🔴 OURO DISPARA 55% EM 2025: AINDA DÁ PARA INVESTIR? – SAIBA COMO SE EXPOR AO METAL

Monique Lima

Monique Lima

Repórter de finanças pessoais e investimentos no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo, também escreve sobre mercados, economia e negócios. Já passou por redações de VOCÊ S/A, Forbes e InfoMoney.

ENTRE O RISCO E O RETORNO

A nova jogada dos gestores de crédito para debêntures incentivadas em meio à incerteza da isenção do IR

Com spreads cada vez mais apertados e dúvidas sobre a isenção do imposto de renda, gestores recorrem ao risco intermediário e reforçam posições em FIDCs para buscar retorno

Monique Lima
Monique Lima
21 de agosto de 2025
12:07
Impostos Imposto de Renda Receita Federal
Imagem: Montagem Andrei Morais, Shutterstock

Enquanto a renda fixa continua como a preferida dos investidores brasileiros, gestores de crédito enfrentam dificuldades para entregar retornos acima da curva. A forte demanda por ativos isentos, como as debêntures incentivadas, achatou as taxas de retorno e prejudicou a alocação dos fundos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A pesquisa Perspectiva dos Gestores, elaborada pela Empiricus, ouviu 19 gestores do setor para entender as estratégias adotadas neste ambiente.

Em julho, o levantamento mostrou que a Medida Provisória 1.303/25, que pode criar uma tributação para ativos isentos — como as debêntures incentivadas —, levou os gestores a aumentar suas posições nesses títulos.

Essa estratégia continua, mas trouxe um efeito colateral no retorno dos fundos. Com spreads — diferença de retorno entre títulos privados e públicos — amassados pela forte demanda, os prêmios pelo risco de crédito encolheram.

Atualmente, a indústria de fundos de crédito reúne 1.027 fundos, com patrimônio líquido de R$ 1,23 trilhão. Nos últimos 12 meses, captou R$ 61,5 bilhões, sendo mais da metade (R$ 37,9 bilhões) apenas em 2025. Só em julho, a captação somou R$ 10,4 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Empiricus investigou a relação risco-retorno dos ativos, as preferências por prazos e as expectativas de fluxo para os próximos meses. As respostas foram coletadas entre 2 e 6 de agosto, com participação de casas como ARX, Capitânia, Ibiuna, Kinea, Legacy, Sparta e SulAmérica.

Leia Também

Para mais retorno, mais risco

Uma das estratégias dos gestores para contornar o baixo retorno é adicionar mais risco à carteira. Nesse sentido, as debêntures com ratings intermediários, como AA e A-, se tornaram o alvo do momento.

A opção não aparece como a melhor alternativa, e o sentimento até piorou levemente em relação a junho. Ainda assim, diante de spreads baixos e durações longas dos títulos AAA e AA+, tornou-se a escolha imediata.

Gestores avaliam que o prêmio oferecido pelos melhores emissores, aliado às durações longas dos papéis, não compensa a exposição ao risco agora.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por outro lado, o pessimismo é grande em relação às debêntures com rating BBB+ ou inferior. O risco de crédito elevado desses emissores, em um cenário de Selic ainda alta, também não compensa.

Alocação de crédito: caixa e FIDCs no comando

Grande parte dos fundos de crédito mantém a maior fatia dos recursos em caixa e Fundos de Direitos Creditórios (FIDCs). A pesquisa da Empiricus também mostra que as posições de carrego e a duração longa dos portfólios seguem abaixo da média histórica.

Laís Costa, que assina o levantamento, explica que a redução do carrego e a sobrealocação em caixa refletem os spreads menores nos títulos de crédito. Posições mais curtas ajudam a diminuir o risco das carteiras.

O mapa de calor da pesquisa não indica uma sobrealocação significativa em debêntures incentivadas. Mesmo assim, o texto ressalta que a incerteza em torno da MP 1.303 levou gestores a reforçar posições nesses títulos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O mercado espera um aquecimento no volume de emissões e negociações de debêntures incentivadas até o fim do ano. Já as debêntures tradicionais devem registrar baixo volume. A prioridade às incentivadas se dá pela possibilidade de fim da isenção de IR para esses títulos a partir de 2026.

