Sobrou até para a Barbie: como as tarifas de Trump podem elevar os preços da boneca mais famosa do mundo
A linha de carrinhos da Hot Wheels também corre o risco de sofrer um incremento nos valores para compensar o custo da taxação do republicano

Nem os brinquedos escaparam dos impactos das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. E sobrou até a Barbie, a boneca mais famosa do mundo.
A Mattel, fabricante de brinquedos com sede em El Segundo, Califórnia, já adiantou que avalia a possibilidade de aumentar os preços da icônica linha de bonecas e acessórios e também da Hot Wheels para compensar o custo das tarifas do presidente norte-americano.
Mudanças na cadeia de suprimentos
A companhia, que fabrica cerca de 40% de seus brinquedos na China e menos de 10% no México, afirmou que buscará movimentar sua cadeia de suprimentos para mitigar o impacto do tarifaço, mas também está considerando aumentos de preços nos produtos.
“Certamente contra a tarifa, temos uma série de ações de mitigação”, afirmou o diretor financeiro Anthony DiSilvestro na teleconferência de resultados do 4T24 fiscal da empresa.
O executivo disse ainda que a fabricante de brinquedos trabalha em estreita colaboração com os parceiros de varejo para atingir o equilíbrio certo, que tem os consumidores em mente quando consideram ações de preços, como no caso de um aumento.
A Mattel é uma das empresas afetadas pelas últimas medidas econômicas do governo Trump. O republicano impôs uma tarifa de 10% sobre produtos chineses, enquanto os impostos de 25% previstos para México e Canadá foram suspensos por 30 dias.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Cerca de metade das vendas globais da Mattel está nos EUA (a empresa também é americana). No entanto, a companhia opera suas próprias fábricas e fábricas de terceiros em sete países diferentes.
Segundo analistas, a Mattel tem flexibilidade para mover a produção e se apoiar em outros fornecedores para diminuir o impacto nos lucros.
Além disso, cerca de 40% dos negócios da fabricante de brinquedos estão fora da América do Norte, onde as tarifas não estão sendo impostas da mesma forma que nos EUA.
LEIA MAIS: Onde investir no exterior em 2025? EQI Research traz recomendações para dolarizar a carteira em guia gratuito
Presságio de crise? Nem tanto
O anúncio de que a Mattel poderia aumentar os preços de seus produtos para compensar o impacto das tarifas parece ter sido bem recebido pelo mercado.
No dia seguinte às declarações da companhia, as ações da Mattel dispararam na Nasdaq. Mas os resultados trimestrais ligeiramente acima das estimativas também ajudaram.
Por volta das 14h50, os papéis da companhia disparavam 14,86%, a US$ 20,69. Atualmente, a empresa está avaliada em US$ 6,972 bilhões na bolsa de Nova York.
Projeções positivas para 2025 na Mattel
Mesmo com o impacto do tarifaço, a Mattel espera que as receitas voltem a crescer em 2025, com uma projeção de aumento de até 3% nas vendas líquidas.
Já o lucro operacional ajustado deve variar entre US$ 740 milhões e US$ 765 milhões, enquanto a empresa planeja recomprar ações no valor de US$ 600 milhões.
Sob a liderança do CEO Ynon Kreiz, a Mattel tem se esforçado para diversificar seu portfólio de brinquedos, adaptando marcas renomadas, como os carros em miniatura Matchbox e as bonecas Polly Pocket, para o universo de filmes, séries de TV e videogames.
*Com informações da CNBC, Financial Times e O Globo
Nova Ordem Mundial à vista? Os possíveis desfechos da guerra comercial de Trump, do caos total à supremacia da China
Michael Every, estrategista global do Rabobank, falou ao Seu Dinheiro sobre as perspectivas em torno da guerra comercial de Donald Trump
Donald Trump: um breve balanço do caos
Donald Trump acaba de completar 100 dias desde seu retorno à Casa Branca, mas a impressão é de que foi bem mais que isso
Trump: “Em 100 dias, minha presidência foi a que mais gerou consequências”
O Diário dos 100 dias chega ao fim nesta terça-feira (29) no melhor estilo Trump: com farpas, críticas, tarifas, elogios e um convite aos leitores do Seu Dinheiro
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Salão de Xangai 2025: BYD, elétricos e a onda chinesa que pode transformar o mercado brasileiro
O mundo observa o que as marcas chinesas trazem de novidades, enquanto o Brasil espera novas marcas
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Trump vai jogar a toalha?
Um novo temor começa a se espalhar pela Europa e a Casa Branca dá sinais de que a conversa de corredor pode ter fundamento
S&P 500 é oportunidade: dois motivos para investir em ações americanas de grande capitalização, segundo o BofA
Donald Trump adicionou riscos à tese de investimento nos EUA, porém, o Bank Of America considera que as grandes empresas americanas são fortes para resistir e crescer, enquanto os títulos públicos devem ficar cada vez mais voláteis
Acabou para a China? A previsão que coloca a segunda maior economia do mundo em alerta
Xi Jinping resolveu adotar uma postura de esperar para ver os efeitos das trocas de tarifas lideradas pelos EUA, mas o risco dessa abordagem é real, segundo Gavekal Dragonomics
Bitcoin (BTC) rompe os US$ 95 mil e fundos de criptomoedas têm a melhor semana do ano — mas a tempestade pode não ter passado
Dados da CoinShares mostram que produtos de investimento em criptoativos registraram entradas de US$ 3,4 bilhões na última semana, mas o mercado chega à esta segunda-feira (28) pressionado pela volatilidade e à espera de novos dados econômicos
Huawei planeja lançar novo processador de inteligência artificial para bater de frente com Nvidia (NVDC34)
Segundo o Wall Street Journal, a Huawei vai começar os testes do seu processador de inteligência artificial mais potente, o Ascend 910D, para substituir produtos de ponta da Nvidia no mercado chinês
Próximo de completar 100 dias de volta à Casa Branca, Trump tem um olho no conclave e outro na popularidade
Donald Trump se aproxima do centésimo dia de seu atual mandato como presidente com taxa de reprovação em alta e interesse na sucessão do papa Francisco
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Sem alarde: Discretamente, China isenta tarifas de certos tipos de chips feitos nos EUA
China isentou tarifas de alguns semicondutores produzidos pela indústria norte-americana para tentar proteger suas empresas de tecnologia.
O preço de Trump na Casa Branca: US$ 50
A polêmica do terceiro mandato do republicano voltou a tomar conta da imprensa internacional depois que ele colocou um souvenir à venda em sua loja a internet
Primeiro ETF de XRP do mundo estreia na B3 — marco reforça protagonismo do Brasil no mercado de criptomoedas
Projeto da Hashdex com administração da Genial Investimentos estreia nesta sexta-feira (25) na bolsa de valores brasileira
A marca dos US$ 100 mil voltou ao radar: bitcoin (BTC) acumula alta de mais de 10% nos últimos sete dias
Trégua momentânea na guerra comercial entre Estados Unidos e China, somada a dados positivos no setor de tecnologia, ajuda criptomoedas a recuperarem parte das perdas, mas analistas ainda recomendam cautela