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Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Morde e assopra

Trump fez um aceno positivo à China — mas também criticou a zona do euro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi ao Twitter para anunciar avanços nas conversas do país com a China — ma também criticou o Banco Central Europeu

Victor Aguiar
Victor Aguiar
18 de junho de 2019
12:53 - atualizado às 18:28
Trump fez comentários sobre a China e sobre o Banco Central Europeu (BCE) em seu Twitter - Imagem: Giphy

O Twitter do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está particularmente movimentado nesta terça-feira (18). Ao longo da manhã, o republicano fez diversas manifestações em sua rede social, ora trazendo alívio ao front da guerra comercial e ora trazendo apreensão quanto às relações entre o governo americano e seus aliados no exterior.

Pouco depois das 10h00 (horário de Brasília), Trump disse ter tido "uma conversa muito boa por telefone" com o presidente da China, Xi Jinping. E, segundo ele, ficou acertado que ambos terão "uma reunião prolongada" na próxima semana, durante a cúpula do G-20, no Japão.

"Nossas equipes darão início às conversas antes de nosso encontro", disse o presidente dos Estados Unidos, sem dar maiores detalhes. A declaração de Trump reduz parcialmente a tensão dos mercados em relação às disputas comerciais entre americanos e chineses, já que uma reunião dos líderes no G-20 ainda era incerta.

Essa postura mais contida de Trump, contudo, se restringiu à China. Também nesta manhã, ele criticou o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, citando uma "competição injusta" contra os Estados Unidos.

Draghi afirmou que mais cortes de juros fazem parte do escopo de ferramentas que poderão ser utilizadas pela instituição, de modo a estimular a economia da zona do euro. Como resultado, as principais bolsas do velho continente sobem forte nesta terça-feira.

"Mario Draghi acabou de anunciar que mais estímulos podem estar por vir, o que imediatamente fez o Euro cair ante o dólar e torna a competição contra os Estados Unidos injustamente fácil para eles", escreveu Trump. "Eles estão se safando com isso há anos, junto com a China e outros".

Embora não tenha feito nenhuma ameaça de retaliação às medidas sinalizadas pelo BCE, o presidente dos Estados Unidos continuou usando sua rede social para demonstrar insatisfação. Em outros três tuítes, Trump afirmou que os mercados europeus estão subindo por causa dos comentários de Draghi, batendo sempre na tecla de que a fala do dirigente é "injusta" com os Estados Unidos.

Mas, apesar da contrariedade exibida por Trump, as bolsas americanas também tiveram um dia bastante positivo, com os mercados apostando que o Federal Reserve (Fed) — o Banco Central americano — irá fazer indicações mais claras quanto à possibilidade de corte de juros no país.

O Fed divulga nesta quarta-feira (19) sua decisão de política monetária, e embora os agentes financeiros não esperem um ajuste negativo nos juros já nesta reunião, há ampla expectativa quanto a uma mudança na comunicação, deixando a porta aberta para cortes no curto prazo.

Nesse contexto de expectativa em relação ao Fed, menor tensão entre Estados Unidos e China no front comercial e amplo otimismo das praças europeias após a fala de Draghi, o Dow Jones fechou em alta de 1,35% — o S&P 500 subiu 0,97% e o Nasdaq avançou 1,39%.

Draghi responde

Horas depois de receber as críticas de Trump, Mario Draghi afirmou que, pelo mandato da instituição, não se estipula nenhuma meta para a taxa de câmbio.

Sobre a recuperação de um crescimento econômico na zona do euro e do efeito negativo tido como "temporário" de fatores externos, o italiano apontou que a recuperação ocorreu, mas ficou "mais baixa que o esperado", e que o caráter "temporário" dos fatores negativos se mostrou "mais longo que o esperado".

Draghi voltou a apontar para uma "desconexão" entre os dados de levantamentos sobre as expectativas para a inflação e as expectativas de mercado. Ao fim da sua explicação, o presidente do BCE assegurou: "Usaremos toda a flexibilidade do nosso mandato para cumprir o nosso mandato."

*Com Estadão Conteúdo.

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