Vítima da guerra comercial, ações da Braskem (BRKM5) são rebaixadas para venda pelo BB Investimentos
Nova recomendação reflete o temor de sobreoferta de commodities petroquímicas no cenário de troca de farpas entre Estados Unidos e o restante do mundo
A imprevisibilidade da guerra comercial não para de fazer novas vítimas, e a Braskem (BRKM5) foi a escolhida da vez — ao menos na visão do BB Investimentos, que rebaixou a indicação das ações da petroquímica.
Na tarde desta sexta-feira (11), o banco alterou a recomendação da Braskem para venda, com uma redução no preço-alvo, de R$ 24 para R$ 16.
Para o banco, apesar de no longo prazo a recomendação de venda parecer menos intuitiva, para investidores que buscam resultados mais rápidos, o atual cenário pode intensificar a pressão sobre a ação, devido aos impactos da troca de farpas dos Estados Unidos com o restante do mundo.
- VEJA TAMBÉM: Empresa brasileira que pode ‘surpreender positivamente’ é uma das 10 melhores ações para comprar agora – confira recomendação
Olhando para os últimos 12 meses, os papéis da Braskem não parecem estar decolando — muito pelo contrário, já que o valor das ações caiu 61% nesse período.
Segundo o BB Investimentos, o cenário já era desafiador para a companhia antes das recentes quedas nos preços do petróleo e da piora na perspectiva de demanda global, causadas pela guerra tarifária.
E as más notícias não acabam por aí. O relatório do banco indica que a Braskem sentirá fortemente o medo do mercado de apostar em commodities, com um agravante especial do setor: a sobreoferta, que já vem resultando em menores preços e baixo uso das capacidades instaladas.
Leia Também
“Embora esperemos spreads ligeiramente melhores do que em 2024, a Braskem deve continuar abaixo das médias históricas devido à sobreoferta, com possíveis novas baixas com impactos da guerra tarifária”, destaca o relatório.
O BB Investimentos reforça que o novo preço-alvo por demonstrativo de fluxo de caixa (DFC) sugere um potencial de alta no longo prazo, mas com prejuízos ao menos até o final de 2026.
A projeção do BB Investimentos é que a Braskem tenha um prejuízo menor este ano, estimado em R$ 2 bilhões, ante R$ 12 bilhões negativos em 2024.
Braskem ainda deve ter que lidar com capacidade da China
Nos últimos cinco anos, a China adicionou mais capacidade instalada para atuação no setor do que as existentes na Europa, Japão e Coreia do Sul combinados.
“Embora esperemos spreads ligeiramente melhores no comparativo de 2024 ante 2025, as adições de capacidade na Ásia pressionarão os custos e os preços dos produtos petroquímicos”, diz o BB.
Quem tem medo de Donald Trump? Como a nova Guerra Comercial mexe com a economia e investimentos
Somado a isso, a demanda pós-pandemia não trouxe condições de reduzir estoques, nem retorno de margens operacionais que trouxessem retorno adequado aos investimentos — especialmente em um setor cuja implementação leva prazos consideráveis para entrar em operação.
O CEO da Braskem, Roberto Ramos, concedeu recentemente uma entrevista sobre sua percepção do setor, que pode ser resumida pela frase: “Não vemos uma recuperação desse ciclo nos próximos cinco anos; provavelmente, veremos nos próximos dez”.
Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior
Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão
BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?
Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30
Na contramão da Black Friday, Apple lança ‘bolsinha’ a preço de celular novo; veja alternativas bem mais em conta que o iPhone Pocket
Apple lança bolsinha para iPhone em parceria com a Issey Miyake com preços acima de R$ 1,2 mil
Todo mundo odeia o presencial? Nubank enfrenta dores de cabeça após anunciar fim do home office, e 14 pessoas são demitidas
Em um comunicado interno, o CTO do banco digital afirmou que foram tomadas ações rápidas para evitar que a trama fosse concluída
Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede
No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima
Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?
Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço
