Ibovespa em 132 mil pontos? Para o Itaú BBA, é hora de agarrar o touro pelo chifre
A agenda econômica construtiva no Brasil e as condições de liquidez elevada no exterior abrem espaço para que o Ibovespa suba mais 25% até o fim do ano que vem, diz o Itaú BBA

Nessa altura do campeonato, você já sabe bem a história: com a tramitação da reforma da Previdência caminhando no Congresso — e com a perspectiva de redução na taxa de juros no Brasil —, o Ibovespa conseguiu romper a marca dos 100 mil pontos, renovando máximas atrás de máximas.
É o chamado 'bull market', ou 'mercado do touro', numa tradução livre. Com esse cenário em mente, a confiança dos agentes financeiros foi resgatada e, como resultado, o mercado acionário deslanchou, chegando a patamares inéditos. Mas até onde o principal índice da bolsa brasileira pode chegar?
Para o Itaú BBA, há espaço para mais — muito mais. Afinal, a dinâmica dos mercados no exterior e a melhora do ambiente econômico no Brasil criam as condições ideais para que o Ibovespa continue deslanchando. Para a instituição, quem não aproveitou essa primeira onda de ganhos ainda pode se dar bem: basta agarrar o touro pelos chifres desde já.
Em relatório, o Itaú BBA fixou em 132 mil pontos a meta para o Ibovespa ao final de 2020 — considerando o fechamento da última quarta-feira (24), aos 104.119,54 pontos, o preço-alvo implica num potencial de ganhos de mais de 26% no período em questão.
Liderada pelo estrategista Marcos Assumpção, a equipe de análise do Itaú BBA aponta dois fatores que tendem a impulsionar o Ibovespa daqui para frente: a abundante liquidez global, num cenário de taxas de juros mais baixas no mundo todo; e a agenda econômica construtiva no país.
"Acreditamos que o Brasil está prestes a entrar num período de juros excepcionalmente baixos", escrevem os estrategistas, ressaltando que a equipe macroeconômica do Itaú BBA estima que a Selic terminará 2019 no patamar de 5% ao ano. E, para a instituição, esse cenário impacta positivamente o mercado local de ações em três aspectos:
Leia Também
- Os resultados das companhias irão melhorar, por causa das menores despesas financeiras;
- A avaliação das empresas irá melhorar, dadas as menores taxas de desconto;
- Os investidores provavelmente vão reduzir a exposição aos instrumentos tradicionais de renda fixa, procurando alternativas de maior retorno, como as ações.
Siga o fluxo
O Itaú BBA também tem uma visão otimista em relação à entrada de recursos na bolsa brasileira: para os estrategistas, há espaço para que o mercado de ações receba um fluxo de R$ 600 bilhões — a cifra corresponde a 10% dos recursos atualmente alocados em títulos, fundos de renda fixa e poupanças.
Além disso, a instituição acredita que esse fluxo positivo de recursos tende a ser capitaneado pelos investidores locais, dando continuidade à tendência recente. Segundo o Itaú BBA, os agentes domésticos agora respondem por 49% do volume negociado na bolsa, bem acima dos 39% vistos em 2014.
"Esse aumento pode ser explicado pelo maior envolvimento dos investidores privados e de varejo no mercado de ações", dizem Assumpção e sua equipe, ponderando que o estrangeiros têm reduzido a exposição à bolsa brasileira por causa da situação fiscal ainda desafiadora do país, da instabilidade política vista nas eleições e da atratividade de investimentos em outros mercados emergentes, particularmente no sudeste asiático.
Considerando tudo isso, qual o conselho da instituição? Não vá contra o fluxo, uma vez que, no bull market, os preços relativos das ações tendem a chegar a níveis elevados, dada a combinação de expectativa de crescimento do lucro das empresas e menor custo de capital.
"Em períodos de alta liquidez, os investidores tendem a ficar mais interessados em small caps", pondera o Itaú BBA — algo que o leitor do Seu Dinheiro já estava ciente desde o início do mês.
Recomendações
Com essa visão positiva em mente, o Itaú BBA acredita que as ações de empresas mais expostas ao mercado doméstico tendem a apresentar uma desempenho particularmente forte. Há três teses de investimentos: o ciclo econômico do Brasil, a eficiência das empresas estatais e a atratividade dos preços.
Nesse cenário, a instituição possui uma carteira recomendada com dez ações. Esse portfólio é basicamente o mesmo do mês passado, com apenas uma alteração: as ações PN da Azul (AZUL4) foram retiradas, dando lugar aos papéis PN da Randon (RAPT4).
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Azul (AZUL4) chega a cair mais de 10% (de novo) e lidera perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (28)
O movimento de baixa ganhou força após a divulgação, na última semana, de uma oferta pública primária
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
Ibovespa: Dois gatilhos podem impulsionar alta da bolsa brasileira no segundo semestre; veja quais são
Se nos primeiros quatro meses do ano o Ibovespa tem atravessado a turbulência dos mercados globais em alta, o segundo semestre pode ser ainda melhor, na visão estrategista-chefe da Empiricus
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.