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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de empresas no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

COM PÉ DIREITO

Bradesco (BBDC4) salta 15% na B3 com balanço mais forte que o esperado, mas CEO não vê “surpresas arrebatadoras” daqui para frente. