Ibovespa atinge 94 mil e bate outro recorde
A subida só não foi mais forte por conta da depreciação do petróleo, que influenciou a Petrobras, e da frustração com a balança comercial da China

E já está virando rotina... Novamente, a bolsa de Valores de São Paulo bateu mais um recorde e quebrou a barreira dos 94 mil pontos. Apesar de ter iniciado a segunda-feira em baixa, o Ibovespa logo na primeira meia hora do pregão reverteu o sinal e bateu a barreira dos 94 mil. Depois de perder um pouco o ritmo, oscilou mas operou em alta durante a tarde toda e fechou com avanço de 0,87%, com 94.474 pontos.
Sem notícias concretas no "front" doméstico, os ativos negociados no mercado financeiro reagem aos movimentos de pequena melhora no exterior. Assim, o dólar renovou sucessivas mínimas e a Bolsa se firmou em novo nível histórico, operando acima da resistência dos 94 mil pontos. A alta só não foi mais forte e consistente por conta da depreciação do petróleo, que influencia as perdas da Petrobras, e da frustração com a balança comercial da China, que pesou contra empresas ligadas a commodities, sobretudo a Vale. Os destaques foram a Sabesp e papéis do setor imobiliário.
Câmbio
A moeda americana fechou o dia negociada em queda de 0,32%, a R$ 3,70. Declarações do presidente Donald Trump mais cedo sobre o acordo comercial com a China são apontadas por operadores como um dos motivos que esfriaram a alta do dólar frente a alguns emergentes.
Sabesp em alta
A ação ON da Sabesp foi o grande destaque do dia no Ibovespa, com avanço de 5,34%, depois que o secretário da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, disse na sexta-feira, após o fechamento do mercado, que uma eventual privatização da Sabesp poderia render ao menos R$ 10 bilhões. A decisão, contudo, depende da transformação da MP 868 sobre empresas de saneamento, editada pelo governo Temer, em lei. Já uma capitalização da companhia, que hoje foi defendida pelo secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, mais cedo, renderia algo em torno de R$ 5 bilhões.
Construção civil
A Log registra sua quinta alta consecutiva, mas uma ordem de venda maciça realizada antes das 17h fez com que o papel entrasse em leilão, e diminuísse o ritmo de ganhos. Log ON sobiu 4,05%. Já sua controladora, a MRV ON teve alta de 4,08%. Os analistas de construção civil do Credit Suisse atualizaram suas recomendações para ações das incorporadoras que atuam dentro do Minha Casa Minha Vida, com base nas perspectivas de ajustes na disponibilidade de recursos do FGTS para financiar as operações do programa habitacional. A MRV foi elevada a classificação das ações de "neutral" (desempenho em linha com o mercado) para "outperform" (desempenho acima do mercado), com preço-alvo de R$ 17,50, o que significa uma alta potencial de 31% em relação ao fechamento de sexta-feira (R$ 13,34).
Cyrela
A ação ON da Cyrela teve alta de 1,81% depois que a empresa divulgou na sexta-feira, após o fechamento do mercado, sua prévia operacional do quarto trimestre de 2018, totalizando R$ 2,705 bilhões em lançamentos totais, avanço de 113,1% em relação ao mesmo período de 2017. O volume de lançamentos excluindo as permutas foi de R$ 1,598 bilhão, crescimento de 106,4% no quarto trimestre.
De acordo com relatório da Coinvalores, o ponto negativo do trimestre é que a venda de estoque pronto seguiu em um ritmo ainda lento, como nos últimos trimestres. "Ainda assim, o forte crescimento nos lançamentos, que tiveram uma boa velocidade de vendas, é benéfico para os papéis".
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Via Varejo
Via Varejo ON foi a maior alta desta segunda-feira, com avanço de 6,87%. Analistas apontam as incertezas em relação à composição acionária da companhia, já que o Grupo Pão de Açúcar (GPA) tem manifestado interesse em vender sua participação na empresa. A estratégia do GPA de vender suas ações na Bolsa abre mais espaço para a família Klein dentro da Via Varejo.
Eita, Paraná!
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) e a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) estiveram em alta nesta segunda-feira, continuando a tendência verificada neste início de ano. Segundo operadores, além das expectativas em relação ao novo governo estadual, o novo marco regulatório para o setor de saneamento, estabelecido por meio de Medida Provisória (MP) editada nos últimos dias de 2018, facilita uma eventual privatização das estatais. Hoje, Sanepar Unit sobe 5,88% e em 2019, a alta é de 18%. Copel PNB sobe 3,60%, com valorização de 11% em janeiro.
Mais taxas para o aço
As ações de empresas siderúrgicas operaram em queda após a notícia de que a Comissão Europeia deve votar na quarta-feira limites à entrada de produtos siderúrgicos do mundo todo. Em relação ao Brasil, devem ser impostas restrições a sete produtos exportados pelo País, dentre eles laminados a frio (usado pelas indústrias automobilística, máquinas e equipamentos), chapas grossas (voltadas para indústria naval) e metálicas (embalagens), e outros tipos de aço.
Para piorar, a o Itaú BBA rebaixou o papel da Usiminas para "market perform" (em linha com a média do mercado). Em relatório, o banco afirma que atualizou os novos cenários macro econômicos com uma desaceleração do crescimento global, mas ponderando a perspectiva de melhora da atividade econômica no Brasil. O preço-alvo para os papéis da Usiminas em 2019 está em R$ 12/ação PNA, o que representa um potencial de valorização de 17,88% ante o fechamento de sexta-feira.
Usiminas PNA caiu 3,05%. Ainda entre as siderúrgicas, também recuam CSN ON (-0,91%) e Gerdau PN (0,13%).
China afeta Vale
As ações de exportadoras de commodities tiveram um tombo depois que a China divulgou queda nas exportações e importações de dezembro. A ação ON da Vale registra queda durante todo o dia, mas no final conseguiu se salvar, com alta de 0,43%, com o minério de ferro tendo avançado 0,48%, a US$ 73,80 a tonelada, no porto de Qingdao, na China
As exportações e as importações da China recuaram em dezembro do ano passado, na comparação anual, como efeito da imposição de tarifas pelos Estados Unidos aos produtos chineses e do enfraquecimento da demanda. Dados oficiais divulgados nesta segunda-feira, 14, mostram que as exportações caíram 4,4% em dezembro, na comparação anual, após um crescimento de 5,4% em novembro, na mesma base. Uma pesquisa do Wall Street Journal com economistas previa um crescimento de 2,5% no indicador.
Mudanças na Petrobras
A preocupação com um desaquecimento na China também pesou nas ações da Petrobras: ON teve queda de 0,56% e a ON, de 0,35%. Além disso, a queda do petróleo prejudica o papel da companhia. O petróleo Brent recuou 2,46% enquanto o WTI perdeu 2,09%
Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença, diz que pesam também nas ações da petrolífera as informações mudanças no conselho."As mudanças no conselho são ruins em função de que parecem mais favoráveis ao governo do que à Petrobras, o que acaba prejudicando a empresa no valor que poderá receber em relação à cessão onerosa", explica. O conselheiro da Petrobras, Marcelo Mesquita, afirmou ontem, em entrevista ao Broadcast, que o órgão tem ferramentas para reclamar de eventuais ingerências nas negociações da cessão onerosa.
Banco enxuto
O bloco financeiro fez bonito hoje, sustentando a alta do Ibovespa. Um dos papeéis que teve mais evidência foi o do Bradesco, que confirmou alterações na alta cúpula e a redução da quantidade de vice-presidências de seis para quatro. Com a reestruturação, a diretoria executiva do banco passa a ser focada em três grandes áreas de negócios, varejo, atacado e alta renda e uma voltada à infraestrutura, tecnologia e recursos humanos. Na nova estrutura, os executivos Josué Augusto Pancini e Mauricio Machado de Minas, que acumulavam os cargos de conselheiros e de vice-presidentes, passam a atuar exclusivamente como membros do Conselho de Administração do Banco.
Bradesco PN avançou 1,18%, Itaú Unibanco teve alta de 0,74% e Banco Brasil de 2,32%.
*Com Estadão Conteúdo
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