🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula da Semana

A Bula da Semana: Mercados entre a guerra e a reforma

Guerra comercial entre EUA e China deve manter a volatilidade no mercado financeiro, mas ativos locais estão atentos à votação da reforma da Previdência na Câmara

Olivia Bulla
Olivia Bulla
5 de agosto de 2019
5:00 - atualizado às 9:44

Os mercados financeiros devem se preparar para mais uma semana em que a única certeza é a volatilidade. A disputa comercial e geopolítica entre Estados Unidos e China levou Wall Street ao pior desempenho semanal do ano, sendo que os ativos de risco no exterior devem continuar oscilando ao sabor do conflito nos próximos dias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os negócios locais não deve ficar alheios a essa turbulência, mas também têm seus próprios temas a monitorar. Após o Banco Central deixar a porta aberta para novas quedas dos juros básicos, o que contrata um novo corte de 0,50 ponto na Selic em setembro, o foco se volta para o Congresso Nacional, que retoma as atividades amanhã.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, marcou para esta terça-feira o início da votação em segundo turno da reforma da Previdência. Caso sejam necessárias, o plenário da Casa já está reservado para apreciação da matéria também na quarta e na quinta-feira. O objetivo é concluir a aprovação nesta semana, encaminhando a pauta ao Senado.

Com isso, espera-se que a tramitação da reforma da Previdência seja concluída no Congresso ao longo deste terceiro trimestre, sem diluições adicionais em relação à versão atual. Entre os investidores, a expectativa é de que o texto aprovado traga uma economia ao redor de R$ 900 bilhões nos próximos dez anos.

No front puramente macroeconômico, os destaques da semana ficam com a ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom), amanhã, e a inflação de julho medida pelo IPCA, na quinta-feira. Também merecem atenção o dados de atividade em junho sobre o varejo e o setor de serviços. (Veja detalhes mais abaixo).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E os mercados?

Encaminhada tal questão sobre as novas regras para aposentadoria, a reforma tributária deve entrar no radar dos parlamentares, que devem continuar querendo ser os protagonistas da agenda econômica. Independente de quem assumir a “paternidade”, o avanço das reformas tende a abrir espaço adicional para valorização dos ativos locais.

Leia Também

Nesse caso, o Ibovespa pode continuar buscando novas máximas, enquanto os juros renovam pisos históricos. Ainda assim, chama atenção o fato de os investidores estrangeiros terem retirado cerca de R$ 6,5 bilhões em recursos da Bolsa apenas em julho, no maior saldo negativo mensal do ano, atrás apenas do recorde apurado em maio de 2018.

No ano, os “gringos” já sacaram R$ 10 bilhões da renda variável local. Tal movimento explica, em parte, o porquê o dólar não consegue se firmar abaixo da marca de R$ 3,80 e também o porquê a qualquer sinal maior de estresse no exterior, a moeda norte-americana se aproxima da faixa de R$ 3,90.

Resta saber quanto mais o Ibovespa consegue avançar na faixa dos 100 mil pontos, em meio à ausência dos “gringos” na ponta compradora, bem como o quanto a posição defensiva (hedge) em dólar pode atrapalhar a queda da moeda norte-americana para níveis mais próximos a R$ 3,70 - ou menos. Ainda mais na “nova era” de juros baixos no país...

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fed sob pressão

Se as coisas por aqui parecem bem “azeitadas”, o mesmo não se pode dizer em relação ao cenário internacional. Depois que o Federal Reserve decepcionou até mesmo o presidente Donald Trump, ao sinalizar que o corte de 0,25 ponto foi uma correção de rota, os investidores torcem para que o Fed esteja errado e inicie um longo ciclo de baixa.

Trump de uma “ajudazinha”, ao anunciar a implantação de tarifas de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses importados aos Estados Unidos, dizendo que podem subir até 25%, e com vigência a partir de 1º de setembro. A China já disse que irá retaliar. Apesar de não ter detalhado as medidas a serem tomadas, não há chance de Pequim recuar.

A próxima rodada de negociação entre as duas maiores economias do mundo deve acontecer em setembro. Apesar de dizer que as coisas estão indo “bem” com a China, Trump estragou as expectativas mais otimistas quanto a um acordo após a nova tarifação. Aliás, essas idas e vindas sobre a guerra comercial têm sido citadas pelos bancos centrais.

Enquanto o líder norte-americano parece brincar com o mundo, sob a retórica protecionista, a atividade econômica global continua mostrando que os desafios ao crescimento seguem elevados. Por isso, os mercados financeiros devem passar a semana tentando avaliar a postura dos bancos centrais, diante das incertezas vivenciadas no cenário global.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E se o Fed ainda não sabe o que está fazendo, não é difícil adivinhar o que a autoridade monetária terá de fazer, agora que Trump reativou a guerra comercial. A escalada da disputa com a China deve levar o BC dos EUA a dar apoio econômico completo à atividade doméstica dentro de pouco tempo, enquanto um acordo tende a ficar mais distante…

Aliás, a fraca agenda econômica no exterior nesta semana traz como destaque os números da balança comercial chinesa, ainda sem data definida. Dados de atividade na Europa e no EUA também ajudam a avaliar o impacto da guerra comercial, enquanto alguns dirigentes do Fed discursam.

Confira a seguir os principais destaques desta semana, dia a dia:

Segunda-feira: A tradicional pesquisa Focus do Banco Central abre a semana (8h25), com as previsões atualizadas do mercado financeiro para as principais variáveis macroeconômicas do país. Destaque para as estimativas para a taxa básica de juros (Selic), após o início do processo de afrouxamento monetário na semana passada. No exterior, dados de atividade na Europa e nos EUA merecem atenção.

Terça-feira: A ata da reunião de julho do Comitê de Política Monetária (Copom) é o destaque do dia. O documento pode trazer sinais em relação ao tamanho do ciclo de cortes, que passaram a situar a Selic entre 5,25% e 4,75% até o fim do ano, após a queda de 0,50 ponto ao final do mês passado. Também merece atenção a retomada dos trabalhos legislativos, à espera da votação da reforma da Previdência em segundo turno na Câmara. Lá fora, o foco recai no discurso do presidente do Fed de Saint Louis, James Bullard.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quarta-feira: O desempenho do comércio varejista brasileiro em junho deve ajudar a dar o tom das estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano, com riscos crescentes de o país voltar à recessão técnica. Além disso, mais um dirigente do Fed discursa, o comandante da distrital de Chicago, Charles Evans.

Quinta-feira: O cenário benigno da inflação favorece um ajuste adicional no juro básico e o resultado de julho do índice oficial de oficial de preços ao consumidor (IPCA) deve mostrar números ainda confortáveis, sem maiores pressões. A China também informa os números dos preços ao consumidor (CPI) no mês passado. No mesmo dia, saem a leitura atualizada da safra agrícola brasileira e o resultado de julho do IGP-DI.

Sexta-feira: Ao lado das vendas no varejo, o resultado do setor de serviços em junho é relevante para medir o desempenho da economia brasileira ao final do semestre passado. Nos EUA, sai o índice de preços ao produtor (PPI) em julho. Sem data confirmada, é esperada a divulgação dos números da balança comercial chinesa em julho, mostrando o impacto da guerra de tarifas no país.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
NOVOS HORIZONTES

TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações

8 de dezembro de 2025 - 10:17

O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil

8 de dezembro de 2025 - 6:31

Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovic, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias

PEQUENA E PODEROSA

Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas

7 de dezembro de 2025 - 14:06

Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.

ILEGAIS

CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são

6 de dezembro de 2025 - 12:39

Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros

QUANTO MAIOR A ALTA...

Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas

6 de dezembro de 2025 - 11:23

Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”

5 de dezembro de 2025 - 16:44

Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência

CARTEIRA RECHEADA

Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro

5 de dezembro de 2025 - 10:07

A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%

MERCADOS

Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar? 

4 de dezembro de 2025 - 19:00

A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui

ALÉM DAS NUVENS

Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan 

4 de dezembro de 2025 - 17:35

Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes

BOLSOS CHEIOS

Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes

4 de dezembro de 2025 - 12:15

Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação

MEXENDO NA CARTEIRA

Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista

4 de dezembro de 2025 - 10:24

Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa

FII DO MÊS

BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro

4 de dezembro de 2025 - 6:02

Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133

3 de dezembro de 2025 - 19:05

Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas

TOUROS E URSOS #250

Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026

3 de dezembro de 2025 - 18:33

Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos

AÇÃO DO MÊS

Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo

3 de dezembro de 2025 - 6:04

Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país

UMA AÇÃO PARA CARREGAR?

Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026

2 de dezembro de 2025 - 19:20

Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos

PERSPECTIVAS 2026

A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano

2 de dezembro de 2025 - 12:46

Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios

CARTEIRA RECOMENDADA

As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG

1 de dezembro de 2025 - 18:03

Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período

AÇÕES NO TOPO

XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda

1 de dezembro de 2025 - 15:00

Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais

O INSACIÁVEL

A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação

1 de dezembro de 2025 - 9:55

Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar