Dividendos da Caixa Seguridade vêm aí? JP Morgan inicia cobertura de CXSE3 e explica por que comprar as ações agora
Para o banco de investimentos, o negócio da seguradora é visto como defensivo frente à volatilidade macroeconômica e com ampla vantagem graças à Caixa Econômica
Em meio a um longo “período de inverno” sem ofertas de ações na bolsa brasileira, o mercado financeiro tem acompanhado de perto os movimentos da Caixa Seguridade (CXSE3), que recentemente deu mais um passo rumo a um follow-on de ações.
No entanto, os analistas também estão de olho em outros benefícios da holding que centraliza as participações da Caixa Econômica Federal no setor de seguros.
É o caso do JP Morgan que, nesta sexta-feira (24), anunciou o início da cobertura dos papéis da seguradora com recomendação de “overweight”, equivalente a compra.
O bancão aposta em um preço-alvo de R$ 18 para CXSE3 em 2025, o que indica um potencial de valorização de 34% sobre o fechamento anterior e um dividend yield de 9%.
SAIBA MAIS: As análises e recomendações de especialistas para investir após a primeira reunião do Copom em 2025
Por que vale a pena investir em CXSE3, segundo o JP Morgan
Justificando a tese de investimentos do banco na seguradora, o analista Guilherme Grespan cita uma série de pontos positivos em relação aos negócios da Caixa Seguridade, especialmente diante do cenário macroeconômico mais desafiador no Brasil.
Leia Também
O Morgan cita, por exemplo, o alto retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) da Caixa Seguridade. Isso porque a companhia oferece produtos de seguros de alta rentabilidade, como vida, habitação, previdência e consórcios. Por conta disso, a maior parte das receitas são provenientes de negócios com ROEs superiores a 20%, destaca o banco.
Com um contrato de 35 anos com a Caixa Econômica Federal, a empresa também tem acesso a uma vasta rede de mais de 3,3 mil agências e 150 milhões de clientes.
Isso garante à seguradora da Caixa o acesso e comissões sobre as vendas de produtos de seguros realizadas através das agências e clientes do banco público.
A corretora é responsável por 42% da receita projetada para 2025.
A análise do JP Morgan indica que a CXSE tem uma penetração menor do que o BB Seguridade (BBSE3) em produtos como crédito imobiliário, seguro de vida, previdência e títulos premium, o que, na visão do banco, representa uma oportunidade para um crescimento futuro.
Na visão do JP Morgan, a empresa também não precisa investir grandes quantias de dinheiro para manter ou expandir seus negócios. Isso permite que ela destine uma maior parte dos seus lucros para o pagamento de dividendos aos acionistas.
“A combinação de altos retornos e baixas necessidades de capital gera um pagamento previsto em torno de 90% dos lucros e, consequentemente, um rendimento de dividendos atraente em torno de 9% em 2025”, calculam os analistas.
Estratégia defensiva em tempos de volatilidade
No cenário macroeconômico, a Caixa Seguridade deve se beneficiar do aumento da taxa Selic, diferente de outras empresas de setores mais dependentes de crédito e consumo.
De acordo com estimativas do banco, a receita da empresa deve crescer 15,25% no segundo semestre de 2025.
“No curto prazo, acreditamos que a Caixa Seguridade também se beneficiará de ventos favoráveis devido ao aumento das taxas Selic nos resultados financeiros, e vemos o negócio como defensivo frente à volatilidade macroeconômica — por isso nossa recomendação de Overweight (compra)”, afirma o analista do JP Morgan.
O que pode afetar o preço-alvo de CXSE3?
Como qualquer empresa, a Caixa Seguridade também não está livre de riscos, que, na visão do JP Morgan, são dois principais.
O primeiro é o conflito de interesses com a Caixa Econômica. Isso porque o banco controla a maioria das ações da seguradora — o que pode resultar em decisões alinhadas aos interesses do governo, em detrimento dos acionistas minoritários. No entanto, outras subsidiárias têm parceiros privados com pelo menos 50% das ações com direito a voto.
O segundo é que a Caixa Seguridade depende da rede de agências da Caixa para ofertar seus produtos, o que pode afetar as vendas dependendo da estratégia da controladora.
“Embora BBSE3 ofereça um modelo de negócios igualmente premium, preferimos a CXSE por ter um menor impacto no VPL [Valor Presente Líquido] do risco de renovação de contratos”, afirma o banco.
No ranking das ações no setor de seguros, o JP Morgan prefere Porto (PSSA3), seguido de Caixa Seguridade, BB Seguridade e IRB (IRBR3).
CSN (CSNA3) terá modernização de usina em Volta Redonda ‘reembolsada’ pelo BNDES com linha de crédito de R$ 1,13 bilhão
Banco de fomento anunciou a aprovação de um empréstimo para a siderúrgica, que pagará por adequações feitas em fábrica da cidade fluminense
De dividendos a ações resgatáveis: as estratégias das empresas para driblar a tributação são seguras e legais?
Formatos criativos de remuneração ao acionista ganham força para 2026, mas podem entrar na mira tributária do governo
Grupo Toky (TOKY3) mexe no coração da dívida e busca virar o jogo em acordo com a SPX — mas o preço é a diluição
Acordo prevê conversão de debêntures em ações, travas para venda em bolsa e corte de até R$ 227 milhões em dívidas
O ano do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11): como cada banco terminou 2025
Os balanços até setembro revelam trajetórias muito diferentes entre os gigantes do setor financeiro; saiba quem conseguiu navegar bem pelo cenário adverso — e quem ficou à deriva
A derrocada da Ambipar (AMBP3) em 2025: a história por trás da crise que derrubou uma das ações mais quentes da bolsa
Uma disparada histórica, compras controversas de ações, questionamentos da CVM e uma crise de liquidez que levou à recuperação judicial: veja a retrospectiva do ano da Ambipar
Embraer (EMBR3) ainda pode ir além: a aposta ‘silenciosa’ da fabricante de aviões em um mercado de 1,5 bilhão de pessoas
O BTG Pactual avalia que a Índia pode adicionar bilhões ao backlog — e ainda está fora do radar de muitos investidores
O dia em que o caso do Banco Master será confrontado no STF: o que esperar da acareação que coloca as decisões do Banco Central na mira
A audiência discutirá supervisão bancária, segurança jurídica e a decisão que levou à liquidação do Banco Master. Entenda o que está em jogo
Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar
De acordo com a corretora, o BRCO11 está sendo negociado praticamente pelo mesmo valor de seu patrimônio — múltiplo P/VP de 1,01 vez
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
