Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta

A Prio concluiu a aquisição dos 60% restantes do campo de Peregrino e ganhou um fôlego maior que levou os analistas do Santander a ajustar suas projeções para as ações PRIO3.
Em relatório desta sexta-feira (13), o banco indicou um novo preço-alvo de R$ 55 para as ações da Prio ao final de 2026, substituindo o preço-alvo anterior, de R$ 40, que era válido até o final de 2025.
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Apesar do aumento de 37,5% no preço-alvo, o banco manteve sua recomendação "neutra" para as ações da petroleira, citando visibilidade limitada sobre os planos da empresa a curto prazo e uma abordagem mais conservadora na projeção de fluxo de caixa.
Nesta sexta, as ações da Prio sobem no Ibovespa, em bloco com outras petroleiras. O impulso vem da alta na cotação do petróleo no mercado internacional, que disparou mais de 8% diante do ataque de Israel ao Irã.
O país é um dos sete maiores produtores de petróleo do mundo, de modo que todo tipo de tensão geopolítica na região tem um impacto direto no mercado da commodity.
As ações PRIO3 fecharam o dia entre as maiores alta do Ibovespa, com 1,76% de valorização, negociadas a R$ 43,98.
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Aquisição de Peregrino impulsiona preço-alvo
A revisão do preço-alvo pelo Santander reflete principalmente a recente aquisição pela Prio da participação adicional de 60% no campo de Peregrino, um movimento que os analistas esperam que traga importantes ganhos operacionais para a petroleira como operadora.
Segundo estimativas de Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, a transação está avaliada em aproximadamente US$ 2,2 bilhões, com uma taxa interna de retorno (IRR) de cerca de 25%, considerando o preço do petróleo Brent na faixa dos US$ 70 por barril.
O Santander projeta que a Prio como operadora conseguirá reduzir o custo operacional (opex) de Peregrino dos atuais US$ 550 milhões anuais para aproximadamente US$ 300 milhões anuais até 2027.
A tese também compreende uma projeção de produção estável de petróleo de aproximadamente 95 milhões de barris de óleo equivalente por dia para 2025 e 2026, com desempenho operacional sólido e campanhas contínuas de perfuração em pelo menos quatro poços por ano.
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Desafios operacionais seguram recomendação
Apesar dos aspectos positivos, o Santander ressalta a visibilidade limitada sobre o programa de operações da Prio para os próximos um a dois anos.
Os analistas destacam que houve um atraso na previsão para o início de extração no campo de Wahoo, que agora é esperada para o segundo trimestre de 2026, ante expectativa anterior para o período de janeiro a março.
Os atrasos se dão por problemas na licença de interligação do Ibama.
Entretanto, o adiamento tem um impacto estimado de cerca de US$ 150 milhões nas estimativas de fluxo de caixa livre para o acionista (FCFE) em 2026.
O Santander pontua que diverge do consenso quanto à abordagem de análise da geração de caixa da Prio. Enquanto a maioria tende a olhar para o fluxo de caixa recorrente (ex. fusões e aquisições e variação da dívida), que tem sido alto, os analistas do banco preferem adotar uma visão mais geral, que compreende pagamentos de aquisição e rolagens de dívida para 2026 e 2027.
A mudança se traduz em FCFE moderado para 2026 e elevado apenas em 2027.
Vale a pena investir em Prio?
O Santander manteve a recomendação para as ações da Prio neutra.
Incertezas no curto prazo sobre o licenciamento do Ibama para Wahoo e uma geração de caixa mais suave no segundo semestre de 2025 e primeiro semestre de 2026 limitam a visão positiva em relação às ações PRIO3.
O relatório destaca que a aquisição da participação adicional em Peregrino e os pagamentos de dívidas resultarão em um consumo significativo de caixa nos próximos trimestres.
O preço-alvo de R$ 55 para 2026, entretanto, equivale a uma potencial valorização de 27,25% nos próximos meses.
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