Dia de agenda cheia agita mercados
Ata do Copom, IPCA-15 e discurso de Bolsonaro na ONU agitam o dia do mercado financeiro doméstico

A terça-feira promete ser agitada nos mercados no Brasil, em meio ao ambiente positivo no exterior por causa das renovadas esperanças em torno da guerra comercial. Pela manhã, de hora em hora, estão previstos divulgações e eventos domésticos que devem roubar a atenção dos investidores, trazendo uma dose extra de volatilidade aos negócios locais.
O pregão ainda nem estará aberto quando o Banco Central publicar (8h) a ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom), quando a taxa básica de juros caiu mais meio ponto percentual (pp). No documento, os investidores esperam encontrar sinais de que a Selic pode ficar abaixo de 5% até o fim deste ano.
O problema é que o discurso ultra-dovish (suave) do BC está destruindo o real e a continuação do ciclo de cortes de juros em direção a novos pisos históricos pode forçar o dólar para níveis perto de R$ 4,25 e R$ 4,30 em breve, em meio ao diferencial de juros no Brasil em relação ao exterior cada vez menor (e menos atrativo).
Com isso, corre-se o risco de haver uma flexibilização monetária adicional e uma moeda fraca, minando a confiança dos empresários, apesar dos juros baixos. Enquanto ainda digerem o conteúdo da ata, os investidores recebem a prévia da inflação ao consumidor, que deve pavimentar o caminho para novas quedas na Selic em outubro e em dezembro.
A previsão é de que o IPCA-15 continue apresentando leituras próximas a zero, com a taxa acumulada em 12 meses bem distante do alvo perseguido pelo BC para o ano, de 4,25%. Os números efetivos saem às 9h. Depois, às 10h, as atenções se voltam para Nova York, onde o presidente Jair Bolsonaro discursa na Assembleia-Geral da ONU.
A fala dele causa grande apreensão. A expectativa é de que Bolsonaro consiga mudar a imagem negativa de seu governo no exterior, após recentes desavenças com líderes europeus e latinos envolvendo questões sobre o meio-ambiente e direitos humanos. Mas há certo pessimismo nas chances de reparar os danos desses confrontos.
Leia Também
Também era esperada para hoje o primeiro turno da votação da reforma da Previdência no plenário do Senado. Mas a apreciação da proposta foi adiada para amanhã à tarde. Para ser aprovada, a matéria precisa de pelo menos 49 votos dos 81 senadores. Se passar, o segundo turno será até 10 de outubro.
A expectativa é de uma economia fiscal de quase R$ 900 bilhões em dez anos com as novas regras para aposentadoria. Pressionado, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, convocou uma sessão conjunta do Congresso Nacional para aprovar, primeiro, as emendas parlamentares negociadas com o governo para, então, apoiar a nova Previdência.
Exterior entre guerra e BCs
Enquanto aguarda a carregada agenda do dia, o mercado doméstico monitora o ambiente externo, onde os investidores continuam receosos quanto a um progresso na guerra comercial. De um lado, Trump não parece interessado em um acordo parcial; de outro, Pequim não quer mudar o modelo econômico para aceitar as imposições de Washington.
Ainda assim, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, confirmou que as negociações com a China serão retomadas daqui a duas semanas, a partir do dia 7 de outubro. Essa notícia sustentou as bolsas da Ásia em alta e garante um sinal positivo em Wall Street, embalando a Europa. Já o petróleo recua, enquanto o dólar avança.
Além disso, os mercados internacionais estão em busca de pistas sobre o Federal Reserve, após dois votos contrários ao corte de 0,25 ponto na taxa de juros norte-americana na reunião da semana passada. A divergência de pontos de vista é tão grande que houve um voto a favor de um corte maior, de meio ponto.
Vale ressaltar que o gráfico de pontos do Fed (dot plot) não mostra mais cortes este ano nem em 2020, com a política monetária ficando estável por um período prolongado. Para os investidores, porém, ainda se pode esperar por uma queda adicional até dezembro - mas talvez não já em outubro.
Já o Banco Central Europeu (BCE) está pedindo aos governos da zona do euro que aumentam os gastos públicos, de modo a estimular o crescimento econômico, que está estagnado. O Banco Central da China (PBoC), por sua vez, avisou que não irá adotar medidas agressivas de política monetária nos moldes de outros bancos centrais globais.
Segundo o presidente do PBoC, Yi Gang, a economia chinesa ainda está funcionando dentro das expectativas e não é necessário liberar grandes quantidades de crédito, recorrendo, inclusive, a taxas de juros negativas. Para ele, é necessário “guardar munição” para adotar medida monetárias e fiscais quando necessário.
Agenda cheia
Ainda na calendário doméstico, será conhecida a confiança do setor do comércio em setembro (8h). Já no exterior, saem os preços de imóveis residenciais nos EUA em julho (10h) e o índice de confiança do consumidor norte-americano neste mês (11h). Logo cedo, é a vez do índice IFO de confiança do empresário alemão em setembro.
Bitcoin deixa de ser ‘ilha’ e passa a se comportar como mercado tradicional — mas você não deve tratar criptomoedas como ações de tecnologia
Os convidados do Market Makers desta semana são Axel Blikstad, CFA e fundador da BLP Crypto, e Guilherme Giserman, manager de global equities no Itaú Asset
Entenda o que são as ‘pontes’ que ligam as blockchains das criptomoedas; elas já perderam US$ 2 bilhões em ataques hackers
A fragilidade desses sistemas se deve principalmente por serem projetos muito novos e somarem as fraquezas de duas redes diferentes
Mesmo em dia de hack milionário, bitcoin (BTC) e criptomoedas sobem hoje; depois de ponte do ethereum (ETH), foi a vez da solana (SOL)
Estima-se que cerca de US$ 8 milhões (R$ 41,6 milhões) tenham sido drenados de carteiras Phantom e Slope, além da plataforma Magic Eden
Em 6 meses de guerra, doações em criptomoedas para Rússia somam US$ 2,2 milhões — mas dinheiro vai para grupos paramilitares; entenda
Esse montante está sendo gasto em equipamentos militares, como drones, armas, coletes a prova de balas, suprimentos de guerra, entre outros
Bitcoin (BTC) na origem: Conheça o primeiro fundo que investe em mineração da principal criptomoeda do mercado
Com sede em Miami, a Bit5ive é uma dos pioneiras a apostar no retorno com a mineração de bitcoin; plano é trazer fundo para o Brasil
Mais um roubo em criptomoedas: ponte do ethereum (ETH) perde US$ 190 milhões em ataque; porque hacks estão ficando mais frequentes?
Os hacks estão ficando cada vez mais comuns ou os métodos para rastreá-los estão cada vez mais sofisticados? Entenda
Esquenta dos mercados: Bolsas preparam-se para brilhar no último pregão de julho; Ibovespa repercute hoje dados da Vale e Petrobras
Mercados repercutem balanços de gigantes das bolsas e PIB da Zona do Euro. Investidores ainda mantém no radar inflação nos EUA e taxa de desemprego no Brasil
Somente uma catástrofe desvia o Ibovespa de acumular alta na semana; veja o que pode atrapalhar essa perspectiva
Ibovespa acumula alta de pouco mais de 2,5% na semana; repercussão de relatório da Petrobras e desempenho de ações de tecnologia em Wall Street estão no radar
Bolsas amanhecem sob pressão do BCE e da renúncia de Draghi na Itália; no Ibovespa, investidores monitoram Petrobras e Vale
Aperto monetário pelo Banco Central Europeu, fornecimento de gás e crise política na Itália pesam sobre as bolsas internacionais hoje
Esquenta dos mercados: Dirigente do Fed traz alívio aos mercados e bolsas sobem com expectativa por balanços de bancos
Hoje, investidores mostram-se animados com os balanços do Wells Fargo e do Citigroup; por aqui, repercussões da PEC Kamikaze devem ficar no radar
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais tentam recuperação após corte de juros na China; Ibovespa acompanha reunião de Bolsonaro e Elon Musk
Por aqui, investidores ainda assistem à divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas pelo Ministério da Economia
Hapvida (HAPV3) decepciona e tomba 17% hoje, mas analistas creem que o pior já passou — e que as ações podem subir mais de 100%
Os números do primeiro trimestre foram pressionados pela onda da variante ômicron, alta sinistralidade e baixo crescimento orgânico, mas analistas seguem confiantes na Hapvida
Oscilando nos US$ 30 mil, bitcoin (BTC) mira novos patamares de preço após criar suporte; momento é positivo para comprar criptomoedas
Entenda porque a perda de paridade com o dólar é importante para a manutenção do preço das demais criptomoedas do mundo
Bitcoin (BTC) permanece abaixo dos US$ 30 mil e mercado de criptomoedas está em estado de pânico com stablecoins; entenda
Entenda porque a perda de paridade com o dólar é importante para a manutenção do preço das demais criptomoedas do mundo
Terra (LUNA) não acompanha recuperação do bitcoin (BTC) neste domingo; criptomoedas tentam começar semana com pé direito
Mesmo com a retomada de hoje, as criptomoedas acumulam perdas de mais de dois dígitos nos últimos sete dias
Bolsas no exterior operam em alta com balanços melhores que o esperado; feriado no Brasil mantém mercados fechados
Investidores também digerem inflação na zona do euro e número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA
Em recuperação, bitcoin (BTC) sobe mais de 4% hoje, mas Solana (SOL) é destaque entre criptomoedas e dispara 17% após anúncio do Solana Pay; entenda
Os dados internos da blockchain do bitcoin mostram que a maior criptomoeda do mundo permanece no meio de um “cabo de guerra” entre compradores e vendedores
Bitcoin (BTC) cai após um final de semana de recuperação e criptomoedas esperam ‘lei Biden’ esta semana, mas ethereum (ETH) se aproxima de ponto crítico
A segunda maior criptomoeda do mundo está em xeque com o aprofundamento do ‘bear market’, de acordo com a análise gráfica
Bitcoin (BTC) cai mais de 6% em sete dias, de olho no Fed e na próxima lei de Joe Biden; confira o que movimentou o mercado de criptomoedas nesta semana
Putin a favor da mineração de criptomoedas, Fed e Joe Biden no radar do bitcoin, Elon Musk e Dogecoin e mais destaques
Bitcoin (BTC) recua com aumento de juros do Fed no horizonte e investidores de criptomoedas esperam por lei de Joe Biden; entenda
O plano do presidente americano pesava a mão na taxação de criptomoedas e ativos digitais, no valor de US$ 550 bilhões