Voos da Gol ficam mais caros, cheios e lucrativos no 4º trimestre de 2018
Além de fechar 2018 com chave de ouro, a companhia também prevê um índice de endividamento menor, além de margem Ebitda e lucro por ação superiores em 2019 e 2020. Uma ótima notícia para o acionista.

Os olhos dos acionistas vão brilhar com os resultados da Gol no quarto trimestre do ano passado divulgados nesta quinta-feira (28) pela manhã. A companhia conseguiu voar com aviões mais cheios e elevar o preço da passagem aérea no período entre outubro e dezembro de 2018.
O resultado final foi um lucro líquido de R$502,4 milhões no quarto trimestre, bem acima dos R$ 4,1 milhões registrados no mesmo período de 2017. No ano inteiro, a empresa ainda fechou no vermelho, com prejuízo de R$ 780 milhões, puxado principalmente por perdas com variação cambial nos trimestres anteriores.
O desempenho da Gol foi melhor que a encomenda. O mercado esperava um lucro de R$ 292 milhões no quarto trimestre, de acordo com projeções de analistas financeiros consultados pela Bloomberg. Além de fechar 2018 com chave de ouro, a companhia também divulgou nesta manhã suas estimativas revisadas para 2019 e 2020. A companhia passou a prever um índice de endividamento menor, além de margem Ebitda e lucro por ação superiores nos dois anos. Uma ótima notícia para o acionista.
Um gás na receita
Os números da Gol mostram que a demanda por passagem aéreas está voltando no Brasil. A companhia transportou 8,9 milhões de passageiros no último trimestre do ano, uma alta de 3,4% em relação ao mesmo período de 2017. A companhia área cobrou, em média, R$ 0,2914 por passageiro por cada quilômetro voado (yield), um 6,6% acima do praticado um ano antes. Ou seja, a Gol conseguiu corrigir os preços acima da inflação no período. A tarifa média cobrada pela empresa foi de R$ 334, contra 313 no ano anterior.
A empresa conseguiu lotar de passageiros seus 121 aviões, que saíram com uma taxa de ocupação média de 81,9%, um valor acima do praticado anteriormente.
Custos sob controle
No lado dos custos, a Gol continuou a corte. O CASK, que é o indicador que mede o custo por assento da empresa, caiu 2% no quarto trimestre de 2018, para R$ 0,2022. A redução ocorreu em um período em que a companhia sentiu uma pressão nas despesas com combustível, que aumentaram em 37% no período diante do aumento da cotação do barril de petróleo.
Leia Também
O câmbio, fator importante na composição de custos da companhia, deu um alívio no fim do ano e até rendeu receitas financeiras para a Gol. Em todo o ano de 2018, o apreciação do dólar afetou o resultado da Gol e contribuiu para uma elevação de 4,2% no custo por assento anual.
Margem e lucro em alta
Com receitas maiores e custos controlados, a companhia conseguiu aumentar sua margem Ebitda, para 26,6% no quarto trimestre, um acréscimo de 8,4 pontos percentuais na comparação trimestral.
Céu de brigadeiro na 'previsão do tempo'
A perspectiva da Gol para os anos de 2019 e 2020 foi revisada nesta quinta-feira e ficou mais positiva. No conjunto de projeções para oferta de voos, custos, tamanho e ocupação da frota, margens de investimentos e endividamento, alguns números foram alterados - para melhor. São eles:
- Preço do combustível: a Gol esperava gastar R$ 2,8 e R$ 2,9 por litro em 2019 e 2020, respectivamente. Os números foram alterados para R$ 2,8 e R$ 2,9/litro.
- Margem Ebitda, Ebit e Lair: a estimativa para margens subiu nos 3 indicadores. A margem Ebitda, por exemplo, prevista para 2019 saltou de 27% para 28%; em 2020, a nova projeção é de 29%, contra 28% anteriormente.
- Dívida líquida/Ebitda (em vezes): Caiu de 3 vezes para 2,9 em 2019 e de 2,5 para 2,4 vezes.
- Lucro por ação diluído: a faixa estimava subiu do intervalo de R$ 2,20 a R$ 2,60 para R$ 2,40 a R$ 2,80 em 2019; para 2020, a nova projeção é R$ 2,80 a R$ 3,3, contra R$ 2,60 a R$ 3,10.
De acordo com a Gol, "as projeções estão ajustadas para refletir as recentes variações nos preços do petróleo, a redução nos impostos sobre o querosene de aviação, a
apreciação do real versus o dólar americano e os resultados decorrentes da aceleração da incorporação das aeronaves 737 MAX na frota da GOL."
Os novos modelos Boeing 737 MAX 8 são 15% mais econômicos que a geração anterior. A Gol já voa com 6 deles e anunciou um plano para acelerar a troca de modelos no fim do ano passado.
Último credor da Gol (GOLL4) aceita acordo e recuperação judicial nos EUA se aproxima do fim
Companhia aérea afirma que conseguirá uma redução significativa de seu endividamento com o plano que será apresentado
Com “mãozinha” da Argentina, Mercado Livre (MELI34) dá show no 1T25 e ações sobem — mas é hora de comprar?
O volume bruto de mercadorias na Argentina mais que dobrou em relação ao mesmo trimestre do ano anterior
Ambev (ABEV3) tem lucro estável no 1º trimestre e anuncia R$ 2 bilhões em dividendos; ações saltam na B3
Lucro no 1T25 foi de R$ 3,8 bilhões, praticamente estável na comparação anual e em linha com o consenso de mercado
Não há escapatória: Ibovespa reage a balanços e Super Quarta enquanto espera detalhes de acordo propalado por Trump
Investidores reagem positivamente a anúncio feito por Trump de que vai anunciar hoje o primeiro acordo no âmbito de sua guerra comercial
Itaú Unibanco (ITUB4) será capaz de manter o fôlego no 1T25 ou os resultados fortes começarão a fraquejar? O que esperar do balanço do bancão
O resultado do maior banco privado do país está marcado para sair nesta quinta-feira (8), após o fechamento dos mercados; confira as expectativas dos analistas
Rodolfo Amstalden: A disputa epistemológica entre números e narrativas tem um novo campeão
Uma certa mudança de Zeitgeist epistemológico pode ser capturada nas últimas décadas, demarcando aquilo que eu ousaria chamar de um renascimento de Dionísio no campo de estudos financeiros
Mesmo com apetite ao risco menor, Bradesco (BBDC4) supera expectativas e vê lucro crescer quase 40% no 1T25, a R$ 5,9 bilhões
Além do aumento na lucratividade, o banco também apresentou avanços na rentabilidade, com inadimplência e provisões contidas; veja os destaques
Uma forcinha de Milei: Mercado Livre (MELI34) tem lucro 44% maior no primeiro trimestre puxado pela retomada da Argentina
O GMV (volume bruto de mercadorias) no país vizinho chama atenção nos resultados do Mercado Livre de janeiro a março, com crescimento de 126%
Klabin (KLBN11) avança entre as maiores altas do Ibovespa após balanço do 1T25 e anúncio de R$ 279 milhões em dividendos
Analistas do Itaú BBA destacaram a geração de fluxo de caixa livre (FCF) e a valorização do real frente ao dólar como motores do otimismo
Vamos decepciona no 1T25 e ações tombam mais de 10% — vale comprar VAMO3 agora?
Apesar dos resultados desanimadores, nem tudo no balanço decepcionou; saiba se é a hora de colocar ou tirar os papéis da locadora de caminhões da carteira
Prio (PRIO3) divulga resultados dentro do esperado pelos analistas, mas ações caem 2%; entenda o motivo
Segundo XP e BTG, os dados que importam são o Ebitda e o fluxo de caixa livre — e ambos mostram que a empresa tem fôlego para a operação
Balanço fraco da RD Saúde (RADL3) derruba ações e aumenta pressão sobre rede de farmácias. Vale a pena comprar na queda?
Apesar das expectativas mais baixas para o trimestre, os resultados fracos da RD Saúde decepcionaram o mercado, intensificando a pressão sobre as ações
Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços
Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed
Magalu (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3) devem ter resultados “decentes”, enquanto Mercado Livre (MELI34) brilhará (de novo)
O balanço das varejistas nacionais no 1T25 pode trazer um fio de esperança para Magazine Luiza e Casas Bahia, que têm sofrido nos últimos trimestres
Rafael Ferri vai virar o jogo para o Pão de Açúcar (PCAR3)? Ação desaba 21% após balanço do 1T25 e CEO coloca esperanças no novo conselho
Em conferência com os analistas após os resultados, o CEO Marcelo Pimentel disse confiar no conselho eleito na véspera para ajudar a empresa a se recuperar
Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta
Investidores acompanham o andamento da temporada de balanços enquanto se preparam para as decisões de juros dos bancos centrais de Brasil e EUA
Ações da M. Dias Branco (MDIA3) caem mais de 12% depois de balanço desgostoso do primeiro trimestre de 2025
O BB Investimentos rebaixou a recomendação para neutra e fixou o preço-alvo em R$ 30. Já BTG Pactual e Itaú BBA mantiveram a postura cautelosa e reforçaram a indicação neutra para os papéis
Não convenceu? Gol (GOLL4) tem receita líquida preliminar de R$ 5,6 bilhões no 1T25 e ação cai mais de 3%; saiba o que esperar da aérea
Os resultados preliminares servem como a versão revisada do plano de reestruturação da companhia nos EUA, um passo importante para o fim do Chapter 11
Fim do sufoco? Gol (GOLL4) fecha novo acordo com credores e avança para sair da recuperação judicial nos EUA
Companhia aérea avança no processo do Chapter 11 com apoio financeiro e mira retomada das operações com menos dívidas; ações avançam na bolsa brasileira
Apple e Amazon superam expectativas no primeiro trimestre, mas uma decepciona no guidance e a outra sinaliza pagamento de dividendos
As gigantes de tecnologia divulgaram seus resultados no primeiro trimestre do ano e deram previsões do que esperar daqui para a frente