Ações do Magazine Luiza já subiram mais de 30% neste ano. Para o Bradesco BBI, há espaço para mais
Apesar dos ganhos expressivos dos papéis do Magazine Luiza nos últimos anos, o Bradesco BBI acredita que os papéis ainda podem subir mais, uma vez que a empresa possui boas perspectivas para surfar a nova onda do e-commerce

Vamos a alguns fatos rápidos sobre as ações ON do Magazine Luiza (MGLU3):
- Desde o fim de 2015, os papéis acumulam ganhos de mais de 18.000% (sim, dezoito mil por cento)
- Somente em 2019, os ativos da empresa já avançaram mais de 30%
- Nesta quarta-feira (17), as ações fecharam em alta de 4,44%, a R$ 244,39
- O Bradesco BBI ainda vê espaço adicional para valorização
Pois é. Mesmo após toda essa onda positiva nos últimos anos, o mercado ainda possui uma visão bastante otimista a respeito da empresa e do potencial de ganhos dos ativos em bolsa. E o Bradesco BBI é mais uma casa a colocar o Magalu entre as principais escolhas no setor de varejo no Brasil.
E o que pode dar ainda mais força às ações da companhia daqui para frente? Em relatório, a instituição financeira faz uma extensa análise a respeito da "segunda onda" do e-commerce, que engloba produtos como vestuário, calçados e cosméticos. E a conclusão foi clara: o Magazine Luiza encontra-se bem posicionado para surfar essa nova tendência.
O analista Richard Cathcart pondera que, ao longo dos próximos cinco anos, a penetração do varejo eletrônico no Brasil vai sair dos atuais 6% para cerca de 10% — o que implica numa taxa composta de crescimento anual de 20% na receita total de vendas (ou GMV, na sigla em inglês).
No entanto, as taxas elevadas de expansão não devem ser verificadas de maneira uniforme entre os principais players do setor. Para Cathcart, a evolução da participação de mercado das empresas depende de dois fatores: a eficiência logística e a participação nos setores dessa "segunda onda".
E o Magazine Luiza tende a brilhar nesses dois aspectos, ressalta o analista. A aquisição da Netshoes, após longa disputa com a Centauro, é vista pelo Bradesco BBI como fundamental para amentar a exposição do Magalu ao comércio eletrônico de artigos esportivos, vestuário e calçados.
Leia Também
Além disso, a instituição financeira destaca que a ampla rede de distribuição de produtos do Magazine Luiza dá à capilaridade e densidade à organização logística da companhia, o que representa uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes no e-commerce.
Como resultado dessa análise, o Bradesco BBI elevou a recomendação para as ações ON do Magazine Luiza, passando de neutro para outperform — ou seja, com desempenho acima da média. Além disso, a instituição fixou um preço-alvo de R$ 320 para os papéis do Magalu ao final de 2020.
E o mercado comprou essa visão positiva: as ações ON da companhia fecharam o pregão de hoje cotadas a R$ 244,39. Assim, considerando o valor atual, o novo preço-alvo da instituição implica num potencial extra de ganhos de mais de mais de 30% até o término do ano que vem.
Vale lembrar, ainda, que o setor de varejo como um todo teve um bom desempenho no Ibovespa nesta quarta-feira, em meio à expectativa quanto à liberação para o saque dos recursos do FGTS — a leitura é a de que esse dinheiro poderá estimular o consumo das famílias no curto prazo.
Futuro do e-commerce
Em seu relatório, Cathcart estima que, atualmente, 55% do comércio eletrônico do Brasil está ligado aos eletrodomésticos e eletrônicos. Assim, o potencial para crescimento nessas duas categorias parece limitado — o que abre espaço para a chamada "segunda onda".
E, além do Magazine Luiza, outra empresa aparece bem posicionada para aproveitar o aumento na demanda por produtos de vestuário e artigos esportivos: o Mercado Livre, que já possui uma forte presença nesses setores. "Por outro lado, achamos que a B2W e a Via Varejo estão atrasadas", escreve o analista.
Do ponto de vista da logística, o Bradesco BBI pondera que o modelo de vendas diretas (conhecido como 1P) é o mais eficiente — e o Magazine Luiza é o principal player nesse tipo de entrega, o que deve dar à empresa uma vantagem competitiva no longo prazo.
"A aquisição da Logbee permitiu à Magalu transformar as lojas numa rede com mais de 800 hubs de entrega, o que significa que ela está mais perto do consumidor e com capilaridade e densidade superior à B2W (200 hubs) e ao Mercado Livre (cujas entregas ainda são enviadas pelos Correios)", diz Cathcart. "Isso implica em mais velocidade e menos custos".
Concorrência
O Bradesco BBI também atualizou suas métricas para as demais empresas do e-commerce brasileiro. No caso do Mercado Livre, a instituição manteve recomendação outperform para as ações negociadas nos Estados Unidos (MELI), estabelecendo preço-alvo de US$ 835 ao fim de 2020.
Já B2W ON (BTOW3) e Via Varejo ON (VVAR3) foram mantidas em neutro, com preços-alvo de R$ 43 e R$ 8 no término do ano que vem, respectivamente.
Queridinha do mercado
Mesmo após os ganhos acumulados ao longo de 2019 — e dos últimos anos —, as casas de análise seguem mostrando ampla confiança em relação ao Magazine Luiza. De acordo com a Bloomberg, sete instituições financeiras possuem recomendação de compra para os ativos ON da empresa, incluindo o Bradesco BBI.
Outras seis mostram-se neutras em relação aos papéis, e apenas uma recomenda a venda. "Elevamos a recomendação para o Magazine Luiza porque estamos mais confiantes de que a empresa será uma das vencedoras no e-commerce do Brasil no longo prazo", finaliza Cathcart.
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Mexendo o esqueleto: B3 inclui Smart Fit (SMFT3) e Direcional (DIRR3) na última prévia do Ibovespa para o próximo quadrimestre; veja quem sai para dar lugar a elas
Se nada mudar radicalmente nos próximos dias, as duas ações estrearão no Ibovespa em 5 de maio
Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento
Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Shein ainda é a varejista de moda mais barata no Brasil, mas diferença diminui, diz BTG Pactual
Análise do banco apontou que plataforma chinesa ainda mantém preços mais baixos que C&A, Renner e Riachuelo; do outro lado da vitrine, a Zara é a mais cara
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam R$ 322 milhões em dividendos
Distribuição contempla ações ordinárias e ADRs; confira os detalhes
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Valendo mais: Safra eleva preço-alvo de Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3). É hora de comprar?
Cenário mais turbulento para as empresas não passou despercebido pelo banco, que não alterou as recomendações para os papéis
Mercado Livre (MELI34) é a ação favorita do Safra para tempos difíceis: veja os três motivos para essa escolha
O banco é otimista em relação ao desempenho da gigante do comércio eletrônico, apesar do impacto das “dores de crescimento” nos resultados de curto prazo
Azul (AZUL4) chega a cair mais de 10% (de novo) e lidera perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (28)
O movimento de baixa ganhou força após a divulgação, na última semana, de uma oferta pública primária
Lojas Renner (LREN3): XP eleva recomendação para compra e elenca quatro motivos para isso; confira
XP também aumenta preço-alvo de R$ 14 para R$ 17, destacando melhora macroeconômica e expansão de margens da varejista de moda
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.