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Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Incertezas retomam cautela no mercado

Euforia no início da semana teve vida curta, com as preocupações no exterior voltando a pesar, em meio à expectativa pela reforma da Previdência

Olivia Bulla
Olivia Bulla
13 de março de 2019
5:29 - atualizado às 10:52
investidores olham gráfico
Crescimento econômico global, guerra comercial e Brexit preocupam - Imagem: Shutterstock

O sentimento positivo do mercado financeiro no início desta semana diminuiu e as preocupações recentes - com o crescimento econômico global, a guerra comercial e o Brexit - voltam à tona, pesando nos negócios lá fora. Aqui, a expectativa é pela instalação, hoje, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados, dando início à tramitação da reforma da Previdência no Congresso.

Mas a primeira etapa das novas regras para aposentadoria só deve ser concluída no fim deste mês. Segundo estimativa do presidente da Casa, Rodrigo Maia, a CCJ deve votar a admissibilidade da Previdência entre os dias 27 e 28 de março - depois, portanto, que a proposta de reforma dos militares chegar à Câmara. Hoje, o ministro Paulo Guedes (Economia) reúne com Maia e líderes partidários para tratar do tema.

Ontem, o otimismo no mercado financeiro doméstico ficou mais evidente no dólar, que se aproximou da faixa de R$ 3,80, já que a Bolsa brasileira fracassou mais uma vez na tentativa de buscar a marca dos 100 mil pontos. O fato é que enquanto o Ibovespa precisa de um fato novo (e positivo) para romper essa barreira psicológica, a moeda norte-americana “queimou gordura”.

Afinal, o dólar foi o ativo que mais se estressou nos últimos dias, chegando a se aproximar do nível de R$ 3,90. Agora, as apostas são de que se os investidores continuarem animados com o andamento da reforma da Previdência nesta semana na Câmara, há chances de a taxa de câmbio buscar a marca de R$ 3,75 nos próximos dias, retornando ao patamar em que estava há duas semanas.

Ainda mais se o Banco Central manter a postura suave (dovish) em relação à taxa básica de juros neste mês, mas sem alterar o curso da Selic, que completa na semana que vem um ano no piso histórico. Mas, tudo vai depender da instalação efetiva da CCJ hoje e também da manutenção de um ambiente externo menos avesso ao risco.

Exterior preocupado

Durou pouco tempo a euforia nos mercados internacionais e o sinal negativo volta a prevalecer entre os ativos mais arriscados, em meio às contínuas incertezas globais. Os investidores aproveitam para realizar os lucros obtidos no início desta semana, o que imprime perdas nas ações desde Sydney até Xangai, passando pela Europa até chegar em Nova York.

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O dólar, por sua vez, ganha terreno, o que não impede uma nova alta do petróleo. Nas moedas, destaque para a libra, que está de lado, antes de uma nova votação-chave no Parlamento britânico. Ontem, o acordo proposto pela primeira-ministra, Theresa May, foi rejeitado por 391 votos contra e 242 votos a favor, o que provocou uma nova votação hoje, sobre uma saída ordenada do Reino Unido da União Europeia (UE).

Se essa nova votação for novamente rejeitada, na quinta-feira o Parlamento britânico tem ainda uma nova votação, sobre a extensão do prazo para o Brexit. Originalmente, o Reino Unido deve deixar a UE no próximo dia 29. Resta, agora, então, as lideranças políticas decidirem sobre o assunto, sendo que é crescente a possibilidade de realização de um novo referendo sobre o tema, que pode reverter o “divórcio”.

O Brexit soma-se à lista de preocupações sobre a direção da economia global e a ausência de novidades em torno das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Nesse sentido, fica a sensação de que os ativos financeiros embutiram nos preços um cenário econômico que está muito à frente da perspectiva atual, baseado apenas na reitera “paciência” do Federal Reserve em relação à taxa de juros norte-americana.

Ou seja, os investidores estão levando mais em conta a liquidez financeira do que os fundamentos econômicos. Enquanto monitoram os desdobramentos das principais incertezas, os investidores têm uma enorme quantidade de dados econômicos para digerir, absorvendo tanto os números sobre atividade e inflação já conhecidos, enquanto aguardam novos indicadores serem divulgados.

Hoje é a vez da atividade

Um dia após a leitura mais salgada da inflação oficial ao consumidor brasileiro (IPCA) em fevereiro minar as chances de novos cortes na Selic em breve, hoje é a vez dos dados da indústria nacional calibrarem essas expectativas. Afinal, se a atividade seguir fraca, pode haver a necessidade de estímulos (monetários) adicionais.

O novo presidente do BC, Roberto Campos Neto, poderá lançar luz sobre essa encruzilhada durante a cerimônia de transmissão do cargo, a partir das 15h, substituindo Ilan Goldfajn. Ainda assim, ele deve repetir o mantra “cautela, serenidade e perseverança”, já que a inflação está gradualmente voltando à meta (4,25%), em meio a uma economia fraca.

No caso da produção industrial brasileira, a expectativa é de que tenha iniciado 2019 em leve queda em relação ao final de 2018, com -0,10%, ao passo que na comparação com igual período do ano passado a atividade deve ter perdido tração, caindo pela terceira vez seguida, em -1,5%. O resultado efetivo será divulgado às 9h pelo IBGE.

No exterior, também será conhecido o desempenho da produção industrial na zona do euro em janeiro, logo cedo. No fim do dia, a China anuncia os números da indústria e do setor de serviços no agregado dos dois primeiros meses deste ano, além dos dados sobre o investimento em ativos fixos.

Já nos EUA, o calendário norte-americano traz dados sobre a inflação no atacado no mês passado e sobre as encomendas de bens duráveis em janeiro, ambos às 9h30, além de números do setor imobiliário (11h). Também é esperada a posição dos estoques semanais de petróleo bruto e derivados no país (11h30).

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