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Vinícius Pinheiro

Vinícius Pinheiro

Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores

Eleições 2018

Com (provável) vitória de Bolsonaro, todas as atenções se voltam para Paulo Guedes

A avaliação é de Murilo Hidalgo, diretor do instituto Paraná Pesquisas. Ele não hesita ao ser questionado: o candidato do PSL será eleito presidente da República amanhã. E diz que o “Posto Ipiranga” do capitão passa a ser a pessoa mais importante do país a partir de segunda-feira. Veja por quê

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
27 de outubro de 2018
6:03 - atualizado às 6:42
Paulo Guedes - Imagem: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Com Jair Bolsonaro praticamente com os dois pés na rampa do Palácio do Planalto, os rumos do país a partir de segunda-feira passarão pelo seu "Posto Ipiranga". Ou melhor, por Paulo Guedes, o economista que se tornou o fiador da candidatura do capitão perante o mercado. A avaliação é de Murilo Hidalgo, diretor do instituto Paraná Pesquisas.

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Conversei com Hidalgo logo depois da divulgação da pesquisa encomendada ao instituto pela Empiricus e pela revista Crusoé. O levantamento mostrou o candidato do PSL com 60,6% dos votos válidos, contra 39,4% do petista Fernando Haddad.

O diretor do Paraná Pesquisas não hesita ao ser questionado: Jair Bolsonaro será eleito presidente da República amanhã. E se vale da mesma expressão do concorrente Ibope ao dizer que só um “tsunami” seria capaz de mudar o quadro eleitoral.

A presença de Guedes na campanha foi peça importante para consolidar o nome do candidato, e não só no mercado ou entre os chamados formadores de opinião. “A desconfiança que havia em parte da população sobre a capacidade de gestão de Bolsonaro foi resolvida com a figura do Paulo Guedes”, diz Hidalgo.

Como o próprio capitão em vários momentos delegou a responsabilidade sobre as decisões na economia a seu assessor, é para ele que se voltarão as atenções assim que a vitória do candidato do PSL for confirmada.

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“Depois da eleição, Paulo Guedes passa a ser a pessoa mais importante do país”, afirma Hidalgo.

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Por isso mesmo, a relação entre o provável presidente e o futuro ministro é outro fator que será acompanhado de perto. Durante a campanha, o candidato do PSL desautorizou declarações dadas pelo economista sobre a possível criação de um imposto sobre transações financeiras nos moldes da finada CPMF.

Mais recentemente, Bolsonaro se posicionou contra a privatização da Eletrobras e defendeu uma reforma mais branda da Previdência, o que também contraria a visão de Paulo Guedes.

“Qualquer problema entre os dois depois da eleição não será apenas uma crise de campanha, mas uma crise institucional”, diz Hidalgo.

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Tudo igual

Fernando Haddad e Jair Bolsonaro - Imagem: Flickr/Fotos Públicas

Apesar de todo o barulho da campanha no segundo turno, a intenção de votos de ambos os candidatos praticamente não oscilou em relação ao levantamento anterior do instituto, realizado entre os dias 14 e 17 de outubro.

“O segundo turno deve acabar como começou. Hoje, 92% dos eleitores de Bolsonaro e 88% dos de Haddad não mudam mais o voto”, afirma o diretor do instituto.

Para ele, um fator que poderia mexer nas intenções de voto na última hora não esteve presente nesta eleição, que foi o debate na Rede Globo.

O que deve mudar em relação aos números apresentados pelas pesquisas e do das urnas é o nível de abstenção nas eleições amanhã, segundo Hidalgo.

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Eu o questionei sobre a diferença apresentada no levantamento do Paraná Pesquisas com o apresentado pelo Datafolha, que apontou uma redução na diferença entre Bolsonaro e Haddad.

Hidalgo me disse que não se trata de uma questão de certo ou errado e que cada pesquisa é um retrato do momento em que foi coletada. Ele dá como exemplo o caso da cidade de São Paulo, em que as três pesquisas - Datafolha, Ibope e Paraná - mostram posições diferentes entre os candidatos à presidência.

Facada decisiva

O grande divisor de águas que pode definir a vitória amanhã de Bolsonaro nas urnas foi a facada que ele levou no início de setembro, segundo Hidalgo.

O atentado acabou blindando o candidato contra ataques dos adversários, principalmente o tucano Geraldo Alckmin.

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“Costumo dizer que a facada física foi em Bolsonaro, mas a facada eleitoral foi no Alckmin.”

Ao mesmo tempo, o ataque preservou o capitão de uma maior exposição que poderia levar a um desgaste da candidatura, inclusive as contradições do discurso dele com as ideias de Paulo Guedes.

PT fortalecido

Se o PSDB e o presidente Michel Temer aparecem como grandes derrotados nas eleições, o mesmo não se pode dizer do PT, na avaliação do diretor do Paraná Pesquisas.

Com 57 deputados federais eleitos e uma expectativa de obter pelo menos 40% dos votos na eleição presidencial, o partido se consolida desde a largada como principal força de oposição.

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“Se o Bolsonaro for mal, o país cai no colo no PT novamente”, afirma Hidalgo.

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