Shein é multada em 1 milhão de euros na Itália por greenwashing; linha eco foi considerada enganosa
Autoridade italiana acusa varejista de induzir consumidores ao erro com promessas ambientais vagas e produtos que não são recicláveis como anunciado

Na passarela da sustentabilidade, a Shein tropeçou feio. A gigante chinesa do fast fashion foi multada pelas autoridades italianas nesta segunda-feira (4) em 1 milhão de euros (R$ 6,4 milhões no câmbio atual) por práticas de greenwashing na Itália.
O termo se refere a uma estratégia comum entre empresas que tentam parecer sustentáveis apenas no discurso, usando campanhas e mensagens ambientais sem respaldo real nas suas práticas produtivas. É o famoso “pintar de verde” para melhorar a imagem, ainda que os impactos ambientais sigam os mesmos de sempre.
- SAIBA MAIS: Fique por dentro das principais notícias do mercado. Cadastre-se no clube de investidores do Seu Dinheiro e fique atualizado sobre economia diariamente
Promessa verde demais para ser verdade
Segundo a autoridade antitruste da Itália (AGCM), responsável por zelar pela concorrência no país, a Shein induziu os consumidores ao erro com alegações ambientais vagas, genéricas e enganosas em seu site europeu.
O principal alvo da investigação foi a coleção “evoluSHEIN by design”, promovida como uma linha de roupas mais sustentáveis. O problema? As mensagens da marca exageravam nas promessas e deixavam de esclarecer pontos essenciais, de acordo com o órgão regulador.
Entre os exemplos, estão as declarações sobre design de sistema circular e reciclabilidade dos produtos, classificadas como falsas ou, no mínimo, confusas.
Para a AGCM, os consumidores poderiam ser levados a acreditar que as peças eram feitas com materiais totalmente recicláveis, o que não condiz com a realidade, considerando as fibras utilizadas e os sistemas de reciclagem atualmente disponíveis.
Leia Também
Não foi a primeira multa (e pode não ser a última)
Essa é a segunda sanção aplicada à Shein por reguladores europeus em pouco mais de um mês. Em julho, a empresa foi multada em 40 milhões de euros na França por promessas ambientais enganosas e promoções falsas.
Na Itália, a penalidade foi direcionada à Infinite Styles Services Co., empresa com sede em Dublin responsável por operar o site da varejista na Europa.
A investigação teve início em setembro do ano passado e incluiu uma análise detalhada da comunicação e das práticas ambientais da companhia.
A resposta da Shein
Em comunicado, a Shein afirmou que cooperou com a investigação italiana e já implementou medidas para evitar novas infrações.
“Fortalecemos nossos processos de revisão interna e aprimoramos nosso site para garantir que todas as alegações ambientais sejam claras, verificáveis e em conformidade com os regulamentos”, afirmou.
Mas os reguladores não se convenceram. A AGCM também criticou os compromissos da varejista de reduzir suas emissões de gases do efeito estufa em 25% até 2030 e alcançar emissões líquidas zero até 2050.
As metas foram consideradas “vagas e genéricas”, especialmente diante do fato de que as emissões da empresa aumentaram em 2023 e 2024.
Para as autoridades italianas, o peso da multa vai além do valor financeiro. De acordo com a AGCM, a Shein está sujeita a um “dever de cuidado aumentado”, justamente por atuar em um dos setores mais poluentes do mundo.
O fast fashion, marcado por ciclos rápidos de produção e descarte, está na mira de reguladores e consumidores atentos a práticas sustentáveis — ou à falta delas.
Na prática, a decisão sinaliza que o discurso verde sem lastro começa a perder espaço na vitrine europeia, e que marcas que tentarem maquiar impactos ambientais com marketing elegante correm o risco de sair da passarela direto para o banco dos réus.
