas duas fases.

Como repórter que cobria o mercado de ações, assisti a nada menos que 20 empresas abrirem o capital na antiga Bovespa na década passada. Eu já contei um pouco da história dessa época de entusiasmo com as ofertas de ações nesta matéria.

No caso do setor imobiliário, a promessa era que o crescimento da economia e a queda dos juros levassem a uma explosão na demanda por imóveis. E quem fosse sócio de uma incorporadora ganharia muito dinheiro.

Como sabemos, deu tudo errado. O crescimento do mercado imobiliário ficou muito aquém do esperado, e os anos de crise econômica foram particularmente duros para o setor. Afinal, a última prioridade para quem perdeu o emprego ou estava com medo de perder era comprar um imóvel.

As perspectivas neste ano não eram as melhores, pelo menos até o resultado das urnas no primeiro turno. Mas desde que foi aberta a temporada de compras na bolsa, com as pesquisas que colocam Jair Bolsonaro praticamente sentado na cadeira de presidente, as ações das construtoras e incorporadoras estão entre as que mais se movimentaram.

Enquanto o Ibovespa, índice que reúne as principais ações negociadas na B3, registra alta de 1,8% desde o primeiro turno das eleições, a incorporadora Even acumula uma valorização de mais de 30%. A concorrente Helbor sobe 22,5% e a Tecnisa, 18,4%.

É o juro

As ações do setor que mais subiram nas últimas semanas foram as da PDG e da Viver. Mas aqui é preciso fazer uma ressalva: ambas estão em recuperação judicial e valem centavos na bolsa. Por isso qualquer variação, para cima ou para baixo, costuma ser mesmo brusca.

Mesmo tirando as duas da conta, porém, fica claro que o rali Bolsonaro deu impulso ao setor, ainda que nem todas as ações tenham subido. Fique comigo que eu te conto a razão até o fim desta reportagem.

Primeiro, é preciso dizer por que o mercado acredita que um eventual governo do capitão pode impulsionar as empresas imobiliárias. E a resposta atende pelo nome de taxa de juros.

Os investidores compraram a tese de que os juros com Bolsonaro permanecerão em patamares baixos. Isso porque, sempre na visão do mercado, a equipe econômica liderada pelo “posto Ipiranga” Paulo Guedes deverá tomar medidas para conter o desequilíbrio fiscal.

Essa aposta já derrubou as taxas futuras. O juro para cinco anos negociado na B3 caiu de 11,04%, logo antes das eleições, para 10% ontem.

É o crédito

Mas o que tem a ver equilíbrio fiscal e taxas de juros com as ações das incorporadoras na bolsa? Bem, eu não sei quanto a você, mas a grande maioria das pessoas precisa tomar financiamento para comprar a casa própria.

E, quanto menor a taxa de juros, mais acessível fica o crédito imobiliário. A queda da Selic para os atuais 6,5% ao ano já permitiu um corte nas taxas pelos bancos. A demanda do consumidor ainda não veio, até porque são poucos os que se aventuram a tomar um financiamento de 30 anos sem saber quem vai assumir o comando do país a partir de 2019.

Mas para um gestor de fundos com quem conversei, a questão da confiança melhora com Bolsonaro. Embora o capitão tenha vacilado recentemente em relação aos temas mais caros ao mercado, como reforma da Previdência e privatizações, o candidato ao menos manteve o apoio à manutenção de medidas como o teto de gastos.

“Pelo menos enquanto o mercado der o benefício da dúvida e isso se refletir em estabilidade econômica, mais pessoas devem se decidir por comprar um imóvel”, diz o gestor.

Quem ganha e quem perde

A bola das incorporadoras foi cantada pelos analistas do J.P. Morgan. Em relatório a clientes logo após o primeiro turno, os analistas do banco americano apontaram que a vitória de um candidato com uma visão mais favorável ao mercado é positiva para o setor de construção civil como um todo.

As incorporadoras voltadas a projetos imobiliárias de renda mais alta são apontadas como as que mais ganham em caso de vitória de Bolsonaro. Elas são justamente as que mais dependem da demanda do consumidor e das condições de crédito favoráveis para crescer.

Estamos falando de empresas como Even, Helbor, Tecnisa e Cyrela. A Gafisa é outra incorporadora que pode ganhar com o rali Bolsonaro. Mas a empresa vive seus próprios dilemas depois da polêmica mudança no comando.

Embora um possível cenário de juros mais baixos e crédito farto ajude todas as empresas, nem todas pegaram carona no rali Bolsonaro, e agora sim eu te explico quem são elas e por quê.

As ações que ficaram para trás foram as das incorporadoras focadas em empreendimentos para a baixa renda, como Direcional, MRV e Tenda. São dois os motivos pelos quais elas ficaram para trás.

A primeira é de natureza mais técnica. As incorporadoras voltadas para o público de baixa renda estão hoje mais bem avaliadas na bolsa. É o caso das ações da Tenda, que acumulam uma valorização de 41% mesmo com a queda nas últimas semanas.

A outra incerteza que paira sobre as empresas é o futuro do programa Minha Casa Minha Vida em um governo do candidato do PSL. Para os analistas do J.P. Morgan, existe, por exemplo, a possibilidade de uma redução nos subsídios dados ao programa, para o qual são destinados boa parte dos lançamentos dessas incorporadoras.

E então, o que você acha? Melhor “jair construindo” um portfólio com ações do setor imobiliário ou essa euforia do mercado não passa de um castelo de cartas que pode desmoronar? Diga sua opinião abaixo na caixa de comentários.

Compartilhe

Engordando os proventos

Caixa Seguridade (CXSE3) pode pagar mais R$ 230 milhões em dividendos após venda de subsidiárias, diz BofA

14 de setembro de 2022 - 13:22

Analistas acreditam que recursos advindos do desinvestimento serão destinados aos acionistas; companhia tem pelo menos mais duas vendas de participações à vista

OPA a preço atrativo

Gradiente (IGBR3) chega a disparar 47%, mas os acionistas têm um dilema: fechar o capital ou crer na vitória contra a Apple?

12 de setembro de 2022 - 13:09

O controlador da IGB/Gradiente (IGBR3) quer fazer uma OPA para fechar o capital da empresa. Entenda o que está em jogo na operação

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Exclusivo Seu Dinheiro

Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação

10 de setembro de 2022 - 10:00

Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda

NOVO ACIONISTA

Com olhos no mercado de saúde animal, Mitsui paga R$ 344 milhões por fatias do BNDES e Opportunity na Ourofino (OFSA3)

9 de setembro de 2022 - 11:01

Após a conclusão, participação da companhia japonesa na Ourofino (OFSA3) será de 29,4%

Estreia na bolsa

Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos

6 de setembro de 2022 - 11:38

Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo

Bateu o mercado

BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês

5 de setembro de 2022 - 15:00

Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice

PEQUENAS NOTÁVEIS

Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro

1 de setembro de 2022 - 13:50

Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar

30 de agosto de 2022 - 11:14

Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico

Exclusivo Seu Dinheiro

Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal

30 de agosto de 2022 - 9:00

Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies