O que esperar da safra de balanços do 2T25? BTG traça previsões para Embraer (EMBR3), Localiza (RENT3), Tupy (TUPY3) e Weg (WEGE3), entre outras
A previsão do mercado é de resultados sólidos, mas nada espetacular entre os setores — resta saber quais serão as estrelas da temporada

Metade de 2025 já passou, e os investidores locais se preparam para a segunda temporada de balanços corporativos na bolsa brasileira. Para este trimestre, as empresas listadas no Ibovespa devem apresentar resultados mornos, ainda pressionadas por juros elevados e custos altos.
Na visão do BTG Pactual, a expectativa é de desaceleração no crescimento de receitas em diversos setores, com margens apertadas pelos custos elevados, efeitos deflacionários em ativos e um ambiente competitivo mais difícil — especialmente no varejo, serviços e aviação.
Por outro lado, empresas com modelos de negócio baseados em receitas recorrentes, contratos de longo prazo ou exposição à infraestrutura e logística devem contar com ventos favoráveis. Ainda assim, o banco mantém cautela com companhias mais alavancadas ou dependentes do consumo sem controle.
- GRÁTIS: Reportagens, análises e tudo o que você precisa saber sobre esta temporada de balanços para investir melhor; cadastre-se gratuitamente para acessar
Veja o que esperar do 2T25, segundo o BTG
Segmento | Empresa | Data de divulgação | Comentário do BTG |
---|---|---|---|
Aluguel de carros | Localiza (RENT3) | 13 de agosto (após o fechamento) | Um pouco abaixo; desempenho sólido. |
Aluguel de carros | Movida (MOVI3) | 12 de agosto (após o fechamento) | Preços resilientes; afetada por sazonalidade e alavancagem. |
Aluguel de carros | Vamos (VAMO3) | 13 de agosto (após o fechamento) | Trimestre fraco; impacto de renovação de contratos e margens. |
Bens de capital | Armac (ARML3) | 12 de agosto (após o fechamento) | Ambiente desafiador; margens pressionadas. |
Bens de capital | Mills (MILS3) | 12 de agosto (após o fechamento) | Melhora nos resultados, mas recuperação ainda lenta. |
Infraestrutura | Rumo (RAIL3) | 07 de agosto (após o fechamento) | Trimestre positivo com maiores volumes e preços estáveis. |
Infraestrutura | Hidrovias (HBSA3) | 11 de agosto (não informado) | Forte 2T com demanda em logística de grãos. |
Infraestrutura | Motiva (MOTV3) | 29 de julho (após o fechamento) | Trimestre sólido, mesmo com desaceleração operacional. |
Infraestrutura | Ecorodovias (ECOR3) | 30 de julho (após o fechamento) | Bom trimestre, apesar de menor ritmo operacional. |
Bens de capital | WEG (WEGE3) | 23 de julho (antes da abertura) | Melhora leve nas margens; crescimento pode decepcionar. |
Bens de capital | Embraer (EMBR3) | 05 de agosto (não informado) | Alta nas entregas; tarifas em foco. |
Bens de capital | Iochpe-Maxion (MYPK3) | 06 de agosto (após o fechamento) | Margens voltam aos dois dígitos; receita menor. |
Bens de capital | Marcopolo (POMO4) | 31 de julho (após o fechamento) | Resultados positivos; atenção ao 2º semestre. |
Bens de capital | Tupy (TUPY3) | 13 de agosto (não informado) | Trimestre fraco; impacto de volumes suaves. |
Logística | GPS (GGPS3) | 12 de agosto (após o fechamento) | Trimestre fraco; ajustes em GRSA pressionam margens. |
Logística | JSL (JSLG3) | 06 de agosto (não informado) | Bom trimestre; resultado financeiro melhora linha final. |
Logística | Simpar (SIMH3) | 12 de agosto (após o fechamento) | Bons números operacionais; resultado financeiro pesa. |
Transporte, logística e bens de capital devem ter trimestre sólido
Para o BTG, as empresas dos setores de transporte, logística e bens de capital devem entregar resultados sólidos no segundo trimestre — embora próximos das expectativas do mercado.
Entre as companhias com desempenho mais positivo devem estar Embraer (EMBR3), Motiva (MOTV3), Rumo (RAIL3), Marcopolo (POMO4), JSL (JSLG3) e WEG (WEGE3).
Começando pela Embraer, o banco projeta crescimento expressivo de receita, impulsionado pelo aumento das entregas nas aviações comercial e executiva. O destaque fica por conta da contribuição do segmento de Defesa, com expectativa de revisão positiva no guidance de entregas.
Leia Também
Já no setor de mobilidade, a Motiva deve registrar um trimestre robusto, com tráfego saudável nas concessões e reajustes contratuais sustentando as margens, apesar de uma leve desaceleração da economia.
Para a Rumo, o BTG vê resultados fortes, com aumento de volumes impulsionado pela safra recorde, e preços resilientes reforçando as operações logísticas da companhia.
No caso da JSL, receita e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) devem ficar em linha com as expectativas do mercado, mas o lucro líquido pode surpreender positivamente. A estratégia recente de aquisições e a diversificação operacional começam a dar resultados concretos.
Outro destaque positivo é a Marcopolo, com forte recuperação nas vendas de ônibus e exportações em alta, contribuindo para impulsionar receita e margem.
Por fim, a WEG — a queridinha dos investidores — deve ter leve avanço em receitas e melhora nas margens. O guidance conservador e a disciplina financeira continuam sendo os principais pontos fortes. Porém, o BTG ressalta que o ritmo de retomada dos investimentos industriais e em energias renováveis ainda é lento.
- VEJA TAMBÉM: Quer ter acesso em primeira mão às informações mais quentes do mercado? Entre para o clube de investidores do Seu Dinheiro sem mexer no seu bolso
Empresas de aluguel de carros e industriais terão 2T25 difícil
Nem tudo são flores na bolsa brasileira, especialmente nos setores de aluguel de carros e nas empresas ligadas a aço e energia, na avaliação do BTG.
Entre as locadoras de veículos, Localiza (RENT3), Movida (MOVI3) e Vamos (VAMO3) enfrentaram um trimestre mais desafiador, com margens sob pressão, impacto da desaceleração do mercado de seminovos e alavancagem mais alta.
O setor industrial também continua pressionado, com margens apertadas e ambiente doméstico complicado.
A Iochpe-Maxion (MYPK3) deve ter margens reduzidas devido à menor produção no Brasil e aos custos elevados de matéria-prima. As exportações ajudam parcialmente, mas o cenário interno ainda limita o otimismo.
Já a Tupy (TUPY3) deve apresentar resultados fracos, com volumes reduzidos, especialmente no mercado brasileiro. As exportações para os EUA seguem estáveis, mas a alocação de custos fixos pesa sobre as margens da empresa.
Para a Aeris (AERI3), a perspectiva continua frágil, com baixa demanda por pás eólicas e visibilidade limitada sobre o segundo semestre.
Petróleo cai 1%, mas Petrobras (PETR4) sobe. Entenda o que faz as ações da estatal reverterem as perdas
Ministro de Minas e Energia diz que há espaço para que a petroleira reajuste para baixo o preço dos combustíveis, mas é outra notícia que mexe com os papéis nesta segunda-feira (21)
Incêndio atinge galpão em Barueri e afeta unidade da Positivo (POSI3); entenda a extensão dos danos
O incêndio no galpão da companhia vem em um momento delicado para a companhia brasileira de tecnologia
Vivara (VIVA3) troca comando do conselho: Marina Kaufman assume presidência no lugar do pai, Nelson Kaufman
Mudança marca transição geracional na joalheria e reforça continuidade da gestão familiar; Paulo Kruglensky retorna como vice
Rede D’Or (RDOR3) e Fleury podem criar novo gigante da saúde para bater de frente com Dasa e Amil; ações FLRY3 saltam na B3
Segundo o colunista Lauro Jardim, d’O Globo, o principal objetivo da Rede D’Or seria a incorporação do Grupo Fleury; saiba o que isso significa para o setor e para os acionistas
C&A com preço de Zara? CEO refuta críticas e detalha estratégia por trás do valor na etiqueta: “tudo é relativo”
Em entrevista ao Seu Dinheiro, CEO da C&A, Paulo Correa, defende a estratégia de precificação da marca, que visa tornar a moda acessível a diferentes perfis de consumidores, com foco na personalização e adaptação às realidades regionais e climáticas do Brasil
Como a C&A (CEAB3) está “desafiando” o cenário macro ao dobrar na bolsa com a Selic a 15% ao ano; CEO explica a estratégia
O Seu Dinheiro conversou com o CEO da C&A Brasil, Paulo Correa, para entender o que está por trás do sucesso na bolsa muito maior que o das concorrentes e do avanço dos resultados da empresa
Ajustes estratégicos da Copel (CPLE6) para o Novo Mercado rendem recomendação de compra para as ações
Santander vê com otimismo a transição, projetando ganhos em liquidez e governança para a companhia
Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida dá fôlego extra, e construtoras ampliam lançamentos e vendas
Empresas aumentaram percentual do portfólio que enquadra na nova faixa do Minha Casa Minha Vida e agora conseguem atender público maior
Cerco se fecha para a Oi (OIBR3): executivos perdem bonificação e venda de ativos é limitada pela Justiça por risco de falência
Decisão judicial aponta descumprimento do plano de recuperação e impõe mais controle diante do maior risco de falência
Banco Central quer acelerar análise da compra do Banco Master pelo BRB
Gabriel Galípolo se encontrou com o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, no último sábado (19) para tirar dúvidas sobre documentação
Neoenergia (NEOE3) e Ambev (ABEV3) firmam parceria para autoprodução de energia eólica
Ambev vai adquirir participação em subsidiárias da Neoenergia para garantir autoprodução de 55 MWm de energia eólica sustentável até 2033
Banco do Brasil (BBAS3) vê ações caírem para mínima de dois anos e promove ‘dança das cadeiras’ na diretoria para reverter crise
Mudanças estratégicas e desafios financeiros marcam o momento do banco estatal, que busca eficiência e geração de valor em um cenário difícil
Presidente da CVM renuncia dois anos antes do fim do mandato; Otto Lobo assume interinamente
João Pedro Nascimento alegou que sua decisão foi por razões pessoais
Netflix (NFLX34) avança no jogo da atenção com alta de audiência nos EUA, mas tropeça em rival — e não é a Disney
Responsável por 8,3% da audiência norte-americana, o streaming está à frente das concorrentes, mas perde para plataforma que nem compete no mesmo segmento
Neoenergia (NEOE3) vai distribuir quase R$ 500 milhões em dividendos; confira os prazos
Os acionistas que estiverem na base acionária da companhia em 23 de julho terão direito a receber os proventos
Com aval do Ibama, Prio (PRIO3) dá passo importante no projeto Wahoo; BofA vê gatilho para investidores
A próxima etapa para a petroleira é a emissão de licença de instalação no poço localizado na Bacia de Campos, Espírito Santo
BR Partners (BRBI11) cruza fronteiras e leva suas ações para o mercado americano via ADRs
Estreia nos EUA será por meio de ADRs Nível II, lastreado em units
Por que um gigante de Wall Street vê oportunidade de ganho nas ações da Vale (VALE3)
O Bank of America se encontrou com executivos da mineradora e os analistas veem motivos para confiar no crescimento da empresa no médio e longo prazo
Por que as ações da Cosan (CSAN3) e Vibra (VBBR3) estão em queda nesta sexta (18)? Rumor de venda de subsidiária pode ser o motivo
Segundo o Brazil Journal, as empresas iniciaram conversas para negociar a venda de uma subsidiária que atua no setor de lubrificantes automotivos e industriais
Totvs (TOTS3) diz que ainda negocia com a Stone (STNE) a compra da Linx, mas nega busca por financiamento
Empresa rebate reportagem sobre suposta movimentação com bancos e diz que ainda não assinou contrato definitivo