Ferrari under 40? Quase metade dos compradores da italiana tem menos de 40 anos
Mesmo com acesso financeiro aos veículos de luxo, clientes precisam criar um relacionamento de longo prazo com a marca para conseguirem os modelos mais selecionados
No imaginário coletivo, ter uma Ferrari na garagem era um símbolo claro de que a pessoa “venceu na vida”. Acontece que, segundo a própria fabricante de carros de luxo, quase metade dos compradores já “venceram na vida” sem nem chegar à meia-idade.
Explicando melhor: um dado recente revelado pelo CEO Benedetto Vigna mostra que 40% dos novos compradores da montadora italiana têm menos de 40 anos.
O interesse dos ricaços mais novos pelos carros cresceu vertiginosamente num espaço bem curto de tempo. Apenas 18 meses atrás, os sub-40 representavam 30% dos compradores.
Na visão do executivo, isso revela uma “conquista” para a companhia.
Apesar de Vigna não ter dado explicações claras, presume-se que parte desse fenômeno se explique pela transferência de riqueza geracional e também pela criação de uma nova geração de milionários, que usa os bens de consumo de luxo como símbolo de status e diferenciação social.
Carros da Ferrari: uma demanda sempre aquecida
Reza a lenda de que o fundador Enzo Ferrari disse que a empresa “sempre entregaria um carro a menos do que o mercado precisava”.
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Se o italiano de fato proferiu essas palavras ou não, fato é que a Ferrari parece seguir à risca esse “mandamento”, como já confirmou o próprio CEO.
Trabalhando com base na exclusividade, a fabricante de Maranello alcançou uma posição de prestígio no mercado de luxo que apenas players como Hermès e Rolex conseguiram.
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Mais do que ter o dinheiro em si, os compradores de Ferrari precisam criar um relacionamento de longo prazo com a marca para conseguirem os modelos mais selecionados. É a mesma lógica usada para comprar o modelo Birkin da marca de moda francesa ou os relógios mais refinados da marca de relojoaria suíça.
Para se ter uma ideia, quase três quartos dos carros da montadora são vendidos para clientes já existentes.
Essa lógica de escassez se traduz no modelo de negócios da seguinte forma: o objetivo da Ferrari é aumentar o lucro ganhando mais em cada carro, em vez de fabricar mais carros.
"Nós sempre queremos priorizar a qualidade das receitas em vez da quantidade”, afirmou Vigna.
Em 2024, a montadora teve um ano bem positivo, com alta expressiva dos lucros, impulsionados pelo aumento de recursos personalizados. Esses artifícios são itens decorativos extras pelos quais os clientes pagam dezenas de milhares de euros além do preço do carro, para torná-lo ainda mais exclusivo e diferenciado.
- O lucro líquido anual foi 21% maior do que em 2023, totalizando 1,53 bilhão de euros.
- Já a receita líquida total do ano atingiu 6,7 bilhões de euros, um aumento de quase 12% em relação ao ano anterior.
- O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) total do ano foi de 2,56 bilhões de euros, superior aos 2,28 bilhões de euros no ano anterior.
‘Um animal raro e exótico’
Não à toa, o tempo de espera para pegar as chaves da Ferrari própria pode ultrapassar dois anos — seja você um cliente de menos de 40 anos ou beirando os 80.
Para o CEO da montadora, ver uma Ferrari na estrada deveria ser como ver um animal raro e exótico. “A espera faz parte da experiência”, afirma.
Esse desequilíbrio entre oferta e demanda acaba também colocando a fabricante italiana na “contramão” do mercado automotivo: ao invés de depreciarem, os carros geralmente valorizam com o tempo e podem, quiçá, serem vistos como um investimento.
Novamente, é o que acontece com os produtos das outras players de luxo comparáveis Hermès e Rolex.
E a Ferrari elétrica?
Para 2025, a empresa italiana planeja lançar seis novos modelos de automóveis — entre eles, a primeira versão totalmente elétrica, que deve ser anunciada no dia 9 de outubro.
Em ocasiões anteriores, a empresa havia comunicado que utilizaria tecnologia da equipe de corrida da Ferrari para resolver a questão de economia de energia no motor movido a bateria.
“Acho que esta é uma das decisões das quais mais nos orgulhamos, porque nós, como empresa, dissemos que faríamos três tipos de carros. O tradicional – a combustão, o híbrido e também faremos elétrico”, declarou Vigna em evento em Singapura, na semana passada.
Quanto à demanda, o executivo disse que embora seja verdade que alguns clientes nunca comprarão uma Ferrari elétrica, outros potenciais compradores indicaram que só aceitarão se for um EV (veículo elétrico, na sigla em inglês).
No ano passado, os modelos híbridos representaram 51% das remessas totais da companhia, superando as expectativas do mercado.
* Com informações da CNBC.
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