Tesla perde 26% do valor de marca em 2024 e é superada por duas concorrentes; consultoria ‘culpa’ a postura pública de Elon Musk
Ranking anual feito pela Brand Finance leva em conta como a reputação da marca é percebida pelos consumidores
Em um ano no qual a ação da Tesla subiu 63%, seria falso afirmar que a empresa tornou-se menos valiosa. A história muda, no entanto, quando falamos de marca. Nesse quesito, é inegável: a montadora de Elon Musk ficou, sim, menos valiosa e pode ter manchado a própria reputação.
Segundo estudo da Brand Finance, consultoria que ranqueia as marcas mais valiosas do mundo todos os anos, a Tesla perdeu 26% do valor de marca em 2024.
A queda pelo segundo ano consecutivo levou a companhia a ser avaliada em aproximadamente US$ 43 bilhões, contra US$ 66,2 bilhões, no começo de 2023. Com isso, a empresa fica atrás da Toyota e da Mercedes, entre as montadoras.
- LEIA TAMBÉM: Criptomoedas ‘agentes de IA’: baratas, embrionárias e com potencial de explodir até 4.900% em 2025
Por que uma queda tão significativa do valor de marca da Tesla?
A consultoria aponta dois motivos principais: o envelhecimento da linha de veículos e o “antagonismo” de Elon Musk.
Segundo o CEO da Brand Finance, David Haigh, a retórica política e a persona pública de Musk têm algumas desvantagens. Afinal, o bilionário tem um histórico de ser bem vocal quanto a suas visões de mundo e não é raro vê-lo envolvido em alguma polêmica.
"Há pessoas que o acham maravilhoso, mas muitas não", disse Haigh.
Leia Também
Os resultados mostram que a visão dos consumidores sobre a Tesla é consideravelmente diferente da visão de Wall Street.
Pode até ser ‘queridinha’ em Wall Street, mas…
Estas são três métricas chave usadas pela Brand Finance para fazer o ranking:
- Consideração: as pessoas consideram comprar dessa marca?
- Reputação: de 1 a 10, qual seria a nota dada para a marca?
- Recomendação: as pessoas tendem a falar bem dessa marca?
A pontuação da Tesla diminuiu nos três quesitos, considerando os mercados em que a montadora tem fábricas e vende carros – Estados Unidos, Europa e Ásia.
Apesar de ter mantido uma boa pontuação no quesito de lealdade nos Estados Unidos – ou seja, muitos consumidores que têm veículos Tesla devem mantê-lo na garagem –, a marca viu a pontuação de Recomendação cair no país.
Na Europa, a queda mais significativa foi no quesito de Consideração.
Para o CEO da consultoria, David Haigh, este declínio pode ser um sinal de que o “poder de atração” da empresa está diminuindo. Há um risco de que "a Tesla não consiga vender tantos produtos e não consiga vendê-los a preços tão altos como antes".
Em 2024, as entregas da Tesla em 2024 caíram cerca de 1%, mesmo com o aumento da demanda global por veículos elétricos a bateria. Nos EUA, a participação de mercado da Tesla em veículos elétricos caiu para 49% de 55% em 2023, de acordo com dados da Cox Automotive.
"A menos que a Tesla consiga lançar uma gama completa de novos produtos que realmente entusiasmem os consumidores e consiga mitigar parte do antagonismo causado por seu líder, ela será vista como tendo passado do seu auge e começará a declinar", declarou Haigh.
E as outras empresas de Elon Musk?
A Brand Finance também avaliou outras empresas do portfólio do bilionário: a rede social X, ex-Twitter; a companhia de exploração espacial, SpaceX; e o negócio de internet por satélite, Starlink.
De forma geral, a mudança de nome da rede social não ajudou o valor da marca. Mas esse não foi o único motivo que fez o X ir de US$ 673 milhões para US$ 498 milhões. A perda de usuários, anunciantes e receita publicitária também fez a marca tornar-se menos bem vista.
Em 2022, antes da aquisição de Musk e da mudança de nome, o Twitter tinha um valor de marca de US$ 5,7 bilhões.
"O Twitter era muito conhecido, muito bem-quisto e atraía muita publicidade", disse Haigh. "Da noite para o dia, quando ele mudou para X, de acordo com nossos dados, isso reduziu o valor em cerca de 75%. Caiu drasticamente e continuou a cair."
A SpaceX seguiu uma trajetória inversa e teve valorização de 11% quanto à percepção de marca, atingindo US$ 3,8 bilhões.
A Starlink foi avaliada em US$ 2,4 bilhões. Foi a primeira vez que Brand Finance fez os cálculos em relação à empresa. A expectativa é esse número aumente à medida que companhia conquiste novos usuários e demonstre uma receita mensal de assinantes consistentemente maior.
* Com informações da CNBC.
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Adeus, telefone fixo: Vivo anuncia fim de operação e deixa para trás uma história de memória afetiva para milhões de brasileiros
Ao encerrar o regime de concessão do telefone fixo, a Vivo sela o fim de um modelo que moldou a comunicação no Brasil por décadas
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
Itaúsa (ITSA4) vai bonificar investidor com novas ações; saiba quem tem direito a participar
Quem é acionista da holding vai ganhar 2 ações bônus a cada 100; operação acontece depois do aumento de capital
Casas Bahia (BHIA3) busca fôlego financeiro com nova emissão, mas Safra vê risco para acionistas
Emissão bilionária de debêntures promete reduzir dívidas e reforçar caixa, mas analistas dizem que pode haver uma diluição pesada para quem tem ações da varejista
Banco do Brasil (BBAS3) ou Bradesco (BBDC4)? Um desses bancos está na mira dos investidores estrangeiros
Em roadshow com estrangeiros nos EUA, analistas do BTG receberam muitas perguntas sobre as condições do Banco do Brasil e do Bradesco para 2026; confira
Um novo controlador será capaz de resolver (todos) os problemas da Braskem (BRKM5)? Analistas dizem o que pode acontecer agora
O acordo para a saída da Novonor do controle da petroquímica reacendeu entre os investidores a expectativa de uma solução para os desafios da empresa. Mas só isso será suficiente para levantar as ações BRKM5 outra vez?
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
