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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
E agora?

BNDES: Procura-se um presidente para encolher um banco e que seja resistente a altas temperaturas

Guedes já vinha demonstrando sua insatisfação com a condução da instituição, mas o uso de questão ideológica para mudança de comando não é bom sinal

O presidente do BNDES, Joaquim Levy, e o ministro da Economia Paulo Guedes,
Joaquim Levy e o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes - Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O questionamento acima foi feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante o 31º Fórum Nacional, em 10 de maio. Ao seu lado na bancada estava o então presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, e na plateia funcionários do banco.

Antes disso, Guedes já tinha demonstrado inconformismo com uma operação que estava autorizada no banco para financiar um bureau de crédito formando por Bradesco, Itaú, Santander, Caixa e Banco do Brasil. Para Guedes, era “o fim do mundo” o BNDES fazer esse tipo de operação, que no fim não saiu.

O ministro também criticou outras operações do banco, com frigoríficos e empresas de celulose, e falou que a instituição tinha de ganhar sua independência institucional, passando adiante apenas os projetos que sejam bons e atendam a critérios técnicos e sociais.

Apesar de elogios a Levy, outras “cutucadas” na instituição aconteceram naquele dia, como uma certa ironia com relação à qualidade e “bom gosto” do lanche que Guedes disse ter feito no BNDES. O ministro também se conteve e disse que “vou falar demais” e mudou de assunto, após alguém na plateia rebater a questão do lanche, que no Ministério da Economia, é uma "gororoba" que se manda comprar em qualquer lugar.

O incômodo de Guedes estava evidente tinha algum tempo. O ministro e outros membros do Ministério vinham acirrando a cobrança por devolução de recursos do Tesouro e a venda de participações em empresas. Mas criou-se a percepção de que Levy teria cedido ao corporativismo dos funcionários do banco, que ele falhou em mostrar que o banco teria de mudar de tamanho e ter nova orientação.

Tudo bem que a linha do ministro e de Bolsonaro seja "it's my way or the highway" (faça do meu jeito ou caia fora). Mas o que surpreendeu de forma negativa gente dentro e fora do mercado foi o uso de questão ideológica para demissão de Levy, ainda mais de forma pública. Sem ser questionado, o presidente Jair Bolsonaro dá um ultimato ao presidente de um banco público e o “chefe” direto, no caso Guedes, endossa a fritura sem pestanejar.

Agora, como me disse o amigo, procura-se alguém para “entrar nessa frigideira”. Quem vai aceitar o cargo sabendo que estará sujeito a caprichos ideológicos do presidente e seu entorno, sem defesa do chefe imediato e ainda tendo de lidar com as demandas do corpo de funcionários?

Quem vai conduzir o processo de reorientação e redução de um banco de fomento sem sucumbir à mediocridade ideológica?

Para encerrar de forma descontraída, a piada nas redes sociais é que demitir Joaquim Levy dá um azar danado.

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