Nos próximos seis meses, gestores projetam manter o carrego e a duration dos portfólios nos níveis atuais.

Pergunta do mês: o impacto do IOF nos FIDCs

Os FIDCs viraram a “galinha dos ovos de ouro” do crédito privado nos últimos meses. Após a abertura desses títulos ao varejo, o volume de fundos mais que dobrou, entregando retornos superiores aos principais papéis de renda fixa.

Mas a inclusão do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações com FIDCs levantou dúvidas sobre a atratividade dos fundos daqui em diante. Por isso, a pergunta do mês foi: “qual o grau de relevância do impacto do IOF em FIDCs para seu portfólio?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A maioria dos gestores (81,25%) acredita que o imposto reduz a atratividade de alguns fundos, enquanto 18,75% enxergam impacto mais significativo. Nenhum gestor considerou o efeito irrelevante.

Entre os pontos de atenção estão a redução do retorno líquido, a inviabilização de algumas modalidades de FIDC e o aumento das taxas de emissão para cobrir o IOF.

Também há dúvidas sobre quem vai arcar com o custo. Alguns gestores esperam que os emissores subsidiem a despesa, o que pode reduzir a remuneração das séries seniores — as mais seguras, mas que já pagam taxas menores do que as cotas subordinadas e mezanino.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
CARTEIRA RECOMENDADA

Renda fixa para novembro: CRAs da Minerva e CDB que paga IPCA + 8,8% são as estrelas das recomendações do mês

7 de novembro de 2025 - 14:21

BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam aproveitar as rentabilidades enquanto a taxa de juros segue em 15% ao ano

RENDA FIXA

Onda de resgates em fundos de infraestrutura vem aí? Sparta vê oportunidade nos ativos isentos de IR listados em bolsa

6 de novembro de 2025 - 16:40

Queda inesperada de demanda acende alerta para os fundos abertos, porém é oportunidade para fundos fechados na visão da gestora

DEBÊNTURES INCENTIVADAS

A maré virou: fundos de infraestrutura isentos de IR se deparam com raro mês negativo, e gestor vê possível onda de resgates

3 de novembro de 2025 - 6:04

Queda inesperada de demanda por debêntures incentivadas abriu spreads e derrubou os preços dos papéis, mas movimento não tem a ver com crise de crédito

DE OLHO NOS RENDIMENTOS

Ficou mais fácil: B3 passa a mostrar posições em renda fixa de diferentes corretoras na área do investidor

23 de outubro de 2025 - 17:50

Funcionalidade facilita o acompanhamento das aplicações, refletindo o interesse crescente por renda fixa em meio à Selic elevada

DEBÊNTURES EM RISCO

Novo “efeito Americanas”? Títulos de dívida de Ambipar, Braskem e Raízen despencam e acendem alerta no mercado de crédito

23 de outubro de 2025 - 6:05

As três gigantes enfrentam desafios distintos, mas o estresse simultâneo nos seus títulos de dívida reacendeu o temor de um contágio similar ao que ocorreu quando a Americanas descobriu uma fraude bilionária em 2023

SIMULAÇÃO

Tesouro IPCA+ com taxa de 8%: quanto rendem R$ 10 mil aplicados no título do Tesouro Direto em diferentes prazos 

22 de outubro de 2025 - 6:30

Juro real no título indexado à inflação é histórico e pode mais que triplicar o patrimônio em prazos mais longos

RENDA FIXA

Tesouro Direto: Tesouro IPCA+ com taxa a 8% é oportunidade ou armadilha? 

