“Um festival ‘true'”: Popload volta após hiato com aposta em música alternativa e line-up feminino
Popload Festival retorna neste sábado (31) ao Parque Ibirapuera com Norah Jones, Kim Gordon, St. Vincent e mais; ao Seu Dinheiro, o fundador Lúcio Ribeiro comenta o hiato e a volta

Já são quase 25 anos desde que o nome Popload saltou aos olhos dos fãs de música alternativa naquele longínquo 2001. Na época, o título foi adotado por uma coluna sobre indie e pop no jornal Folha de S.Paulo. Nas mãos de Lúcio Ribeiro, a marca persistiu por duas décadas: de tinta e papel, virou site, sinônimo de credibilidade no nicho, e posteriormente festival de música, que retorna esse fim de semana para sua 9ª edição.
![Lúcio Ribeiro: “[Popload] é um exercício de autenticidade, de identidade, nos vemos obrigados a diferenciar na curadoria”](https://media.seudinheiro.com/uploads/2025/05/WhatsApp-Image-2025-05-28-at-14.35.15.jpeg)
Norah Jones, St. Vincent e Kim Gordon estão entre as atrações confirmadas dos shows que acontecem neste sábado (31) no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Mais que coincidência, a seleção escancara a força feminina no segmento alternativo, além de promover encontros ousados e bandas nacionais queridas entre o público bem servido de música alternativa da capital paulistana.
“Surgiu naturalmente”, avalia o curador. “O festival buscou nomes no mercado e conseguimos um leque super rico e representativo das coisas que estão acontecendo hoje na música, tanto brasileira quanto internacional. Então isso é muito a cara de Popload.”
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É também uma seleção potente, que retoma as atividades do festival após três anos em stand by. Norah Jones, a atração principal, é a multipremiada norte-americana que revolucionou o jazz com requintes de pop e soul. Sua popularidade por aqui já foi responsável por arrastar 40 mil pessoas, realizada em 2010 no Parque da Independência, também em São Paulo.
A expectativa é de que hoje, 15 anos depois, uma nova multidão se junte para conferir a artista em mais esta celebração a céu aberto. A escolha do parque para o evento, é claro, chega como parte ideal da estratégia de Ribeiro nessa retomada: o local é ainda maior do que o Memorial da América Latina, onde aconteceram algumas das últimas edições do festival.
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“[O Ibirapuera] é o parque mais central de São Paulo e em meio às árvores, fácil de chegar e sair, elementos importantes para a tal da experiência em festivais. E é ideal para a estrutura do Popload, que pensa na música em primeiro plano, com acessos rápidos, tanto em questão de logística ou para comer algo, por exemplo”, comenta.
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A força da curadoria
Três anos de intervalo não são três dias. Mas Lúcio garante que o respiro foi uma estratégia de desacelerar, analisar o mercado de festivais, revisitar os line-ups de edições anteriores e enfim voltar com o impacto da edição 2025.
Criado em 2013, o festival foi responsável por trazer artistas caros aos fãs da cena alternativa internacional ao Brasil. Os primeiros foram os britânicos do The XX. Posteriormente vieram Metronomy, Tame Impala, Iggy Pop, Wilco, Patti Smith, Cat Power e outros nomes de culto na esteira do evento.
O problema? A concorrência. “Experimentamos esse boom de festivais. O Popload começou em 2013, e já não era o único do país deste porte, mas navegava em um lugar diferente em questão de curadoria e organização. Era pequeno, mas foi crescendo, crescendo e navegou de vez nessa onda de novos festivais de diversos formatos e tamanhos”.
Logo o Popload veria as bandas que normalmente compunham seus line-ups começarem a ser escaladas para mega festivais no Brasil. Foi assim em 2018, quando o Metronomy lotou seu palco no Lollapalooza; ou em 2023, com o show psicodélico e memorável do Tame Impala, também no Lolla. E mesmo em 2025, com o retorno de Iggy Pop ao Brasil como headliner do The Town.
“Começou a ter concorrentes, veio a pandemia e aí você coloca tudo isso em um liquidificador, junto às intempéries econômicas do Brasil e um mercado internacional que às vezes é inflacionado.”
Nesse contexto, Lúcio garante que o melhor a se fazer é antenar-se ainda mais para voltar revitalizado, como uma adaptação ao mundo moderno de festivais, garante o showrunner.
“É um exercício de autenticidade, de identidade que a gente tem, de nos ver obrigados a diferenciar na curadoria e no jeito de enxergar a música”, reflete. “Virou desafiador, mas, como um festival ‘true’, a gente não tem grandes problemas da gente sair, achar que fez um bom trabalho e voltar.”
Parcerias para atingir o break-even
Superado o desafio curatorial, resta a questão: como reunir essas atrações no Brasil? Paixão sozinha não paga o tíquete e depender da bilheteria é movimento arriscado. Entram as parcerias comerciais, cruciais para que eventos deste porte cheguem ao menos ao ponto de equilíbrio – o almejado break-even.
“A gente não tem o dinheiro infinito para sair do mercado e falar ‘ah, eu quero a banda’, tal como muitos fazem. Isso, de uma certa forma, mata festivais do nosso tamanho ou menor. Às vezes a gente chega no artista e ele fala que acabaram de oferecer o triplo do que podemos pagar”, diz Lúcio, que em 2025 traz a Heineken para ajudar a realizar o festival.
Ele completa: “Fazemos muitos cálculos, é um monte de estudo e posicionamento. Claro que ninguém faz nada para perder dinheiro, não se trabalha um ano para não ganhar nada. É quando começa a corrida por patrocínio, a pensar no preço do ingresso, que seja o mais justo possível, dentro das premissas que a gente está fazendo, de logística, de produção etc. É um trabalho incansável. Antigamente era super independente, várias edições foram independentes. Era eu e minha sócia, sentados numa mesinha e fazendo assim, ‘vamos ver o que acontece’.”
Quem toca no Popload Festival 2025?
Como adiantamos, o Popload 2025 tem um line-up dominado por mulheres. De começo há Norah Jones, que, como já comentamos, é a aposta certeira do festival para um Brasil saudoso, que não a ouve ao vivo desde 2019.
Dessa vez ela desembarca por aqui com a turnê Visions, do álbum homônimo lançado em 2024. No entanto, desde o primeiro show que realizou no país, no Vivo Rio na última terça-feira (27), ela inclui sucessos de álbuns anteriores, incluindo alguns clássicos como “Don’t Know Why” e “Come Away With Me”.
Abaixo comentamos mais detalhes sobre as outras atrações do evento:
Criatividade e ousadia de St. Vincent
Mas antes do último show, o Popload 2025 terá no palco principal a cantora, guitarrista e performer St. Vincent, uma das artistas mais criativas, inovadoras e celebradas da música nos últimos anos.

Com sua voz suave para cantar letras densas e críticas, a também norte-americana é considerada uma das guitarristas mais inovadoras da atualidade, figurando na 26ª posição na lista atualizada da Rolling Stone com os 250 virtuosos do instrumento em 2023. Entre outras características, ela usa pedais e efeitos para criar texturas incomuns em suas músicas. No Brasil ela chega com a elogiada turnê do álbum All Born Screaming (2024),
Lenda viva do indie: Kim Gordon
Kim Gordon é mais uma gigante atração do 9º Popload, uma figura icônica do rock alternativo, que fez história com o Sonic Youth e agora, em carreira solo, explora sonoridades que mesclam noise rock, hip-hop industrial e elementos eletrônicos.

Ela vem com a turnê do mais recente disco The Collective, indicado em duas categorias do Grammy, considerado um dos melhores álbuns de 2024 pela crítica especializada. A artista revelou que, neste lançamento, ela canta sobre a “loucura absoluta” ao seu redor.
Laufey, islandesa com swing brasileiro
Outra mulher no ápice da carreira e prestigiada globalmente prestes a desembarcar pela primeira vez no Brasil, dentro do Popload Festival, é Laufey, a islandesa com raízes chinesas que atualmente vive em Los Angeles, nos Estados Unidos.

A jovem combina modernidade e nostalgia. Sua abordagem inovadora já lhe rendeu um Grammy e a consolidou como uma das artistas de jazz mais ouvidas do mundo, com mais de 7 milhões de seguidores nas redes sociais.
Além disso, Laufey já declarou que algumas de suas principais influências vêm da música brasileira, como os discos Beach Samba (1967), de Astrud Gilberto, e Amoroso (1977), de João Gilberto.
Terno Rei e Samuel Rosa, um show exclusivo
A um passo do mainstream e há anos idolatrada pelo público indie, o Terno Rei encontra um ícone do pop nacional, o mineiro Samuel Rosa, que por décadas agitou multidões com o Skank. Juntos, replicam – como uma apresentação exclusiva – a apresentação realizada em 2021, uma session, que deu origem a um EP deste feat.

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Mais atrações, mais um palco
The Lemon Twigs, Tássia Reis e Exclusive Os Cabides completam o line-up do palco principal da edição 2025 do Popload – mas não do evento como um todo. A apenas três dias do festival, a produção anunciou – na última quarta-feira (28) – um novo espaço para shows dentro da estrutura do festival no Parque do Ibirapuera, dedicado a artistas independentes. As apresentações por lá acontecem a partir do meio dia.

Neste palco se apresentam a rapper Stefanie, a multifacetada artista baiana Jadsa, a banda carioca indie techno Vera Fischer Era Clubber, a poetisa nova-iorquina Moor Mother, além da sulista de rock alternativo Supervão e a cantora de Florianópolis Maria Beraldo, nora da atual Odete Roitman, Débora Bloch, e que já trabalhou com Arrigo Barnabé e Elza Soares.
A curadoria deste novo palco é assinada por Lúcio Ribeiro, segundo ele, para dar voz a artistas com grande potencial de transformação cultural. “É um palco bem a cara do Popload, um palco alternativo, porque temos essa alternatividade na veia. É um formato menor, com artistas que ainda estão despontando.”
Confira abaixo os horários do Popload Festival 2025:
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