CEO da Embraer (EMBR3): tarifas de Trump não intimidam planos de US$ 10 bilhões em receita até 2030; empresa também quer listar BDRs da Eve na B3
A projeção da Embraer é de que, apenas neste ano, a receita líquida média atinja US$ 7,3 bilhões — sem considerar a performance da subsidiária Eve
Donald Trump não poupou nenhum parceiro comercial dos Estados Unidos das novas tarifas recíprocas, alimentando preocupações sobre o futuro das empresas de exportação. Contudo, as tarifas de 10% impostas ao Brasil parecem não intimidar Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer (EMBR3).
“Essas tarifas não vão atrapalhar os nossos planos. Vamos achar uma forma de resolver isso”, disse o presidente, durante evento promovido pelo Bradesco BBI nesta terça-feira (8).
- VEJA TAMBÉM: Empresa brasileira que pode ‘surpreender positivamente’ é uma das 10 melhores ações para comprar agora – confira recomendação
Para o CEO, a fabricante brasileira de aeronaves teve um ano “espetacular” em 2024 e “2025 será ainda melhor”.
Para este ano, a projeção da Embraer é atingir uma receita líquida média de US$ 7,3 bilhões, um crescimento de 14% em relação aos US$ 6,4 bilhões registrados no ano anterior.
Essa projeção para faturamento não considera a performance dos carros voadores, batizados de eVTOL, fabricados pela subsidiária Eve Air Mobility.
“Temos uma projeção de crescimento muito importante para os próximos anos, com expectativa de atingir US$ 10 bilhões de receita antes de 2030”, afirmou o CEO.
Leia Também
Na avaliação do vice-presidente de finanças e relações com investidores da Embraer, Antonio Garcia, há muita volatilidade prevista para 2025, mas o cenário mais “ácido” para as empresas não deve atrapalhar a companhia.
“Continuamos confiantes no guidance para 2025. Por enquanto, não vemos impacto nenhum das tarifas e não há motivação para mexer nas estimativas”, afirmou.
Um dos motivos que sustenta a visão mais otimista da administração da Embraer mesmo diante de um cenário tarifário mais complexo é a incerteza sobre a dinâmica das tarifas de Trump para o setor de aviação.
Isso porque, por mais que os aviões da Embraer sejam um produto brasileiro e sujeito às “tarifas recíprocas” dos EUA, as aeronaves são majoritariamente constituídas por componentes norte-americanos.
“Quando exportamos o avião, estamos também exportando um monte de conteúdo americano. Por isso, acredito que a situação ainda vai calibrar um pouco para a aviação. Até porque hoje pagamos um pouquinho para exportar, mas importamos sem pagar taxa”, avaliou o executivo.
A aposta da Embraer (EMBR3) na Eve
Apesar de não colocar na conta das projeções de faturamento para os próximos anos, a diretoria da Embraer (EMBR3) demonstra um otimismo robusto com o futuro dos carros voadores da Eve.
Embora a subsidiária norte-americana tenha perdido mais de 70% de seu valor em Wall Street desde o IPO, há uma expectativa crescente de que a Eve ganhe maior confiança do mercado à medida que as novas aeronaves decolarem.
A expectativa é que os eVTOLs façam o primeiro voo em meados de 2025, com os carros voadores elétricos entrando oficialmente em serviço em 2027.
Basicamente, o eVTOL se apresenta como um veículo aéreo híbrido. Ele decola verticalmente, como um helicóptero, mas cruza os ares com as asas, como um avião.
O objetivo da nova aeronave — que é movida a bateria e pode decolar e pousar verticalmente — é o transporte de passageiros numa espécie de “táxi voador”, com viagens curtas pela cidade, evitando o trânsito pesado.
“O propósito é mudar a forma como nos deslocamos nos ambientes urbanos das grandes cidades, com segurança, sustentabilidade, nível de ruído mais baixo e maior acessibilidade, o que vai nos permitir escalar esse modelo”, disse Luís Carlos Affonso, presidente do conselho de administração da Eve.
Os “carros voadores” da Eve devem ter um alcance de 100 quilômetros, com cabines preparadas para comportar até quatro passageiros e suas bagagens, com limite de até uma mala e uma mochila por pessoa.
Com uma necessidade estimada de caixa de US$ 1 bilhão para o projeto, a gestão da Embraer afirma que a subsidiária tem linhas de crédito até a certificação dos produtos, mas poderá considerar novas captações se o mercado estiver receptivo.
“Não é por falta de dinheiro que a Eve não vai sobreviver. A empresa consome metade do caixa trimestral dos concorrentes, isso traz confiança. Então, se tiver uma boa rodada de investidores, por que não?”, afirmou Affonso.
Entre as estratégias mencionadas pelo executivo para captação de recursos está a listagem de papéis da Eve na B3. A companhia está desenvolvendo, junto ao Bradesco, um programa de BDRs (recibos de ações) da Eve no Brasil.
Hoje, a fabricante dos carros voadores é negociada exclusivamente na bolsa de valores de Nova York (NYSE).
Com o novo programa de BDRs, será possível investir na subsidiária da Embraer diretamente pela bolsa brasileira. A expectativa é que os papéis cheguem à B3 até o fim deste ano.
Americanas (AMER3) aceita nova proposta da BandUP! para a venda da Uni.Co, dona da Imaginarium e Pucket; entenda o que falta para a operação sair do papel
A nova oferta conta com os mesmos termos e condições da proposta inicial, porém foi incluído uma provisão para refletir novas condições do edital de processo competitivo
Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda
A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado
Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique
O presidente afirmou que o país africano tem muito gás natural, mas não tem expertise para a extração — algo que a Petrobras pode oferecer
Mais um adeus à B3: Controladora da Neoenergia (NEOE3) lança OPA para comprar ações e retirar empresa da bolsa
A espanhola Iberdrola Energia ofereceu um prêmio de 8% para o preço dos papéis da Neoenergia; confira o que acontece agora
Banco Master: Light (LIGT3) e Gafisa (GFSA3) dizem não ter exposição ao banco, após questionamentos da CVM
A Light — em recuperação judicial — afirmou que não mantém qualquer relação comercial, operação financeira ou aplicação ligada ao Banco Master ou a instituições associadas ao conglomerado.
Hapvida (HAPV3) revive pesadelo do passado… só que pior: além do balanço, o que realmente está por trás da queda de 42% em um dia?
Não é a primeira vez que as ações da Hapvida são dilaceradas na bolsa logo após um balanço. Mas agora o penhasco foi maior — e tem muito mais nisso do que “só” os números do terceiro trimestre
Sem esclarecer irregularidades, Banco Master diz não ser responsável por R$ 12,2 bilhões repassados ao BRB
Segundo o Master, a empresa que deu origem ao crédito foi a responsável pela operação e pelo fornecimento da documentação com irregularidades
Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra
O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]
Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%
Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.
Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo
As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.
BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema
Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF
Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça
Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB
Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?
Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita
Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027
Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal
Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja
O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%
Deixe o Banco do Brasil (BBAS3) de lado: para o Itaú BBA, é hora de olhar para outros dois bancões — e um deles virou o “melhor da bolsa”
Depois da temporada de balanços do terceiro trimestre, o Itaú BBA, que reiterou sua preferência por Nubank (ROXO33) e Bradesco (BBDC4), enquanto rebaixou a indicação do Santander (SANB11) de compra para neutralidade. Já o Banco do Brasil (BBAS3) continua com recomendação neutra
O novo trunfo do Magazine Luiza (MGLU3): por que o BTG Pactual vê alavanca de vendas nesta nova ferramenta da empresa?
O WhatsApp da Lu, lançado no início do mês, pode se tornar uma alavanca de vendas para a varejista, uma vez que já tem mostrado resultados promissores
5 coisas que o novo Gemini faz e você talvez não sabia
Atualização do Gemini melhora desempenho e interpretação de diferentes formatos; veja recursos que podem mudar sua rotina
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
