UBS eleva preço-alvo da Via Varejo, mas diz que ainda não é hora de comprar a ação da companhia
Analistas do banco suíço avaliam que mudanças promovidas na varejista após a retomada do controle acionário pelo bloco da família Klein ainda não são suficientes para recomendar a compra dos papeis, que ontem fecharam cotados a R$ 7,82

As ações da Via Varejo (VVAR3) encerraram o dia cotadas a R$ 7,90. Mas para os analistas do banco suíço UBS, elas valem menos que isso, ou mais precisamente R$ 7,50. Em relatório divulgado a clientes, o UBS manteve a recomendação neutra para os papeis da varejista. Acompanhe nossa cobertura de mercados.
Os analistas até elevaram o preço-alvo em 50% em relação ao relatório anterior. Os especialistas recalibraram suas expectativas diante das mudanças recentes que a empresa promoveu internamente, mas ainda não recomendam a compra das ações porque dizem que é cedo para identificar como a empresa vai ser beneficiada pela nova fase.
Em junho, o bloco da família Klein — formado por Michael, seus dois filhos mais velhos e sua irmã —retomou o controle acionário da Via Varejo e, desde então, trocou ao menos 12 executivos de cargos estratégicos.
O varejo físico e o digital foram reintegrados, revertendo a decisão de separação tomada pelo GPA e que, lá atrás, foi muito criticada. Agora, a Via Varejo tenta correr atrás para vencer o seu atraso tecnológico — recentemente, lançou um banco digital, o BanQi.
Por enquanto...
Para os analistas do UBS, ainda não está claro como os movimentos até aqui vão beneficiar a companhia. "É preciso estabilizar a situação das lojas físicas enquanto investe em uma nova estratégia digital", dizem Gustavo Piras, Gabriela Katayama e Rodrigo Alcantara, que assinam o documento.
Os analistas dizem que o crescimento da receita líquida é o principal fator de avaliação para essa fase inicial do processo de recuperação da Via Varejo.
Leia Também
Eles lembram que, em 1º de julho, a integração da CNova com o Ponto Frio e as Casas Bahia foi concluída. Dizem acreditar que a estratégia "omni-channel" (estratégia de uso simultâneo e interligado de diferentes canais de comunicação) deve melhorar o perfil da Via Varejo — aumentando o poder de compra, capacidade logística e capilaridade do grupo.
No entanto, os analistas do banco vêem os sistemas ainda como instáveis, apresentando problemas que impedem a empresa de ter total sucesso nas operações de produtos físicos online. "Além disso, os problemas de TI na plataforma de comércio eletrônico da Via Varejo ainda persistem", comentam.
"Considerando problemas de TI ainda não resolvidos e a desaceleração do crescimento online e o tráfego da loja, prevemos que a Via Varejo continuará a perder participação de mercado em 2019 com um encolhimento de 3% do volume bruto de mercadoria (GMV, na sigla em inglês)".
Em 2020, à medida que novas iniciativas amadurecerem e os sistemas de vendas começaram a se estabilizar, o banco avalia que haverá uma normalização de crescimento do volume bruto de mercadoria e uma expansão de 5,5% no indicador de vendas nas mesmas lojas (SSS). "Isso se traduz em 7% de crescimento da receita para R$ 28 bilhões".
Os analistas também também veem como positiva a queda da Selic. Como a Via Varejo tem parte de suas dívidas atreladas à taxa básica de juros, a tendência é que a empresa seja beneficiada pelo atual ciclo de alívio monetário.
"Aguardamos evidências de que a nova equipe de gerenciamento possa estabilizar o crescimento da receita e colocar a empresa volta a uma trajetória de crescimento", dizem os analistas.
No último trimestre
A dona da rede Casas Bahia amargou um prejuízo líquido de R$ 154 milhões entre abril e junho, revertendo um lucro de R$ 14 milhões no mesmo período de 2018.
Receita líquida e Ebitda sem efeitos da regra contábil IFRS 16 também registraram queda, respectivamente, de 6,5% e 58,3%. Enquanto o primeiro ficou em R$ 6,024 bilhões, o segundo em R$ 189 milhões.
A receita bruta das lojas físicas somou R$ 5,673 bilhões, um avanço 1,9%. As vendas online, por sua vez, recuaram 23,2%, para R$ 1,286 bilhão.
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Shein ainda é a varejista de moda mais barata no Brasil, mas diferença diminui, diz BTG Pactual
Análise do banco apontou que plataforma chinesa ainda mantém preços mais baixos que C&A, Renner e Riachuelo; do outro lado da vitrine, a Zara é a mais cara
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam R$ 322 milhões em dividendos
Distribuição contempla ações ordinárias e ADRs; confira os detalhes
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Valendo mais: Safra eleva preço-alvo de Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3). É hora de comprar?
Cenário mais turbulento para as empresas não passou despercebido pelo banco, que não alterou as recomendações para os papéis
Mercado Livre (MELI34) é a ação favorita do Safra para tempos difíceis: veja os três motivos para essa escolha
O banco é otimista em relação ao desempenho da gigante do comércio eletrônico, apesar do impacto das “dores de crescimento” nos resultados de curto prazo
Lojas Renner (LREN3): XP eleva recomendação para compra e elenca quatro motivos para isso; confira
XP também aumenta preço-alvo de R$ 14 para R$ 17, destacando melhora macroeconômica e expansão de margens da varejista de moda
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Cade admite Petlove como terceira interessada, e fusão entre Petz e Cobasi pode atrasar
Petlove alega risco de monopólio regional e distorção competitiva no setor pet com criação de gigante de R$ 7 bilhões
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
O que está derrubando Wall Street não é a fuga de investidores estrangeiros — o JP Morgan identifica os responsáveis
Queda de Wall Street teria sido motivada pela redução da exposição dos fundos de hedge às ações disponíveis no mercado dos EUA
Azul (AZUL4) capta R$ 1,66 bilhão em oferta de ações e avança na reestruturação financeira
Oferta da aérea visa também a melhorar a estrutura de capital, aumentar a liquidez das ações e equitizar dívidas, além de incluir bônus de subscrição aos acionistas
OPA do Carrefour (CRFB3): com saída de Península e GIC do negócio, o que fazer com as ações?
Analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro indicam qual a melhor estratégia para os pequenos acionistas — e até uma ação alternativa para comprar com os recursos