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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Banco públicos

Paulo Guedes fala em desestatizar mercado de crédito

Ministro discursou na posse dos presidentes do Banco do Brasil, Caixa Economia Federal e BNDES

Eduardo Campos
Eduardo Campos
7 de janeiro de 2019
12:24 - atualizado às 14:11
Paulo Guedes posse planalto
Cerimônia de Nomeação dos Ministros de Estado - Imagem: Marcos Corrêa/PR

O ministro da Economia, Paulo Guedes, abriu seu discurso durante a posse dos presidentes de bancos públicos lembrando que as instituições financeiras são o lubrificante do crescimento, que depende do crédito.

Guedes voltou a atacar o “dirigismo econômico”, como algo que corrompeu a economia e travou o crescimento. Segundo Guedes, o mercado de crédito foi estatizado resultando em intervenções danosas ao Brasil.

Para Guedes, os bancos públicos perderam-se para piratas privados, burocratas corruptos e algumas criaturas do pântano político, repetindo frase que usou no seu discurso de transmissão de cargo na semana passada.

O ministro criticou os aumentos de capital feitos pelos governos do PT no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que foi direcionado a “ajudar os mais fortes” os “campeões nacionais”. “Nós, economistas liberais, não gostamos disso”, afirmou, lembrando que isso distorce a alocação de recursos e “transfere renda de forma perversa”.

Segundo Guedes, a Caixa também foi vítima “de saques, fraudes e assalto a recursos públicos”. Ele disse que isso ficará claro, em breve, conforme essas “caixas pretas” sejam abertas.

O presidente Jair Bolsonaro também reafirmou esse compromisso de campanha de abrir caixas pretas, afirmando que a diretriz é “transparência acima de tudo” e que todos os atos terão de ser abertos ao público.

Bolsonaro também disse que não podemos admitir confidencialidade pretérita e que os “amigos do rei” que tomaram crédito nos bancos públicos não serão perseguidos, mas que os atos “tornar-se-ão públicos”.

Ainda de acordo com Guedes, o mercado de crédito estava divido em dois, o crédito estatal e o crédito livre para os demais. A missão dos novos presidentes é “fazer a coisa funcionar da forma certa”, com o crédito barato e subsidiado indo para os mais pobres, com esses recursos tendo dotação orçamentária.

Segundo Guedes não se pode usar as instituições para fazer transferência de renda perversa e desvirtuando o funcionamento dos bancos públicos.

Para Guedes, se transferia recursos públicos de forma regressiva, transferindo renda em “falcatruas” ou para “aliança políticas”, para ajudar “os amigos do rei”, ou para quem “comparava influência política”.

De acordo com Guedes, quando o governo estatiza o crédito, sobra menos recursos para os demais tomadores e os “juros são absurdos”. Ele também criticou generosidades socialmente corretas, mas por vezes perversas e financiadas com endividamento em “bola de neve”, que resulta em “juros na lua” para 200 milhões de brasileiros e “outro baratinho”. “Esse tipo de distorção que a equipe vai eliminar”, afirmou.

Tomaram posse nesta segunda-feira, Pedro Guimarães, na Caixa Econômica Federal, Rubem Novaes, no Banco do Brasil, e Joaquim Levy, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Caixa Econômica Federal

Em seu discurso de posse o novo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, destacou o tamanho da instituição, como a quinta maior do mundo em número de clientes, e fez diversos acenos aos funcionários do banco. Ele também reafirmou a venda de ativos. Ao longo do período de transição saíram notícias de que Guimarães estava enfrentando dificuldades em obter informações e cooperação dentro da instituição.

O novo presidente falou que têm três determinações dadas por Bolsonaro e Guedes: não podemos errar, mais Brasil e menos Brasília e deixar um legado.

Sobre não errar, Guimarães lembrou que a instituição tem R$ 40 bilhões em dívida sem prazo de vencimento, os chamados instrumentos híbridos de capita e dívida. Essa foi uma forma de capitalizar a instituição pelos governos petistas.

Guimarães lembrou que nenhum banco privado pode ter esse instrumento na sua composição de capital e terá quatro anos liquidar essa dívida. Isso será feito com a venda de participação em empresas controladas, como seguros, cartões, asset e loterias. E isso começa já, segundo ele, com ao menos duas operações de venda neste ano, mas ele não disse quais.

A participação dos funcionários é fundamental, segundo Guimarães, que pretende discutir o crédito imobiliário da instituição. Segundo ele, falta funding para dar crédito para a compra da casa própria e que a instituição vai vender de R$ 50 bilhões, a R$ 100 bilhões em ativos “para poder ofertar esse crédito”.

Na parte “mais Brasil e menos Brasília”, Guimarães disse que vai passar 30 semanas viajando o Brasil nos fins de semana para ouvir das pessoas o que eles pensam da Caixa. O foco estará em comunidades carentes.

Ele também falou que serão revisadas as políticas de publicidade e patrocínio. Algo que também esteve no discurso de Bolsonaro, que foi o último a falar (veja mais abaixo).

Na parte do legado, Guimarães disse que se pode pensar muito além de quatro anos e que ele quer que seus filhos tenham orgulho de que o pai fez algo pelo Brasil. Nesse ponto ele destacou que a Caixa vai focar esforços no microcrédito como uma forma de reduzir os juros. Como exemplo ele citou o programa Credamigo do Banco do Nordeste, no qual o tomador de crédito indica amigos como garantidores para pequenos empréstimos, a chamada garantia solidária.

BNDES

Joaquim Levy afirmou que estamos na antessala de um novo ciclo de investimento em uma economia mais aberta e vibrante, com maior participação do mercado de capitais.

Segundo Levy, o BNDES vai desenvolver novas ferramentas, novas formas de trabalhar em parceria com o mercado, além de combater o “patrimonialismo e distorções” que são uma trava ao crescimento do país.

Ainda de acordo com Levy, temos de alcançar “justiça e equidade” evitando o voluntarismo. E as ferramentas para isso é são a transparência, a ética e a responsabilidade.

Levy também falou em ajustar todo o balanço do banco, o que pode ser visto como uma referência às devoluções dos empréstimos tomados junto ao Tesouro. Paulo Guedes já disse que quer esse dinheiro de volta.

A ideia, segundo Levy é depender menos de recursos do Tesouro que hoje estão em proporção exagerada. Esses recursos têm de ser revisados para que se tenha o adequado retorno do capital para a população.

Banco do Brasil

O novo presidente do BB, Rubem Novaes, destacou que vivemos um momento importante depois de grandes desgraças que o país passou, como o Mensalão, Petrolão, crise na segurança e recessão.

Ele não falou especificamente sobre seus planos diante do banco, mas afirmou ter como princípio uma administração que deve ser eficiente, transparente e honrada. E que com a equipe que está sendo montada, esses princípios serão cumpridos.

Logo mais, às 14h30, Pedro Novaes, participa de cerimônia de transferência de cargo no BB. Mais tarde, por volta das 17 horas, Guimarães participa do mesmo tipo de cerimônia na Caixa.

Jair Bolsonaro

O presidente Bolsonaro fez uma brincadeira na abertura da sua fala, dizendo que a cerimônia no Palácio do Planalto estava concorrida, pois “são os homens do dinheiro que estão aqui, só que desta vez é o dinheiro do bem”.

Bolsonaro lembrou da aproximação e “namoro no bom sentido” com Guedes no período de campanha e que foi um sinal de humildade sem qualquer demérito reconhecer que Paulo Guedes sabe muito mais de economia do que ele, mas que ele sabe mais de política.

Bolsonaro também destacou algo “importante e que nunca houve”, Paulo Guedes, os presidentes dos bancos públicos e os outros ministros tiveram liberdade de escolher todos os nomes do primeiro escalão “sem qualquer interferência política”.

Segundo Bolsonaro, em seus 28 anos de Câmara dos Deputados ele vivenciou a briga sobre qual partido ficaria com essa ou aquela diretora de banco público. “Sinal claro de que não poderíamos dar certo na economia.”

Bolsonaro também falou que na reunião informal que teve com os novos presidentes, apertou a mão de Joaquim Levy pela primeira vez e perguntou, na informalidade, se o Brasil daria certo. “A resposta foi simples. Se não fosse dar certo, não estaríamos aqui.” Levy foi ex-ministro de Dilma e seu nome chegou a ter algumas breves resistências na ala política do governo.

O presidente disse acreditar na equipe econômica para conduzir o destino do Brasil não só na área economia, pois se a economia for bem, teremos mais empregos, redução da violência, “a satisfação se fará presente e teremos dias melhores”.

O presidente também falou que todos os atos serão abertos ao público e que “não podemos errar, se erramos os senhores bem sabem quem poderá voltar”.

Verbas Públicas

Bolsonaro também falou que vai democratizar as verbas públicas e que nenhum órgão de imprensa terá mais ou menos. A ideia é racionalizar o gasto com a imprensa. Bolsonaro já tinha falando em rever verbas de publicidade e patrocínio do governo.

Ele disse que "uma imprensa livre é garantia da nossa democracia", que “vamos acreditar” na imprensa, mas que as verbas não vão privilegiar a empresa A, B ou C.

Antes disso, Bolsonaro defendeu uma imprensa forte, mas que seja isenta e que não seja parcial como “alguns foram”.

O presidente também falou que recursos repassados a ONGs terão rígido controle para que os recursos públicos sejam bem utilizados.

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