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Dani Alvarenga

Repórter de fundos imobiliários e finanças pessoais no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP).

ATOLOU DE VEZ

Honda e Nissan confirmam o fim das negociações para a fusão dos negócios — e uma dessas montadoras enfrenta futuro incerto

As negociações para a fusão da Honda e da Nissan foram anunciadas no fim do ano passado e, caso fossem concluídas, criariam a terceira maior montadora do mundo

Dani Alvarenga
13 de fevereiro de 2025
11:43 - atualizado às 11:15
Logo da Nissan à esquerda e logo da Honda à direita com rachadura entre os dois elementos e um fundo branco
Rachadura entre Nissan e Honda - Imagem: Montagem Seu Dinheiro

Só quem já passou pela experiência de ter o carro atolado na lama sabe a frustração de pisar no acelerador e, ainda assim, não sair do lugar. Nesses casos, é preciso sair do veículo e apelar para ajudas externas. Na manhã desta quinta-feira (13), a fusão da Honda com a Nissan atolou de vez, mas nem mesmo um reboque vai conseguir tirar os negócios da inércia.

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As empresas oficializaram hoje o fim das conversas pela fusão das operações através de um comunicado conjunto. 

A Honda e a Nissan haviam anunciado, no final do ano passado, intenções de combinar os negócios. A operação avaliada em mais de US$ 60 bilhões criaria a terceira maior fabricante de carros do mundo, atrás apenas da também japonesa Toyota e da alemã Volkswagen.

Porém, sinais de que a estrada para a fusão estava começando a ficar enlameada começaram a surgir na semana passada. Segundo a imprensa japonesa, as negociações não seguiriam em frente por conta de divergências crescentes entre as duas companhias.

De acordo com o jornal Nikkei, a Honda aceitou inicialmente realizar a fusão com a rival, mas, recentemente, a montadora apresentou uma nova proposta que tornaria a Nissan uma subsidiária, em vez da estrutura mais igualitária originalmente planejada.

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A mudança de planos irritou o Conselho de Administração da Nissan, segundo uma pessoa familiarizada com as negociações. 

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No comunicado enviado nesta manhã, as duas montadoras informaram que, apesar do fim da fusão, vão manter a parceria voltada à tecnologia automotiva anunciada em agosto.

As ações da Honda fecharam o dia em alta de 2,14% na bolsa de Tóquio. Já a Nissan viu os papéis encerrarem o pregão em queda de 0,34%.

O peso da Honda na fusão com a Nissan

Em geral, uma das atitudes a se tomar quando um carro atola é retirar o máximo de peso possível de dentro do veículo. No caso da fusão entre as montadoras japonesas, o peso extra vem da Honda.

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Isso porque a empresa entrou nas negociações em uma posição de liderança. A Honda continua sendo uma marca popular globalmente, produzindo e vendendo mais carros do que a Nissan.

Além disso, a Honda é avaliada em 7,92 trilhões de ienes (US$ 51,9 bilhões), um valor de mercado hoje cinco vezes maior do que a parceira, que é avaliada em 1,44 trilhão de ienes (US$ 9,32 bilhões).

Desde 2018, a Nissan vem lutando para se recuperar de uma crise de liderança após a prisão do ex-presidente executivo e ex-presidente do conselho, Carlos Ghosn.

Na época, Ghosn foi demitido por má conduta financeira e alegações de que teria subnotificado o valor do próprio salário por usar recursos da empresa para uso pessoal. 

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O anúncio da fusão foi visto como um alívio crucial para a Nissan, que por um tempo foi a segunda maior montadora do Japão. As ações da empresa chegaram a subir mais de 60% com a notícia, enquanto os papéis da Honda saltaram cerca de 26%, quando as negociações foram relatadas pela primeira vez.

Agora, com o fim das conversas para a criação da nova gigante do setor, a Nissan é quem sentirá o peso da saída da Honda. Após os primeiros rumores da paralisação da fusão, a Nissan viu uma queda de mais de 5% nas ações. Já a Honda teve alta de mais de 8%.

O impacto na montadora deverá ser maior devido à pressão de credores, funcionários e clientes, que enxergam uma forte concorrência contra a Nissan nos Estados Unidos e na China.

A junção dos negócios entre a Honda e a Nissan tinha como objetivo justamente lutar contra essa concorrência de empresas rivais, especialmente na China, onde o mercado de carros elétricos é cada vez mais dominado por fabricantes chinesas, como a BYD.

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Além disso, ambas as empresas enfrentam também a possibilidade de tarifas nos Estados Unidos, outro grande mercado.

O futuro da Nissan após a fusão atolar 

Apesar de enfrentar um futuro incerto com o fim das negociações, a Nissan não ficará parada. A companhia informou que está aberta a trabalhar com novos parceiros.

Segundo a mídia japonesa, a montadora já possui um alvo para negociações. A empresa avalia a Foxconn, companhia de eletrônicos em Taiwan e que produz a maioria dos chips de computador avançados do mundo, como um candidato para uma parceria.

O presidente da empresa taiwanesa, Young Liu, disse na quarta-feira (12) que a empresa consideraria adquirir uma participação na Nissan, mas que o principal objetivo seria a cooperação.

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*Com informações do Estadão Conteúdo, da BBC News e da Reuters

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