Nova ‘corrida do ouro’? Degelo na Groenlândia revela reservas de metais raros, mas logística pode ser um problema maior que Trump
Derretimento do gelo no extremo norte do planeta revelou algumas das maiores reservas minerais inexploradas do mundo
A humanidade ainda não conhece todos os impactos do aquecimento global, embora já esteja sentindo “na pele” o que o aumento da temperatura do planeta é capaz de causar – tanto no aspecto ambiental quanto econômico. Uma dessas consequências é o derretimento das geleiras da Groenlândia.
Se, de um lado, essa mudança climática expõe paisagens pouco usuais no território – como arbustos e rochas –, de outro, ela também revela um novo mundo de possibilidades para a exploração de minérios.
Isso porque a Groenlândia concentra algumas das maiores reservas ainda não exploradas de minerais críticos do mundo.
O que são esses minerais críticos, exatamente? São aqueles considerados essenciais para a transição energética. Eles podem ser usados em veículos elétricos, tecnologias de armazenamento de energia e aplicações de segurança nacional.
Alguns exemplos: nióbio, metais do grupo da platina, molibdênio, tântalo e titânio. Além disso, a imensa ilha também tem depósitos significativos de lítio, háfnio, urânio e ouro.
Segundo uma pesquisa de 2023, feita por geólogos da região, a Groenlândia concentra em torno de 38 matérias-primas com potencial considerado moderado ou elevado.
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Todas essas novas descobertas, reveladas pelo degelo pós-aquecimento global, estão destravando uma verdadeira “corrida do ouro” no extremo norte do planeta.
O que está em jogo para a Groenlândia?
Em entrevista à CNBC, Tony Sage, CEO da Critical Metals Corporation (empresa europeia focada na exploração de lítio), faz uma comparação com a Sibéria.
Assim como a Groenlândia, a província russa também tem grande parte do território coberto por permafrost (camada de terra permanentemente congelada). “E ainda assim, os russos conseguem explorar a mineração, e extrair também óleo e gás”, diz Sage.
Quem quiser extrair minérios da ilha, no entanto, vai ter que lidar com sérias questões de infraestrutura logística.
"Uma vez que você está fora das pequenas cidades, não há estradas. Então, se você quiser ir de um lugar para outro, você tem que pegar um helicóptero. Esse é o problema que você terá com uma corrida do ouro", acrescentou ele.
Além disso, há outro ponto que não pode ser ignorado: as ambições de Donald Trump de comprar o território.
Os imbróglios geopolíticos no extremo norte
Trump afirma que teria a intenção de comprar a Groenlândia, considerada a maior ilha do mundo. Caso resista, a pequena Dinamarca, que controla o vasto território, estará sujeita à imposição de tarifas comerciais.
No entanto, se nenhuma pressão econômica for suficiente, ele não descarta recorrer à força para transformá-la em parte dos Estados Unidos.
A ameaça de Trump levou o primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, a requisitar uma reunião de emergência com o rei Frederico da Dinamarca.
Com uma extensão territorial maior que a dos Estados do Amazonas e do Mato Grosso juntos, a Groenlândia pertence há séculos à Dinamarca, embora disponha atualmente de um governo autônomo.
Tanto o governo dinamarquês quanto o groenlandês enfatizam que o território não está à venda.
Aprofunde-se nessa história lendo a reportagem completa do Seu Dinheiro aqui.
* Com informações da CNBC.
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