22 de outubro de 2025 - 6:02

Prêmio pago no título público está nas máximas históricas, mas existem algumas condições para conseguir esse retorno total no final

ANBIMA

Até o estrangeiro se curvou à renda fixa do Brasil: captação no exterior até setembro é a maior em 10 anos

20 de outubro de 2025 - 17:35

Captação no mercado externo neste ano já soma US$ 29,5 bilhões até setembro, segundo a Anbima

NOVO TESOURO NA BOLSA

Com renda fixa em alta, B3 lança índice que acompanha desempenho do Tesouro Selic

16 de outubro de 2025 - 15:50

Indicador mede o desempenho das LFTs e reforça a consolidação da renda fixa entre investidores; Nubank estreia primeiro produto atrelado ao índice

ESTRATÉGIA APERTADA

Fim da ‘corrida aos isentos’: gestores de crédito ficam mais pessimistas com as debêntures incentivadas com isenção de IR garantida

9 de outubro de 2025 - 17:41

Nova pesquisa da Empiricus mostra que os gestores estão pessimistas em relação aos retornos e às emissões nos próximos meses

CARTEIRA RECOMENDADA

Renda fixa recomendada para outubro paga IPCA + 8,5% e 101% do CDI — confira as opções de debêntures isentas, CDB e LCA

9 de outubro de 2025 - 16:02

BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante da possibilidade de corte dos juros à frente

AINDA NÃO SERÁ DESTA VEZ

LCI, LCA, FII e fiagro mantêm isenção de imposto de renda; veja as novas mudanças na MP 1.303/25, que deve ser votada até amanhã (8)

7 de outubro de 2025 - 13:00

Tributação de LCIs e LCAs em 7,5% chegou a ser aventada, mantendo-se isentos os demais investimentos incentivados. Agora, todas as isenções foram mantidas

RENDA FIXA CORPORATIVA

Problemas de Ambipar (AMBP3) e Braskem (BRKM5) podem contaminar títulos de dívida de outras empresas, indica Fitch

3 de outubro de 2025 - 19:34

Eventos de crédito envolvendo essas duas empresas, que podem estar em vias de entrar em recuperação judicial, podem aumentar a aversão a risco de investidores de renda fixa corporativa, avalia agência de rating

RENDA FIXA

Tesouro Direto: retorno do Tesouro IPCA+ supera 8% mais inflação nesta quinta (2); o que empurrou a taxa para cima?

2 de outubro de 2025 - 18:21

Trata-se de um retorno recorde para o título de 2029, que sugere uma reação negativa do mercado a uma nova proposta de gratuidade do transporte público pelo governo Lula

APETITE ESTRANGEIRO

Brasil captou no exterior com menor prêmio da história este ano: “há um apetite externo muito grande”, diz secretário do Tesouro 

24 de setembro de 2025 - 16:15

Em evento do BNDES, Rogério Ceron afirmou que as taxas dos títulos soberanos de cinco anos fecharam com a menor diferença da história em relação aos Treasurys dos EUA

DEMANDA RENOVADA

Isentas de imposto de renda ou não, debêntures incentivadas continuarão em alta; entenda por quê

24 de setembro de 2025 - 6:03

A “corrida pelos isentos” para garantir o IR zero é menos responsável pelas taxas atuais dos títulos do que se pode imaginar. O fator determinante é outro e não vai mudar tão cedo

A HORA É AGORA

Renda fixa: Tesouro IPCA+ pode render 60% em um ano e é a grande oportunidade do momento, diz Marília Fontes, da Nord

21 de setembro de 2025 - 13:03

Especialista aponta que as taxas atuais são raras e que o fechamento dos juros pode gerar ganhos de até 60% em um ano

SIMULAÇÃO

Quanto rendem R$ 10 mil na renda fixa conservadora com a Selic estacionada em 15% — e quais são os ativos mais atrativos agora

18 de setembro de 2025 - 13:17

Analistas de renda fixa da XP Investimentos simulam retorno em aplicações como poupança, Tesouro Selic, CDB e LCI e recomendam ativos preferidos na classe

AGF DAY

Tesouro Selic deve ser primeiro título do Tesouro Direto a ter negociação de 24 horas, diz CEO da B3

18 de setembro de 2025 - 12:02

Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, também falou sobre o que esperar do próximo produto da plataforma: o Tesouro Reserva de Emergência

VALE A PENA?

Nada de 120% do CDI: CDB e LCA estão pagando menos, com queda de juros à vista e sem o banco Master na jogada; veja a remuneração máxima

9 de setembro de 2025 - 17:16

Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a julho

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar