Onde está a ‘mina de ouro’ da Weg (WEGE3)? Para o BTG, um país da América é a fronteira mais promissora para a empresa
Segundo o banco, investimentos em transformadores colocaram a companhia em posição estratégica para a crescente demanda energética
A fronteira de crescimento mais promissora da Weg (WEGE3) não está no Brasil. Para o BTG Pactual, a “mina de ouro” da fabricante de motores elétricos está nos Estados Unidos, já que os norte-americanos precisam “urgentemente” modernizar e expandir a infraestrutura de manufatura, após anos terceirizando esses serviços para outros países.
Esta falta de investimentos na última década fez com que os players locais entrassem em uma “corrida” para assegurar nova capacidade de geração de energia.
Para se ter uma noção: a rede de energia dos EUA está desatualizada, com 70% dos transformadores com mais de 25 anos. Esta capacidade doméstica limitada de gerar energia levou a uma forte dependência de importações, aumentando os riscos operacionais.
Somado a isso, há também uma forte demanda por investimentos em máquinas de transmissão e distribuição (T&D).
- VEJA MAIS: Analistas do BTG Pactual recomendam classe de ativos que pode pagar prêmios de até 13,91% ao ano
Nesse contexto, os analistas consideram que a Weg está bem posicionada e fazem projeções otimistas: o mercado de transformadores norte-americano poderia adicionar 8% de potencial de valorização para a Weg tomando como base as projeções do BTG para 2030 — com espaço para mais crescimento ainda — e gerar cerca de US$ 2 bilhões em valor presente para a companhia.
“O mercado de transformadores nos Estados Unidos representa uma oportunidade clara e acessível para a Weg. Mesmo com o aumento da capacidade produtiva dos concorrentes, mantemos uma visão positiva para a companhia”, escrevem os analistas.
Leia Também
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Vale lembrar que, em 2020, durante o Investor Day da Weg, o setor de transformadores dos EUA era avaliado em US$ 4,2 bilhões anualmente.
Por que a demanda está aquecida para transformadores nos EUA
Existem diversos fatores que explicam a alta da demanda por transformadores nos Estados Unidos, que passam por temas e tendências como a transição energética e a inteligência artificial.
Primeiramente, embora a geração de energia tenha crescido nos últimos anos, ela ainda não acompanha a expansão populacional. Isso significa que, caso a tendência continue, em breve haverá uma lacuna de energia que, por consequência, vai exigir mais investimentos em infraestrutura.
Este investimento também reflete positivamente na demanda por transformadores, que são itens essenciais para garantir a estabilidade operacional das fábricas.
As novas tendências, voltadas para a mobilidade verde e para o uso de fontes renováveis, também impactam o setor e podem beneficiar a Weg.
“A transformação para mudança para energia renovável (principalmente solar e eólica) está impulsionando a necessidade de mais investimentos na distribuição de energia, já que, ao contrário do passado, quando a energia era gerada perto dos pontos de consumo, as fontes renováveis geralmente estão longe dos usuários finais”, explicam os analistas.
Os transformadores também são importantes para ajustar a tensão das redes, que agora devem suportar cada vez mais estações de carregamento para carros elétricos.
Da mesma forma, o uso crescente de data centers — especialmente para o desenvolvimento da inteligência artificial — deve impulsionar o investimento em equipamentos industriais.
Por fim, o BTG também cita que os eventos climáticos extremos também devem ser levados em consideração, já que representam uma ameaça à rede energética dos EUA e, consequentemente, às operações das empresas.
“Uma das maneiras óbvias de reduzir os riscos das operações contra essa volatilidade é ter transformadores com bom desempenho”, explicam os analistas.
Por que a Weg está bem posicionada para atender essa demanda
Uma das principais vantagens competitivas da Weg em relação aos players estadunidenses é o fato de que a companhia está fazendo investimentos para aumentar a capacidade de fabricação de transformadores desde o começo dos anos 2000.
Na visão do BTG, esta foi, inclusive, uma movimentação “exemplar” da parte dos executivos da companhia.
“Se eles não tivessem feito esse movimento naquela época, talvez não estivéssemos vendo a empresa tão bem posicionada para fornecer e lucrar com a infraestrutura de Transmissão & Distribuição para lidar com o crescimento secular do consumo de energia que temos pela frente”, escrevem.
Por outro lado, os concorrentes só começaram a se preocupar com essa questão no final de 2023. Nesse caso, tempo é dinheiro, já que os sistemas levam anos para se tornarem totalmente operacionais.
Ao mesmo tempo, a multinacional brasileira também não parou de fazer “upgrades”. No mesmo ano, a Weg anunciou mais um investimento de R$ 2,5 bilhões em transformadores.
Os analistas também consideram que “o ecossistema totalmente verticalizado da empresa a coloca em boa posição para se beneficiar do aumento contínuo na demanda por energia”, já que a companhia tem um portfólio completo, que contempla as várias etapas de produção dos transformadores.
Uma ‘pedra no caminho’? Como as tarifas de Trump podem impactar a Weg
Em meio a todo esse cenário aparentemente otimista para a Weg, é preciso abordar uma possível “pedra no caminho”: as tarifas de 25% à exportação de aço e alumínio, impostas pelo presidente Donald Trump.
O impacto dessas tarifas não será irrelevante para o Brasil. Atualmente, os EUA são o segundo maior mercado comprador de aço brasileiro, consumindo 60% de nossa produção siderúrgica, ficando atrás apenas do Canadá.
Como fica a Weg no meio disso? Em outro relatório, o BTG reforçou que vale a pena ter a ação na carteira neste momento, mesmo que a multinacional seja impactada por outras tarifas do republicano, como as impostas ao México e ao Canadá.
Segundo os analistas, essa taxação provavelmente levará a algumas estratégias de mitigação, incluindo o aumento da capacidade de produção nos EUA, que já está em andamento.
Veja a reportagem com a análise completa aqui.
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes
Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda
A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado
Natal combina com chocolate? Veja quanto custa ter uma franquia da incensada Cacau Show e o que é preciso para ser um franqueado
A tradicional rede de lojas de chocolates opera atualmente com quatro modelos principais de franquia
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
A Energisa anunciou a aprovação de etapas adicionais da reorganização societária do grupo, com foco na simplificação da estrutura e no aumento da eficiência operacional
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Conselho de administração aprovou os termos do plano de recuperação do Grupo Ambipar, que já foi protocolado na Justiça, mas ainda pode sofrer ajustes antes da assembleia de credores
AZUL4 com os dias contados: Azul convoca assembleias para extinguir essas ações; entenda
Medida integra o plano de recuperação judicial nos EUA, prevê a conversão de ações preferenciais em ordinárias e não garante direito de retirada
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
