Natura (NTCO3) faz reunião para explicar próximos passos e consegue “vender” tese para analistas
CEO, João Paulo Ferreira, e CFO, Silvia Vilas Boas, convocaram analistas para amenizar preocupação dos investidores após 4T24 fraco e reestruturação organizacional
Há algumas semanas, a Natura (NTCO3) anunciou que promoverá uma reestruturação interna com mudanças na alta liderança e no foco dos negócios. Naquele momento, o mercado não “comprou” a ideia, que sucedeu um balanço do quarto trimestre com números decepcionantes e uma desvalorização de quase 30% das ações em bolsa.
Pois bem, para honrar a premissa de que “brasileiro não desiste nunca”, a alta diretoria da empresa resolveu tentar novamente. Convocou analistas para uma reunião com o objetivo de dar mais clareza aos planos anunciados anteriormente.
- VEJA MAIS: Especialistas revelam os ativos mais promissores do mercado para investir ainda hoje; confira
O CEO, João Paulo Ferreira, a CFO, Silvia Vilas Boas e outros membros de relações com investidores destacaram no encontro que 2025 será o último ano de custos de transformação para a empresa, que recuperar o crescimento da receita da Avon é uma prioridade e que estão confiantes na expansão da margem bruta e do lucro operacional neste ano.
Um dos pontos polêmicos dos últimos anúncios da empresa de cosméticos, a incorporação da holding, também foi tratada na reunião, segundo os relatórios de analistas.
A decisão da Natura de seguir adiante teria sido baseada nos benefícios econômicos com reduções de custos, eficiências fiscais e flexibilidade de dividendos.
Os executivos ainda teriam afirmado que é muito cedo para avaliar o impacto desses benefícios, mas que serão divulgados posteriormente, quando a incorporação for finalizada.
Leia Também
- LEIA TAMBÉM: JP Morgan rebaixa Natura (NTCO3) após tombo de 30% das ações; empresa lança programa de recompra
Em relatórios, os analistas do Itaú BBA e da XP reiteram as recomendações de compra para as ações da Natura. O preço-alvo da XP para NTCO3 ao fim de 2025 é de R$ 15, enquanto o do BBA é de R$ 14.
Nesta quarta-feira (26), as ações são negociadas na casa dos R$ 10 no Ibovespa, após uma desvalorização de 19% no acumulado do ano.
2025 com gastos, mas 2026 livre
O custo de transformação da empresa no balanço do quatro trimestre foi um detrator na avaliação dos analistas.
Na reunião, os executivos aprofundaram que foram valores pagos pontualmente: despesas trabalhistas com as demissões na Argentina e no México, por exemplo. Para 2025, não são esperadas situações como estas.
“Com o tempo, as despesas relacionadas à rescisão estão diminuindo, com investimentos em TI e sistemas se tornando mais proeminentes. A administração reforçou que 2025 será o último ano de custos de transformação”, diz o relatório do BBA.
- SAIBA MAIS: Entregar a declaração do Imposto de Renda no fim do prazo pode aumentar a sua restituição em mais de 4%; entenda
Natura de olho na Avon Internacional
Enquanto a marca Natura está crescendo na América Latina, a Avon está andando de lado e isso teria sido reconhecido pelos executivos na reunião.
O BBA destaca uma mudança importante na tomada de decisões para a marca, que seria o reposicionamento estar concentrado no time da América Latina, não mais no Reino Unido, como era anteriormente.
“O plano de reposicionamento da marca ainda está em desenvolvimento, com foco no alinhamento dos investimentos em marketing com áreas que geram retornos mais altos. No entanto, a gerência não prevê uma reviravolta material para a Avon em 2025, com melhorias mais significativas esperadas apenas no final do ano ou em 2026”.
Neste ano, a XP calcula que a receita da Avon cairá de 3% a 10% no Brasil e na América Latina hispânica, respectivamente.
Argentina prejudicando as margens
Na reunião, XP e BBA afirmam que os executivos destacaram ganho de margem na comparação anual em todos os mercados, exceto na Argentina.
A dinâmica de inflação e precificação de produtos enfrentou descompassos, principalmente após a grande desvalorização da moeda em dezembro de 2023. Houve ainda dificuldades com a paralisação de fábricas locais.
Entretanto, uma reestruturação já está em andamento para o país vizinho, um plano que eles chamam de “Onda 2”. Está previsto simplificação de portfólio e a remoção de incentivos ineficientes.
Com isso, despesas de vendas, gerais e administrativas devem ser mais uniformemente distribuídas ao longo dos trimestres, com melhora da margem bruta e da margem Ebtida ajustada.
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026
Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem
