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Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Mercado desloca foco para próxima fase da Previdência

Com aprovação da reforma na CCJ ontem, atenção dos investidores se volta para a comissão especial, onde a batalha pode ser mais árdua

Olivia Bulla
Olivia Bulla
24 de abril de 2019
5:36 - atualizado às 5:58
Discussões sobre o conteúdo podem desidratar a proposta e levar tempo -

O mercado financeiro deve respirar aliviado com a aprovação do texto da reforma da Previdência ontem na CCJ, por 48 votos a 18. Porém, a falta de diálogo do governo e as alterações da proposta já na fase inicial mostram que a batalha na próxima etapa, na comissão especial, pode ser mais árdua, o que tende a manter os investidores ressabiados.

Até porque, o apoio do Centrão ao governo na primeira votação não é garantia de que o bloco de partidos de centro-direita manterá amparo à proposta. Tudo vai depender da boa vontade do Executivo em liberar cargos e salários aos parlamentares, em troca de votos. Caso não consigam nada, o Centrão deve se juntar à oposição para tumultuar a pauta.

O problema é que, agora, as discussões envolvem o mérito da proposta. Questões como a aposentadoria rural e o benefício a idosos e deficientes que não aposentaram - o chamado BPC - já estão praticamente descartadas do texto. Ao mesmo tempo, crescem as críticas ao regime de capitalização (poupança), em substituição ao atual, de repartição (taxação).

A desidratação da proposta nesses pontos, somado a outros que podem surgir durante as discussões na comissão especial, pode diminuir a potência fiscal da reforma da Previdência para menos que o R$ 1 trilhão em dez anos pretendido pela equipe econômica. Além dessa diluição, o tempo até o aval final do Congresso deve ir além do esperado.

Benefício da dúvida

O mercado financeiro ainda acredita na aprovação das novas regras para aposentadoria neste ano. Mas já não se espera pelo desfecho entre os parlamentares até a virada do semestre. O mais provável é que o texto seja aprovado pelos senadores ao final do terceiro trimestre ou já em meados do último trimestre de 2019.

Ou seja, por mais que haja demora na tramitação e alterações no texto original, os investidores seguem confiantes na aprovação de uma reforma da Previdência com potência fiscal, em até R$ 800 bilhões. Um adiamento da pauta ou arquivamento da matéria por falta de votos, bem como uma economia pequena aos cofres públicos, tende a levar a uma correção cruel no preço dos ativos brasileiros, sendo que o dólar já está cada vez mais perto da faixa de R$ 4,00.

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Fosse em outros tempos, quando o mercado estava em lua de mel com o governo, essa confiança na aprovação seria capaz de manter os negócios locais menos sensíveis ao noticiário político. Agora, a volatilidade tende a reinar, deixando o mercado doméstico refém do ambiente conturbado no dia a dia em Brasília.

Por isso, vencida a primeira disputa na Câmara, o foco se desloca, agora, para as negociações do governo com os parlamentares na comissão especial, que será instalada amanhã. Nessa fase, as discussões devem durar, ao menos, dez sessões, para os parlamentares apresentarem as emendas e modificar o texto. A partir da 11ª sessão, o relator pode apresentar o parecer.

Com isso, o prazo de negociação na comissão especial se estende até, no mínimo, meados de maio. Na próxima quarta-feira é feriado nacional, o que dificulta o avanço da pauta na semana que vem, adiando para o dia 7 o início da contagem dos prazos. Os protestos organizados por centrais sindicais para o Dia do Trabalho também podem elevar a pressão no Congresso em relação à aprovação de novas regras para a aposentadoria.

Exterior realiza lucros

Enquanto aguarda novidades sobre a reforma da Previdência, os investidores monitoram o comportamento dos mercados no exterior, onde se ensaia uma realização de lucros, após Wall Street encerrar em recorde de alta ontem, embalado pela temporada de balanços. Os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram em baixa hoje.

As principais bolsas da Ásia também fecharam em queda, ao passo que Xangai teve leve alta (+0,1%), o que enfraquece a abertura do pregão europeu, onde as ações de montadoras, mineradoras e bancos figuram entre os destaques de baixa. Os bônus europeus e norte-americanos sobem, enquanto o dólar se fortalece e as commodities caem.

Lá fora, merece atenção a notícia de que as negociações comerciais entre Estados Unidos e China serão retomadas na semana que vem, com a delegação norte-americana chegando a Pequim no próximo dia 30. Os dois lados tentam chegar a um acordo preliminar até o fim de maio para, então, chegar a um memorando de entendimento em junho.

Questões como propriedade intelectual, transferência de tecnologia e barreiras não tarifárias seguem em aberto. Depois, autoridades chinesas devem desembarcar em Washington, a partir de 8 de maio, para dar continuidade às discussões e acertar os detalhes para uma cúpula final com os presidentes Donald Trump e Xi Jinping.

Mais um dia de agenda fraca

A agenda econômica desta quarta-feira segue com poucas divulgações relevantes, no Brasil e no exterior. Por aqui, o destaque fica com os dados parciais deste mês sobre a entrada e saída de dólares (fluxo cambial), às 12h30. Pela manhã, saem leituras prévias sobre a inflação ao consumidor (IPC) em algumas cidades brasileiras.

Também merece atenção a pesquisa do Ibope, encomendada pela CNI, com a avaliação do governo Bolsonaro e o grau de confiança da população no presidente. O levantamento foi feito entre os dias 12 e 15 de abril com 2 mil pessoas em pouco mais de 120 municípios e será divulgado às 10h.

No exterior, logo cedo, será conhecido o índice IFO de confiança do empresário na zona do euro em abril e, no fim do dia, o Banco Central do Japão (BoJ) anuncia a decisão de política monetária. Já nos EUA, destaque para o relatório oficial sobre os estoques semanais de petróleo bruto e derivados no país, às 11h30.

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