David Vélez, CEO do Nubank (ROXO34), vende US$ 435,6 milhões em ações após resultados do 2T25; entenda o que está por trás do movimento
A liquidação das 33 milhões de ações aconteceu na última sexta-feira (15), segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA
Lucro da XP (XPBR31) sobe a R$ 1,3 bilhão no 2T25, mas captação líquida despenca 70% em um ano
A XP teve um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 18% na base anual; veja os destaques do resultado
Copel (CPLE6) marca assembleia sobre migração para o Novo Mercado; confira a data
Além da deliberação sobre o processo de mudança para o novo segmento da bolsa brasileira, a companhia também debaterá a unificação das ações
Banco Central aciona alerta de segurança contra possível ataque envolvendo criptoativos
Movimentações suspeitas com USDT no domingo gerou preocupações no BC, que orientou empresas de pagamento a reforçarem a segurança
Credores da Zamp (ZAMP3) dão luz verde para a OPA que vai tirar a dona do Burger King da bolsa
A oferta pública de aquisição de ações ainda precisa da adesão de dois terços dos acionistas minoritários
Raízen (RAIZ4) dispara 10% após notícias de possível retorno da Petrobras (PETR4) ao mercado de etanol
Segundo O Globo, entre as possibilidade estão a separação de ativos, acordos específicos de gestão ou a compra de ativos isolados
Com salto de 46% no lucro do segundo trimestre, JHSF (JHSF3) quer expandir aeroporto executivo; ações sobem na B3
A construtora confirmou que o novo projeto foi motivado pelos bons resultados obtidos entre abril e junho deste ano
Prio (PRIO3) anuncia paralisação de plataforma no campo de Peregrino pela ANP; entenda os impactos para a petroleira
A petroleira informou que os trabalhos para os ajustes solicitados levarão de três a seis semanas para serem cumpridos
Hora de dar tchau: GPA (PCAR3) anuncia saída de membros do conselho fiscal em meio a incertezas na liderança
Saídas de membros do conselho e de diretor de negócios levantam questões sobre a direção estratégica do grupo de varejo
Entre flashes e dívidas, Kodak reaparece na moda analógica mas corre o risco de ser cortada do mercado
Empresa que imortalizou o “momento Kodak” enfrenta nova crise de sobrevivência
Presidente do Banco do Brasil (BBAS3) corre risco de demissão após queda de 60% do lucro no 2T25? Lula tem outro culpado em mente
Queda de 60% no resultado do BB gera debate, mas presidente Tarciana Medeiros tem respaldo de Lula e minimiza pressão por seu cargo
Compra do Banco Master pelo BRB vai sair? Site diz que Banco Central deve liberar a operação nos próximos dias
Acordo de R$ 2 bilhões entre bancos avança no BC, mas denúncias de calote e entraves judiciais ameaçam a negociação
Petrobras (PETR4) avalia investimento na Raízen (RAIZ4) e estuda retorno ao mercado de etanol, diz jornal
Estatal avalia compra de ativos ou parceria com a joint venture da Cosan e Shell; decisão final deve sair ainda este ano
Dividendos e JCP: Vulcabras (VULC3) vai distribuir R$ 400 milhões em proventos; confira os prazos
A empresa de calçados vai distribuir proventos aos acionistas na forma de dividendos, com pagamento programado somente para este ano
Gol (GOLL54) segue de olho em fusão com a Azul (AZUL4), mas há condições para conversa entre as aéreas
A sinalização veio após a Gol divulgar resultados do segundo trimestre — o primeiro após o Chapter 11 — em que registrou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão
Méliuz (CASH3) estreia nos EUA para reforçar aposta em bitcoin (BTC); veja o que muda para os investidores
A nova listagem estreia no índice OTCQX, sob o ticker MLIZY, com o JP Morgan como banco depositário responsável pelos recibos nos EUA
Cosan (CSAN3): disparada de prejuízos, aumento de dívidas e… valorização das ações? Entenda o que anima o mercado
Apesar do prejuízo líquido de R$ 946 milhões, analistas veem fundamentos sólidos em subsidiárias importantes do grupo
Ainda é melhor que o Itaú? CFO do Banco do Brasil (BBAS3) volta a responder após lucro muito abaixo do concorrente no 2T25
Mesmo após dois balanços fracos, com tombo no lucro e ROE no menor patamar desde 2000, Geovanne Tobias mantém a confiança — e vê oportunidade para investidores
Ação do Banco do Brasil (BBAS3) chega a subir mais de 2% após estragos no 2T25; entenda se o mercado mudou de ideia sobre o futuro do banco
O BB apresentou um balanço ainda mais fraco do que as projeções, que já eram baixas, mas o papel inverteu o sinal e passou a subir; saiba se é mesmo a hora de comprar
CEO do Banco do Brasil (BBAS3) alerta para novo balanço ruim no próximo trimestre. Quando virá o ponto de inflexão?
Confira o que a presidenta do BB, Tarciana Medeiros, tem a dizer sobre o resultado fraco do segundo trimestre e o que esperar daqui para frente