🔴 OURO DISPARA 55% EM 2025: AINDA DÁ PARA INVESTIR? – SAIBA COMO SE EXPOR AO METAL

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula da Semana

A Bula da Semana: O “B” e o “C” dos Brics

Presidente chinês, Xi Jinping, desembarca em Brasília para cúpula dos Brics, e Brasil deve aproveitar oportunidade de interação com a segunda maior economia do mundo

Olivia Bulla
Olivia Bulla
11 de novembro de 2019
5:26 - atualizado às 9:36

A semana encurtada por um feriado nacional na sexta-feira será marcada pela visita do presidente chinês, Xi Jinping, para encontro de cúpula dos países que formam os Brics. O fato de o Brasil ser o “B” do acrônimo criado pelo economista Jim O’Neil, do Goldman Sachs, no início dos anos 2000, dá ao país a oportunidade de uma interação mais intensa com a segunda maior economia do mundo - o “C” e a última letra da sigla, originalmente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E o presidente Jair Bolsonaro deveria tirar proveito disso. A visita oficial dele à China, em outubro, alcançou um resultado positivo, com o chefe de Estado brasileiro se esquivando do posicionamento ideológico demonstrado durante a campanha e visando estreitar os laços comerciais, principalmente agrícola. À época, faltou na pauta a definição de um bom acordo bilateral Brasil-China, permitindo que haja investimentos produtivos chineses no país.

Agora, a 11ª Cúpula dos Brics, que acontece em Brasília nos dias 13 e 14 de novembro, será a nova chance para o governo brasileiro estimular o ingresso do capital chinês e abrir novas oportunidades de comércio entre ambos, agregando valor aos produtos Made in Brazil - inclusive agrícolas. Também poderiam surgir mais joint ventures sino-brasileiras, resultando em sinergias na área de tecnologia, principalmente.

As oportunidades são imensas, considerando-se os objetivos de médio e longo prazos da China, de dominar a indústria 4.0 até 2025 e superar a armadilha da renda média, elevando os ganhos por habitante (per capita) até 2049, quando o país comemora os 100 anos da Revolução Comunista. Aliás, a principal mensagem deixada pelos chineses, na ocasião dos 70 anos da República Popular, é que, sem estratégia, não se vai a lugar nenhum.

Por isso, um progresso nas negociações entre Brasil e China vai depender muito dos princípios a serem adotados pelo lado brasileiro. “Se o Brasil tiver claro quais são suas prioridades, reconhecidas em um planejamento pragmático, as oportunidades poderão multiplicar-se infinitamente”, afirma o professor visitante na Universidade de Relações Internacionais da China (CFAU), em Pequim, Marcus Vinícius de Freitas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ainda mais diante do projeto autoritário e moralista da equipe econômica de Paulo Guedes para modernizar o Estado. A ver se, desta vez, o encontro entre Xi e Bolsonaro será mais proveitoso, com menos turismo e maior intensidade na agenda, para não condenar o país a um crescimento econômico nos moldes de um “voo da galinha”, sem evoluir rumo à solidez fiscal e ao fim da pobreza, deixando a economia presa entre a alta e a baixa renda.

Leia Também

Aliás, dados de atividade no Brasil e no exterior são o destaque da agenda econômica nesta semana. Por aqui, saem números do setor de serviços e das vendas no varejo, enquanto Estados Unidos e China informam também o desempenho da indústria em outubro. Além disso, saem dados preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano na zona do euro e no Brasil.

Lula livre

Ainda no front político, o mercado doméstico viu como algo negativo a decisão da Suprema Corte de retomar o entendimento na Constituição, de que um réu só pode cumprir pena depois de esgotados todos os recursos, derrubando a condenação em segunda instância. Menos de 24 horas após a decisão do STF, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi solto e já discursou por duas vezes, em meio à comoção de militantes.

A soltura do principal líder da esquerda brasileira deve renovar a estratégia da oposição, mudando a postura do PT e exacerbando o clima político no país, que pode voltar a ficar polarizado - e se radicalizar. E essa nova conjuntura política pode prejudicar o governo Bolsonaro, atrapalhando o andamento da agenda de reformas no Congresso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além de ter de enfrentar uma oposição mais organizada, em um momento de fragilidade política dentro do próprio partido, o PSL, o presidente Jair Bolsonaro deve despender mais energia para mobilizar apoiadores. Com isso, pode se perder o foco para a aprovação do conjunto de medidas de ajuste fiscal elaborado pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes.

Além disso, os parlamentares podem reavaliar a postura pró-reformas, ao farejar no ar uma mudança dos rumos da política nacional, em um momento de turbulência social em vários países da América Latina, por questões político-econômicas. As eleições municipais do ano que vem serão um bom termômetro disso, lançando luz para 2022.

No âmbito do mercado financeiro, a leitura é de que o “Lula livre” emitiu um péssimo sinal, principalmente aos investidores estrangeiros, criando a sensação de insegurança jurídica e institucional, o que tende a afugentar o ingresso de capital externo no país, que já está escasso. Isso tende a elevar a percepção de risco no Brasil, mantendo o dólar pressionado para além de R$ 4,10 e recompondo prêmios nos juros futuros.

Já a Bolsa brasileira pode ter fôlego encurtado para esticar o rali, que vinha pegando carona no otimismo externo. Na última sexta-feira, o Ibovespa caiu quase 2%, apagando os ganhos acumulados na semana, ao passo que o dólar fechou acima de R$ 4,15, após encerrar a semana anterior abaixo de R$ 4,00 pela primeira vez desde agosto. A valorização da moeda norte-americana içou os contratos DIs intermediários e longos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Negócio da China

Lá fora, o mercado financeiro aguarda novidades sobre o progresso nas negociações comerciais, após a postura firme de Pequim nas tratativas sobre o acordo de primeira fase com os Estados Unidos. Ao defender a remoção das tarifas existentes, a China mostra que, apesar de o presidente norte-americano, Donald Trump, jogar duro, é ela quem está ditando as regras. E essa posição faz jus à velha máxima que diz que “chinês é bom de negócio”.

A atitude do lado chinês é clara: os dois lados devem remover, simultaneamente e proporcionalmente, as tarifas adicionais em vigor para alcançar a fase 1 de negociação, quiçá ainda neste mês. Para a China, essa postura é uma maneira realista de reduzir a guerra comercial, esfriando a tensão entre os dois países e a preocupação com o crescimento econômico global no horizonte à frente.

Resta saber se essa atitude irá encontrar anuência do lado americano. Por ora, o mercado financeiro está incomodado com silêncio ensurdecedor de Trump sobre o assunto, que enfrenta “feroz oposição” dentro da Casa Branca. Ao que tudo indica, porém, Trump terá de ceder se quiser mesmo assinar algum acordo parcial. E esse entendimento dá o tom das próximas fases de negociação, quando entram na pauta áreas dominadas pelos EUA.

Por isso, “certamente haverá mais incidentes durante o percurso”, avalia o professor da CFAU, citado acima. “A China atualmente apresenta uma superioridade produtiva industrial e também se encontra em um processo de ascensão como potência global, o que a forçará a buscar prevalecer em vários setores - inclusive o tecnológico”, observa Marcus Vinícius de Freitas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para ele, o confronto na tecnologia, inicialmente no 5G, é o prenúncio de uma China que tem logrado retirar dos EUA a primazia na questão da inovação. “As novas tecnologias oferecem à China a possibilidade de alcançar as metas de 2025 e 2049. E o governo chinês sabe que é importante manter resultados econômicos positivos no sentido de assegurar a legitimidade necessária para governança e manutenção no poder”, conclui.

Confira a seguir os principais destaques desta semana, dia a dia:

Segunda-feira: A semana começa com as tradicionais publicações do dia no Brasil, a saber, a Pesquisa Focus (8h25) e os dados semanais da balança comercial (15h). Também será conhecida a primeira prévia deste mês do IGP-M (8h). No exterior, o feriado nos EUA pelo Dia dos Veteranos esvazia a agenda econômica norte-americana do dia e enxuga a liquidez em Wall Street, que abre normalmente hoje.

Terça-feira: O desempenho do setor de serviços no último mês do trimestre passado é o destaque da agenda do dia.

Quarta-feira: O IBGE divulga, no mesmo dia, o resultado das vendas no varejo em setembro e uma nova estimativa para a safra agrícola neste ano, bem como as primeiras projeções para a colheita em 2020. Nos EUA, destaque para o índice de preços ao consumidor (CPI) em outubro e para o testemunho do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Congresso, sobre as perspectivas econômicas. No eixo Europa-Ásia, saem o desempenho da indústria na zona do euro e na China, além das vendas no varejo chinês.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quinta-feira: A agenda doméstica encerra a semana trazendo o primeiro IGP do mês, o IGP-10. Espera-se também a divulgação do índice de atividade econômica do Banco Central, o IBC-Br, em setembro, tido como uma prévia do PIB no trimestre passado. Já no exterior, Powell volta a discursar no Congresso norte-americano, desta vez, na Câmara, enquanto a zona do euro informa os dados preliminares do PIB no trimestre passado.

Sexta-feira: O feriado nacional pela Proclamação da República encurta a semana, mantendo os mercados domésticos fechados até domingo. Lá fora, os mercados funcionam normalmente, sendo que a agenda econômica nos EUA traz dados de outubro sobre as vendas no varejo e a produção industrial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MERCADOS HOJE

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso

21 de novembro de 2025 - 17:07

A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão

MERCADOS HOJE

Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA

21 de novembro de 2025 - 16:08

Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje

BAITA DOR DE CABEÇA

O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores

21 de novembro de 2025 - 14:10

A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista

OPAS E INTERNACIONALIZAÇÃO

Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?

21 de novembro de 2025 - 6:18

Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor

VIRADA NOS MERCADOS

Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir

20 de novembro de 2025 - 15:59

A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono

DADO DE EMPREGO

Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro

20 de novembro de 2025 - 12:15

Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho

MERCADOS LÁ FORA

Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer

20 de novembro de 2025 - 11:06

Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025

WHAT A WEEK, HUH?

Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário

20 de novembro de 2025 - 9:32

A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital

NÃO ENGATOU

Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?

19 de novembro de 2025 - 18:49

Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão

COMPRA OU VENDE?

SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano

19 de novembro de 2025 - 17:40

Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel

VAI CAIR NA CONTA?

Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo

19 de novembro de 2025 - 11:33

Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos

EFEITOS DO IMBRÓGLIO

Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima

19 de novembro de 2025 - 10:20

O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez

OPORTUNIDADES OU ARMADILHA?

Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas

19 de novembro de 2025 - 6:02

Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários

ALTA COM DESCONFORTO

Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual

18 de novembro de 2025 - 15:22

Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro

DEPOIS DA LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL

Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa

18 de novembro de 2025 - 11:41

As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro

ONDA DE REVISÕES CONTINUA

Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação

17 de novembro de 2025 - 15:53

Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua

REAÇÃO AOS BALANÇOS

Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?

17 de novembro de 2025 - 15:15

Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen

FUNDOS IMOBILIÁRIOS

Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%

15 de novembro de 2025 - 16:23

Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX

ESTRATÉGIA DOS GESTORES

Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina

15 de novembro de 2025 - 15:30

Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973

14 de novembro de 2025 - 18:44

Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar