🔴 [EVENTO GRATUITO] COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE AQUI

Estadão Conteúdo
após atritos

Bolsonaro se desculpa pelo termo ‘Velha Política’

Presidente pediu desculpas por “caneladas” e expôs a ideia de criar um “conselho político”, com quem pretende se reunir a cada 15 dias para sentir a temperatura do Congresso

Estadão Conteúdo
5 de abril de 2019
8:16 - atualizado às 8:36
Presidente da República, Jair Bolsonaro, fala com a imprensa sobre rompimento de barragem da Vale em Brumadinho
Presidente da República, Jair Bolsonaro - Imagem: Isac Nóbrega/PR/Fotos Públicas

Um dia após o embate entre deputados e o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro abriu a agenda para receber líderes e presidentes de sete partidos.

À exceção do DEM, no entanto, dirigentes das outras legendas saíram das reuniões mostrando ceticismo em relação ao governo e disseram não pretender entrar na base de sustentação do Planalto no Congresso, ao menos por enquanto. O mais duro foi o ex-governador Geraldo Alckmin, que preside o PSDB e concorreu com Bolsonaro na eleição do ano passado.

Nos encontros com PSDB, DEM, PSD, PP, PRB e MDB, Bolsonaro pediu ajuda para aprovar a reforma da Previdência na Câmara, pediu desculpas por "caneladas" e expôs a ideia de criar um "conselho político", com quem pretende se reunir a cada 15 dias para sentir a temperatura do Congresso. Disse que, quando era deputado, errou ao votar contra mudanças na aposentadoria e admitiu que agora precisa conversar mais com os partidos para formar uma ampla aliança.

Na prática, as rodadas de conversa marcam uma mudança na estratégia adotada pelo governo, uma vez que a prioridade de Bolsonaro eram as negociações com frentes temáticas, como as bancadas da segurança, ruralista e evangélica.

Após ser avisado de que o mal-estar com o Congresso havia piorado por causa de suas críticas à "velha política", Bolsonaro prometeu deixar a expressão de lado. Até agora, porém, ele sempre vinculara negociações com partidos a irregularidades e corrupção. Em "live" nesta quinta-feira, 4, no Facebook, disse não ter conversado sobre espaço no governo com os partidos. As siglas que estiveram no Planalto representam 196 deputados.

"Nada foi tratado sobre cargos, nem da parte deles, nem da nossa parte", afirmou. "O Parlamento vai fazer sua parte não só na reforma da Previdência como em todas as nossas reformas." O vice-presidente Hamilton Mourão disse na quarta-feira que, se o convite do Planalto para que as legendas integrem a base aliada for aceito, é "óbvio" que os partidos terão algum tipo de "participação".

Apesar de afirmar que a reunião foi agradável, Alckmin assegurou que o PSDB não integrará a coalizão governista. "Não há nenhum tipo de troca. Não participaremos do governo, não aceitamos cargo", disse o ex-governador de São Paulo ao deixar o encontro com Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. "Não existe nova e velha, existe boa e má política. A boa política não envelhece."

Base

Bolsonaro pretende erguer uma base no Congresso que pode chegar a 313 deputados e 57 senadores. Hoje, ele só tem o apoio de seu partido, o PSL. Para aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), como a da reforma da Previdência, o governo precisa do aval de 308 deputados e 49 senadores, em duas votações.

Na tentativa de agradar a Alckmin, o presidente contou ter votado nele em outras campanhas. Nem assim convenceu o tucano a aderir à base. O ex-governador destacou, no entanto, que defende a reforma da Previdência, embora tenha "senões" à proposta. "Somos contra o Benefício de Prestação Continuada e achamos que, se há diferença na área urbana, por que não na rural?"

Com três ministérios no governo (Casa Civil, Saúde e Agricultura), o DEM adotou um discurso de pacificação ao sair do almoço com Bolsonaro e Onyx. O partido, porém, ainda está dividido em relação a um apoio formal ao governo, principalmente após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), protagonizar um embate público com Bolsonaro. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, se a Executiva Nacional do DEM fosse consultada hoje, a maioria votaria contra a adesão ao governo.

"Ser base, formalmente ou não, é algo que pode ocorrer com absoluta naturalidade e que vai acontecer no momento em que houver uma deliberação da Executiva", afirmou o presidente do DEM, ACM Neto, que é prefeito de Salvador. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado - que participou da reunião desta quinta, no Planalto - é um dos maiores defensores da entrada do DEM na base aliada. "Não há nenhum obstáculo", insistiu ele.

O presidente do MDB, Romero Jucá, disse que o partido não fará parte da base aliada. "Nós queremos ter uma agenda com temas caros à sociedade, como as reformas tributária e da Previdência e o equilíbrio fiscal. Não estamos atrás de cargos", afirmou o ex-senador. "Ainda é cedo para falar que tudo mudou. Acho que agora a gente começa uma nova etapa no relacionamento", concordou o presidente do PRB, Marcos Pereira, que é primeiro-vice-presidente da Câmara. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

ELEIÇÕES 2022

Guedes se alinha a Bolsonaro e sobe tom da campanha — veja as indiretas que o ministro mandou para Lula

14 de setembro de 2022 - 15:58

Falando para uma plateia de empresários cariocas, ele se comprometeu com o Auxílio Brasil de R$ 600, reivindicou a autoria do Pix e considerou equivocadas as projeções de analistas para a inflação

ELEIÇÕES 2022

O que Bolsonaro, Lula e Ciro querem para o Brasil? Confira o programa de governo dos presidenciáveis

13 de setembro de 2022 - 19:21

Os três já apresentaram seus planos para o país: um prioriza transformar o Brasil em uma potência econômica, o outro foca na restauração das condições de vida da população e o terceiro destaca aspectos econômicos e educacionais

ELEIÇÕES 2022

Vão fatiar: Lula e Bolsonaro querem desmembrar Economia e ressuscitar ministérios de outras áreas — veja a configuração

13 de setembro de 2022 - 14:11

Caso o petista vença, a ideia é que o número de ministérios passe dos atuais 23 para 32. Já Bolsonaro, que na campanha de 2018 prometeu ter apenas 15 ministérios e fazia uma forte crítica ao loteamento de cargos, hoje tem 23 e também deu pastas ao Centrão

ELEIÇÕES 2022

Avanço de Ciro e Simone na pesquisa BTG/FSB ajuda Bolsonaro a forçar segundo turno contra Lula

12 de setembro de 2022 - 10:35

Em segundo turno, porém, enquanto Lula venceria em todos os cenários, Bolsonaro sairia derrotado em todas as simulações da pesquisa BTG/FSB

ELEIÇÕES 2022

Propaganda barrada: ministro do TSE atende pedido de Lula e proíbe Bolsonaro de usar imagens do 7 de setembro em campanha; veja qual foi o argumento

11 de setembro de 2022 - 16:43

O ministro viu favorecimento eleitoral do candidato e atendeu a um pedido da coligação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para barrar as imagens

DE OLHO NAS REDES

Lula vs. Bolsonaro: no ‘vale tudo’ das redes sociais, quem está vencendo? Descubra qual dos candidatos domina a batalha e como isso pode influenciar o resultado das eleições

11 de setembro de 2022 - 7:00

A corrida eleitoral começou e a batalha por votos nas redes sociais está à solta; veja quem está ganhando

ELEIÇÕES 2022

‘Bolsonaro não dormiu ontem’: Lula comemora liderança nas pesquisas e atribui assassinato de petista a presidente ‘genocida’

10 de setembro de 2022 - 15:01

O candidato do PT afirmou que o presidente não consegue convencer a população mesmo com gastos eleitoreiros altos

ELEIÇÕES 2022

Bolsonaro é o candidato com maior número de processos no TSE — veja as principais acusações contra o presidente

10 de setembro de 2022 - 10:37

Levantamento mostra que o candidato à reeleição é alvo de quase 25% das ações em tramitação na Corte até o início de setembro

ELEIÇÕES 2022

7 de setembro ajudou? A distância entre Lula e Bolsonaro é a menor desde maio de 2021, segundo pesquisa Datafolha

9 de setembro de 2022 - 20:21

Levantamento foi feito após as manifestações do Dia da Independência, feriado usado pelo atual presidente para atos de campanha, algo que nunca tinha acontecido na história recente do Brasil

ELEIÇÕES 2022

Um novo significado de ‘imbrochável’: Jair Bolsonaro explica coro em discurso de 7 de setembro

9 de setembro de 2022 - 9:48

Em transmissão nas redes sociais, Jair Bolsonaro explicou que o coro seria uma alusão ao fato de resistir a supostos ataques diários contra seu governo

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar