Mercados devem comemorar vitória de Bolsonaro nesta segunda
Rali na bolsa e queda do dólar estão contratados, em comemoração à eleição de um presidente potencialmente mais liberal na economia

Bom dia, investidor! A semana deve começar com novo rali na bolsa, com os mercados comemorando a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais.
O fato já estava bastante precificado, mas as previsões otimistas de profissionais do mercado e o desempenho dos ativos brasileiros lá fora com a notícia do resultado do pleito antecipam bolsa em alta e dólar e queda para esta segunda-feira (29).
Ontem à noite, em Chicago, o dólar caiu abaixo dos R$ 3,60, e no pregão japonês, o ETF (fundo de índice) de ações brasileiras chegou a disparar 14% nesta segunda.
As previsões são de que a bolsa pode bater o topo histórico de 88.400 pontos e até chegar a 100 mil pontos, e que o dólar pode chegar ao patamar de R$ 3,50. A Moody's chegou a projetar dólar entre R$ 3 e R$ 3,20 em dezembro.
Tal desempenho, no entanto, vai depender em larga medida dos nomes a serem indicados para a equipe econômica comandada por Paulo Guedes e das propostas para a agenda de reformas, principalmente a da Previdência.
Há também quem creia numa correção do rali pré-eleitoral nesta segunda-feira, justamente pelos desafios que se põem à frente do próximo presidente em relação à aprovação das reformas.
Leia Também
Vem casamento pela frente? Ações da Gol (GOLL4) disparam quase 20% e levam Azul (AZUL4) às alturas com expectativas de fusão
Dinheiro na mão é solução: Medidas para cumprimento do arcabouço testam otimismo com o Ibovespa
Se você ainda não está posicionado para ganhar dinheiro com a vitória de Bolsonaro, preparamos um material especial para você.
Os repórteres Vinícius Pinheiro e Eduardo Campos falam mais sobre as previsões para os mercados e os investimentos que devem se beneficiar agora, na renda fixa e na renda variável, nesta reportagem.
Nosso colunista, Alexandre Mastrocinque, indica aqui as ações que vão se dar bem neste período pós-eleição.
Apesar do otimismo, é bom não descolar os olhos do exterior, onde o pessimismo em relação a um crescimento mundial fraco aliado a um crescimento forte nos Estados Unidos vem imperando nos mercados.
Este tem sido o pano de fundo dos últimos pregões nas bolsas gringas. Na sexta-feira, o Ibovespa subiu apesar do mau desempenho dos mercados internacionais, agravado pela resposta negativa das ações de tecnologia a maus resultados trimestrais do setor.
Pegou bem
Em seus pronunciamentos após a apuração das urnas ontem, Bolsonaro e membros do seu futuro governo se preocuparam em acertar o tom.
O presidente eleito firmou compromisso com a Constituição, a democracia e a liberdade. Também adotou discurso mais conciliador num momento de país tão dividido e polarizado quanto após as eleições de 2014, afirmando que "Vamos unir a todos, não haverá distinção entre nós, seremos um só povo, um só Brasil".
O general Augusto Heleno, seu futuro ministro da Defesa, se preocupou em afastar os riscos à democracia brasileira, dizendo ser "loucura" achar que os generais governarão o país.
Já o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, se manteve fiel ao discurso liberal. Disse ser factível zerar o déficit fiscal, assegurou que as privatizações serão aceleradas e defendeu a reforma da Previdência.
Mas Bolsonaro ainda tem que se haver com a dissipação de sua imagem negativa no exterior, para atrair capital estrangeiro para o país, e com a aprovação da reforma da Previdência, tão avidamente aguardada pelos mercados.
O presidente Temer se dispôs a ajudar na aprovação de mudanças nas regras da aposentadoria ainda neste ano, mas Bolsonaro já disse diversas vezes que não quer a proposta de Temer e que só pretende tratar desse assunto depois de janeiro de 2019.
Pegou mal
Não caiu bem a entrevista de Bolsonaro ao "Poder360" na véspera da eleição, quando sugeriu que Guedes, como ministro da Economia, estaria sob o comando do futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Segundo Bolsonaro, ele pretende conversar com Paulo Guedes sobre os nomes dos assessores econômicos ainda nesta semana ou na próxima, mas "quem vai bater o martelo é Onyx, o coordenador de tudo".
Acontece que Lorenzoni vem se opondo ferrenhamente à reforma da Previdência. A ver.
Na mesma entrevista, Bolsonaro ainda falou que o Banco Central terá liberdade política "dentro de alguns parâmetros" e defendeu meta para câmbio, além da já existente meta para a inflação.
Só que nosso tripé macroeconômico prevê câmbio flutuante e não meta para dólar.
Governadores que bolsonaram são eleitos
Quem surfou na onda bolsonarista levou nos estados. Foram eleitos em segundo turno João Dória (SP), Wilson Witzel (RJ), Romeu Zema (MG), comandante Moisés (SC), Ibaneis Rocha (DF) e Eduardo Leite (RS).
Zema eleito é, a princípio, uma boa notícia para os acionistas de Cemig e Copasa, muito embora em seu primeiro pronunciamento como governador, o filiado ao Partido Novo tenha repetido que não privatizará as duas estatais mineiras "no momento".
Temporada de balanços continua
Hoje, no Brasil, teremos mais dados das contas do setor público, às 10h30, com previsão de déficit. As estimativas do "Broadcast", serviço de notícias em tempo real do "Estadão", variam de déficit de R$ 25,3 bilhões a R$ 15,86 bilhões, com mediana em R$ 22,450 bilhões negativos.
Ainda nesta segunda, tem reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), com resultado previsto para depois das 18 horas.
Para esta semana, ainda teremos IGP-M de outubro e a Pnad de emprego de setembro amanhã (30); resultado da reunião do Copom na quarta-feira (31), com previsão de manutenção da Selic em 6,5% ao ano; e dados da produção industrial de setembro, a balança comercial fechada de outubro e os dados da Fenabrave deste mês na quinta (1º).
Na temporada de balanços local, temos hoje Itaú, Embraer, Cteep, Klabin e Multiplan. Embraer e Hypera (Hypermarcas), que teve seus números divulgados na sexta, promovem teleconferência às 11 horas.
Amanhã saem os resultados trimestrais de Cielo, Eletropaulo, Smiles, Ecorodovias, RaiaDrogasil e Telefônica. Na quarta temos Santander, banco Inter, Arezzo, B2W, Cia. Hering, Copasa, Energias do Brasil, Engie Brasil, IRB, Lojas Americanas, SulAmérica, Tarpon e Terra Santa Agro. Na quinta são divulgados os balanços da Gol e da Omega Geração.
Lá fora
Nos Estados Unidos, hoje sai o PCE (Personal Consumption Expenditures, núcleo do índice de preços das despesas de consumo pessoal), às 9h30. Também são divulgados os dados da produção manufatureira do Fed de Dallas, às 11h30.
Não há divulgação de balanços relevantes nos EUA nesta segunda. Apenas o HSBC divulga seus números no Reino Unido.
A semana ainda reserva o Payroll, relatório de emprego americano, na sexta-feira. Os dados servem como medida da força da economia dos EUA se refletindo no mercado de trabalho.
A expectativa é de criação de 188 mil vagas em outubro, mais que as 134 mil de setembro. A taxa de desemprego deve ficar estável em 3,7%, a menor desde dezembro de 1969.
Investidores estarão especialmente atentos ao aumento dos salários por hora (previsão de alta de 0,3%), que podem ficar perto de uma alta anual de 3%, a maior desde a crise de 2008.
Os salários não têm acompanhado a força da economia americana, mas têm aumentado gradualmente.
Na quarta, a ADP divulga relatório sobre criação de empregos no setor privado, considerado a prévia do Payroll.
A zona do euro divulga seu PIB do terceiro trimestre amanhã, com previsão de alta de 0,5% em relação ao período anterior e de 2,5% em 12 meses.
Na quarta sai a inflação ao consumidor do bloco (CPI), que deve ser de 2,1% em outubro, sendo 1% no núcleo. O BoE, banco central da Inglaterra, anuncia decisão de política monetária na quinta, e o Instituto Markit divulga o PMI (Purchasing Managers' Index, índice que mede a atividade do setor industrial) da zona do euro na sexta.
Na China, sai o PMI de outubro amanhã à noite (oficial) e na quarta (Markit). O banco central japonês anuncia decisão de política monetária também na quarta.
Entre os balanços importantes no exterior nesta semana temos Facebook, Coca-Cola, MasterCard, Pfizer e General Electric (amanhã), General Motors (quarta), Apple (quinta) e Chevron e ExxonMobil (sexta).
*Com informações do Bom Dia Mercado, de Rosa Riscala. Para ler o Bom Dia Mercado na íntegra, acesse www.bomdiamercado.com.br
BNDES corta participação na JBS (JBSS3) antes de votação crucial sobre dupla listagem nos EUA — e mais vendas podem estar a caminho
A BNDESPar reduziu a participação no frigorífico para 18,18% do total de papéis JBSS3 e agência alerta que a venda de ações pode continuar
Nubank (ROXO34) anuncia saída de Youssef Lahrech da presidência e David Vélez deve ficar cada vez mais em cima da operação
Lahrech deixa as posições após cerca de cinco anos na diretoria da fintech. Com a saída, quem assumirá essas funções daqui para frente será o fundador e CEO do Nu
Só pra contrariar: Ibovespa parte dos 140 mil pontos pela primeira vez na história em dia de petróleo e minério de ferro em alta
Agenda vazia deixa o Ibovespa a reboque do noticiário, mas existe espaço para a bolsa subir ainda mais?
Ibovespa está batendo recordes por causa de ‘migalhas’? O que está por trás do desempenho do índice e o que esperar agora
O otimismo com emergentes e a desaceleração nos EUA puxam o Ibovespa para cima — mas até quando essa maré vai durar?
Ibovespa (IBOV) encerra o pregão com novo recorde, rompendo a barreira dos 140 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,67
O principal índice de ações da B3 tem mais um dia de pontuação inédita, com EUA em baixa no mercado internacional e boas notícias locais
Fusão de Petz (PETZ3) e Cobasi deve ser aprovada pelo Cade ainda nesta semana, e ações chegam a subir 6%
Autarquia antitruste considera fusão entre Petz e Cobasi como de baixa concentração do mercado voltados para animais de estimação, segundo site
Onde investir na bolsa em meio ao sobe e desce do dólar? XP revela duas carteiras de ações para lucrar com a volatilidade do câmbio
Confira as ações recomendadas pelos analistas para surfar as oscilações do dólar e proteger sua carteira em meio ao sobe e desce da moeda
Ação da Smart Fit (SMFT3) pode ficar ainda mais “bombada”: BTG eleva preço-alvo dos papéis e revela o que está por trás do otimismo
Os analistas mantiveram recomendação de compra e elevaram o preço-alvo de R$ 27,00 para R$ 28,00 para os próximos 12 meses
Uma questão de contexto: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca depois de corte de juros na China
Investidores repercutem avanço da Petrobras à última etapa prevista no processo de licenciamento da Margem Equatorial
Entre a frustração com o Banco do Brasil (BBAS3) e a surpresa com o Bradesco (BBDC4): quem brilhou e decepcionou nos resultados dos bancos do 1T25?
Depois dos resultados dos grandes bancos, chegou a hora de saber: o que os analistas estão recomendando para a carteira de ações?
É hora do Brasil? Ibovespa bate novo recorde de fechamento aos 139.636 pontos, após romper os 140 mil pontos ao longo do dia
O principal índice de ações da B3 tem mais um dia de pontuação inédita, com EUA em baixa no mercado internacional e boas notícias locais
Mobly (MBLY3) vai “sumir” da B3: ação trocará de nome e ticker na bolsa brasileira ainda neste mês
Com a decisão da Justiça de revogar a suspensão de determinadas decisões tomadas em AGE, companhia ganha sinal verde para seguir com sua reestruturação
É igual, mas é diferente: Ibovespa começa semana perto de máxima histórica, mas rating dos EUA e gripe aviária dificultam busca por novos recordes
Investidores também repercutem dados da produção industrial da China e de atividade econômica no Brasil
Em meio a novos recordes do Ibovespa, ação da Marfrig (MRFG3) registra maior alta da semana; Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque negativo
Ação da Marfrig (MRFG3) precisou apenas do pregão de sexta-feira para se destacar como a maior alta do Ibovespa na semana; papel do Banco do Brasil (BBAS3) acabou punido em reação a balanço
Porto (in)seguro? Ouro fecha a semana com pior desempenho em seis meses; entenda o que está por trás da desvalorização
O contrato do ouro para junho recuou 1,22%, encerrando cotado a US$ 3.187,2 por onça-troy, uma queda de 3,70% na semana
Sem alívio no Banco do Brasil (BBAS3): CEO prevê “inadimplência resistente” no agronegócio no 2T25 — mas frear crescimento no setor não é opção
A projeção de Tarciana Medeiros é de uma inadimplência ainda persistente no setor rural nos próximos meses, mas situação pode melhorar; entenda as perspectivas da executiva
Marfrig (MRFG3) dispara 20% na B3, impulsionada pela euforia com a fusão com BRF (BRFS3). Vale a pena comprar as ações agora?
Ontem, as empresas anunciaram um acordo para fundir suas operações, criando a terceira maior gigante global do segmento. Veja o que dizem os analistas
Ações do Banco do Brasil sentem o peso do balanço fraco e tombam mais de 10% na B3. Vale a pena comprar BBAS3 na baixa?
A avaliação do mercado sobre o resultado foi negativa. Veja o que dizem os analistas
Fusão entre Marfrig e BRF inclui dividendo de R$ 6 bilhões — mas só terá direito à bolada o investidor que aprovar o casamento
Operação ainda deverá passar pelo crivo dos investidores dos dois frigoríficos em assembleias gerais extraordinárias (AGEs) convocadas para junho
O mapa da mina: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil e fusão entre BRF e Marfrig
Bolsas internacionais amanhecem no azul, mas noticiário local ameaça busca do Ibovespa por novos recordes