Mercado Livre (MELI34) supera expectativas e registra lucro 287% maior no 4T24; veja os destaques do balanço da gigante do varejo
O Meli registrou um lucro líquido de US$ 639 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, bem acima das estimativas do mercado
O Mercado Livre (MELI34) divulgou nesta quinta-feira (20) o balanço do quarto trimestre de 2024, e a expectativa do mercado não era lá muito alta. Depois de o Ebitda ter decepcionado no trimestre passado, com uma queda de 22,3% em relação ao 3T23, os investidores estavam mais cautelosos quanto a um salto expressivo no lucro da varejista.
Ainda assim, a empresa seguia como a queridinha para se destacar nesta temporada de balanços e fez jus à preferência ao superar todas as expectativas dos analistas.
De acordo com os números divulgados hoje, a gigante argentina do e-commerce registrou um lucro líquido de US$ 639 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, equivalente a uma alta de 287% em relação aos ganhos vistos no mesmo período de 2023.
A cifra veio bem acima das estimativas do mercado, que previam um montante de US$ 410,1 milhões, segundo o consenso da Bloomberg.
No terceiro trimestre de 2024, o lucro líquido do Meli havia ficado abaixo do esperado pelo mercado, uma vez que o desempenho foi especialmente impactado pela nova estratégia de crescimento da gigante do varejo latino-americano em vendas em itens essenciais diários.
Na época, o Meli argumentou que, embora novas instalações possam pressionar as margens no curto prazo, elas são indispensáveis para o crescimento, ganho de escala e diluição de custos no longo prazo.
Leia Também
Vale lembrar que, no ano passado, a empresa anunciou a expansão da sua operação logística. Até o fim deste ano, serão mais 11 Centros de Distribuição Fulfillment (CDS) só no Brasil, que representa hoje cerca de 53% das vendas do Mercado Livre.
LEIA TAMBÉM: Fraternidade de investidores que reúne nomes ilustres do mercado está aceitando novos membros
Outros destaques do balanço do Mercado Livre (MELI34) no 4T24
Em termos de receita líquida, o Mercado Livre (MELI34) somou US$ 6,1 bilhões no trimestre, correspondente a um aumento de 37% frente a igual intervalo do ano anterior e também acima do esperado pelos analistas da Bloomberg, de US$ 5,9 bilhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado — indicador usado para mensurar a capacidade de geração de caixa de um negócio e um dos resultados mais esperados, chegou a US$ 972 milhões, número 106% maior que o mesmo trimestre do ano anterior e acima da projeção de US$ 791,9 milhões da Bloomberg.
Segundo a companhia, o desempenho observado no quarto trimestre é o resultado da visão de longo prazo da empresa ao fortalecer o marketplace com investimentos estratégicos voltados para a experiência do usuário, o sortimento e os recursos de logística.
“Encerramos 2024 com um forte impulso e olhamos para 2025 e para os anos seguintes com grande otimismo. Os investimentos estratégicos que fizemos ao longo dos anos para aprimorar nossa proposta de valor estão gerando resultados financeiros sólidos e consolidando ainda mais nossa vantagem competitiva. O poder do nosso ecossistema está cada vez mais evidente, com cada componente reforçando o engajamento entre os demais", disse Martin de los Santos, Chief Financial Officer do Mercado Livre.
"Mesmo após 25 anos de crescimento, continuamos vendo grandes oportunidades - desde a mudança acelerada para o varejo online até fornecimento de melhores serviços financeiros a milhões de pessoas em toda a região", afirmou
No trimestre anterior, o Ebitda foi, por sua vez, a “pedra no sapato” do Mercado Livre.
Isso porque a cifra de US$ 714 milhões registrada entre julho e setembro de 2024, queda de 22,3% no comparativo anual, decepcionou boa parte do mercado e fez com que as ações da companhia despencassem em Wall Street, apesar da alta no lucro líquido.
O principal propulsor dessa queda foi o crescimento maior do que o esperado na carteira de empréstimos, impulsionado majoritariamente por cartões de crédito, o que resultou em níveis de provisionamento para inadimplência mais altos. Relembre aqui o balanço anterior.
Já o GMV (volume bruto de mercadorias, indicador de volume de receita gerada nos canais digitais), que veio em ritmo robusto de expansão no terceiro trimestre, chegou a ultrapassar US$ 50 bilhões pela primeira vez em 2024, de acordo com a companhia. No quarto trimestre, o indicador cresceu 8% em relação ao mesmo período de 2023, chegando a US$ 14,5 bilhões
No Brasil, as vendas do marketplace do Mercado Livre subiram 32% no quarto trimestre em relação ao ano anterior.
Vale lembrar que o gigante argentino do comércio eletrônico é a primeira das grandes varejistas a divulgar seus resultados nesta temporada de balanços.
Depois do Meli, no mês que vem será a vez de Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) publicarem o balanço trimestral, nos dias 12 e 13, respectivamente.
Atualmente, as varejistas brasileiras enfrentam a dificuldade de se ajustar aos custos de financiamento mais altos, melhorar o fluxo de caixa e ganhar eficiência operacional. Porém, os juros elevados ainda representam um obstáculo para novos investimentos e expansão.
Você confere aqui o que esperar das varejistas brasileiras no quarto trimestre.
Mercado Pago
Segundo o Mercado Livre, a carteira de crédito do Mercado Pago, divisão de serviços financeiros da companhia, cresceu 74% ao ano, atingindo US$ 6,6 bilhões. A carteira de cartões de crédito da fintech também registrou um forte crescimento de 118% na comparação ano a ano, atingindo US$ 2,6 bilhões.
Enquanto isso, a receita líquida foi de US$ 2,5 bilhões, um aumento de 29% em relação ao ano anterior.
A fintech teve um aumento de 34% no número de usuários ativos mensais, atingindo 61 milhões de clientes, e de 129% nos ativos sob gestão no comparativo com o ano anterior, chegando a US$ 10,6 bilhões.
Segundo a varejista, o crescimento do crédito da fintech, puxado pelo cartão de crédito, aumentou as provisões para perdas. Ainda assim, a qualidade do crédito segue sólida.
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
