“Complexo de vira-lata”: As críticas de Lula à tentativa de privatizar a Petrobras (PETR4) ‘aos pedaços’
Durante o evento para o lançamento do Programa de Renovação da Frota Naval do Sistema Petrobras, o presidente da República também defendeu a venda direta de combustíveis para baratear o custo desses produtos aos consumidores

Não é de hoje que o presidente Lula se coloca contra a privatização de grandes empresas públicas brasileiras. Além da Eletrobras (ELET3), que foi privatizada em 2022 durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o petista também é um crítico “ferrenho” de tentativas anteriores de transformar a Petrobras (PETR4) em uma empresa privada.
Em evento de anúncio do Programa de Renovação da Frota Naval do Sistema Petrobras nesta segunda-feira (17), Lula afirmou que “no Brasil tem muita gente com complexo de vira-lata” que foi contra a criação da Petrobras e que defende a venda da estatal.
Disse que, no passado, políticos decidiram fatiar a empresa para vendê-la “aos pedaços”. “Era a lógica predominante”, disse.
Ele também afirmou que é mais barato para a empresa comprar insumos, como sondas, fora do Brasil, mas que a Petrobras precisa ajudar no desenvolvimento do Brasil — ou seja, comprando equipamentos de fabricação nacional.
Apesar da série de declarações de Lula sobre a estatal, as ações da petroleira não reagiram com muita expressão. Por volta das 16h47, os papéis preferenciais PETR4 subiam 0,88%, a R$ 37,77. Já as ações ordinárias PETR3 subiam 1,49% a R$ 41,46.
Leia Também
Quem tentou privatizar a Petrobras?
Ao longo dos anos, diferentes governos estudaram ou promoveram a venda de ativos da Petrobras (PETR4) para a iniciativa privada.
O governo de Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, promoveu a quebra do monopólio estatal do petróleo em 1997, permitindo que empresas privadas operassem no setor.
Já no governo Michel Temer, entre 2016 e 2018, diversos ativos da Petrobras foram vendidos, como refinarias, gasodutos e subsidiárias, sob a justificativa de reduzir o endividamento da estatal.
Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), foram vendidas participações da empresa em refinarias, distribuidoras — como a BR Distribuidora, hoje Vibra Energia (VBBR3) —, e gasodutos da companhia. O ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a defender a privatização completa da empresa.
VEJA MAIS: Como as primeiras decisões de Trump podem afetar os seus investimentos
Adeus, distribuidoras?
Além das polêmicas envolvendo a questão da privatização de empresas públicas, o presidente Lula também defendeu a venda direta de combustíveis para baratear o custo desses produtos aos consumidores, sem a intermediação de empresas distribuidoras.
“Eu acho que a Petrobras tem que tomar uma atitude. Sobretudo óleo diesel, a gente precisa vender para os grandes consumidores direto, se puder comprar direto, para que a gente possa baratear o preço desse diesel”, afirmou Lula, durante discurso na cerimônia.
Lula lembrou que, além dos valores cobrados pelos distribuidores, também incide sobre os combustíveis o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelos estados.
“O povo não sabe que a gasolina sai da Petrobras a R$ 3,04. E que na bomba ela é vendida a R$ 6,49. Ou seja, ela é vendida pelo dobro do que ela sai da Petrobras. Mas quando sai o aumento, o povo pensa que a Petrobras que aumentou. E nem sempre é a Petrobras, porque cada estado e cada posto tem liberdade de aumentar a hora que quer”, disse.
Para Lula, “o mais grave é o preço do gás”. “O povo não sabe que o botijão de 13 litros de gás sai da Petrobras a R$ 35, entretanto, depois que é entregue, dependendo do Estado, chega a R$ 140, R$ 132, R$ 120, depende do ICMS que é cobrado no Estado”, disse.
O presidente afirmou ter conversado com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, sobre isso. “É importante informar a população disso para o povo saber quem xingar na hora que aumenta”, comentou.
“Pisando no acelerador”: Petrobras contratará 44 barcos de apoio e gaseiros até 2026
Na cerimônia no Terminal da Transpetro, em Angra dos Reis, foi lançada a segunda licitação do Programa de Renovação e Ampliação da Frota e foram assinados protocolos de intenções para o reaproveitamento de plataformas da Petrobras em fase de desmobilização.
A iniciativa faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A licitação anunciada hoje prevê a aquisição de cinco navios gaseiros do tipo pressurizado para transporte de gás liquefeito de petróleo (GLP) e três navios do tipo semirrefrigerado capazes de transportar GLP e amônia.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a estatal vai contratar mais 44 embarcações, entre barcos de apoio e navios gaseiros, de maior porte, até 2026.
“Vamos contratar mais 44 embarcações só até 2026 e serão muito mais até 2029. São barcos de apoio e navios gaseiros que contarão com financiamento da Marinha Mercante e depreciação acelerada, o que vai garantir um futuro para a indústria nacional”, disse.
Segundo a presidente da estatal, essas encomendas vão requerer investimentos de R$ 58 bilhões e serão capazes de gerar 60 mil novos postos de trabalho.
*Com informações do Estadão Conteúdo e Agência Brasil
VEJA TAMBÉM — TAXAS GORDAS, retornos NEGATIVOS: vale a pena INVESTIR no TESOURO DIRETO? E o governo vai PAGAR?
Banco do Brasil (BBAS3) cai mais de 5% e Ibovespa recua 2,1% em dia de perdas generalizadas; dólar sobe a R$ 5,509
Apenas cinco ações terminaram o pregão desta terça-feira (19) no azul no Ibovespa; lá fora, o Dow Jones renovou recorde intradia com a ajuda de balanços, enquanto o Nasdaq foi pressionado pelas fabricantes de chip
Banco do Brasil (BBAS3) numa ponta e Itaú (ITUB4) na outra: após resultados do 2T25, o investidor de um destes bancos pode se decepcionar
Depois dos resultados dos grandes bancos no último trimestre, chegou a hora de saber o que o mercado prevê para as instituições nos próximos meses
Do fiasco do etanol de segunda geração à esperança de novo aporte: o que explica a turbulenta trajetória da Raízen (RAIZ4)
Como a gigante de energia foi da promessa do IPO e da aposta do combustível ESG para a disparada da dívida e busca por até R$ 30 bilhões em capital
Cade aceita participação da Petrobras (PETR4) em negociações de ações da Braskem (BRKM5), diz jornal
De acordo com jornal Valor Econômico, a estatal justificou sua intervenção ao alegar que não foi notificada da intenção de venda
Petrobras (PETR4) joga balde de água fria em parceria com a Raízen (RAIZ4)
Em documento enviado à CVM, a estatal nega interesse em acordo com a controlada da Cosan, como indicou o jornal O Globo no último sábado (16)
David Vélez, CEO do Nubank (ROXO34), vende US$ 435,6 milhões em ações após resultados do 2T25; entenda o que está por trás do movimento
A liquidação das 33 milhões de ações aconteceu na última sexta-feira (15), segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA
Lucro da XP (XPBR31) sobe a R$ 1,3 bilhão no 2T25, mas captação líquida despenca 70% em um ano
A XP teve um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 18% na base anual; veja os destaques do resultado
Copel (CPLE6) marca assembleia sobre migração para o Novo Mercado; confira a data
Além da deliberação sobre o processo de mudança para o novo segmento da bolsa brasileira, a companhia também debaterá a unificação das ações
Banco Central aciona alerta de segurança contra possível ataque envolvendo criptoativos
Movimentações suspeitas com USDT no domingo gerou preocupações no BC, que orientou empresas de pagamento a reforçarem a segurança
Credores da Zamp (ZAMP3) dão luz verde para a OPA que vai tirar a dona do Burger King da bolsa
A oferta pública de aquisição de ações ainda precisa da adesão de dois terços dos acionistas minoritários
Raízen (RAIZ4) dispara 10% após notícias de possível retorno da Petrobras (PETR4) ao mercado de etanol
Segundo O Globo, entre as possibilidade estão a separação de ativos, acordos específicos de gestão ou a compra de ativos isolados
Com salto de 46% no lucro do segundo trimestre, JHSF (JHSF3) quer expandir aeroporto executivo; ações sobem na B3
A construtora confirmou que o novo projeto foi motivado pelos bons resultados obtidos entre abril e junho deste ano
Prio (PRIO3) anuncia paralisação de plataforma no campo de Peregrino pela ANP; entenda os impactos para a petroleira
A petroleira informou que os trabalhos para os ajustes solicitados levarão de três a seis semanas para serem cumpridos
Hora de dar tchau: GPA (PCAR3) anuncia saída de membros do conselho fiscal em meio a incertezas na liderança
Saídas de membros do conselho e de diretor de negócios levantam questões sobre a direção estratégica do grupo de varejo
Entre flashes e dívidas, Kodak reaparece na moda analógica mas corre o risco de ser cortada do mercado
Empresa que imortalizou o “momento Kodak” enfrenta nova crise de sobrevivência
Presidente do Banco do Brasil (BBAS3) corre risco de demissão após queda de 60% do lucro no 2T25? Lula tem outro culpado em mente
Queda de 60% no resultado do BB gera debate, mas presidente Tarciana Medeiros tem respaldo de Lula e minimiza pressão por seu cargo
Compra do Banco Master pelo BRB vai sair? Site diz que Banco Central deve liberar a operação nos próximos dias
Acordo de R$ 2 bilhões entre bancos avança no BC, mas denúncias de calote e entraves judiciais ameaçam a negociação
Petrobras (PETR4) avalia investimento na Raízen (RAIZ4) e estuda retorno ao mercado de etanol, diz jornal
Estatal avalia compra de ativos ou parceria com a joint venture da Cosan e Shell; decisão final deve sair ainda este ano
Dividendos e JCP: Vulcabras (VULC3) vai distribuir R$ 400 milhões em proventos; confira os prazos
A empresa de calçados vai distribuir proventos aos acionistas na forma de dividendos, com pagamento programado somente para este ano
Gol (GOLL54) segue de olho em fusão com a Azul (AZUL4), mas há condições para conversa entre as aéreas
A sinalização veio após a Gol divulgar resultados do segundo trimestre — o primeiro após o Chapter 11 — em que registrou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão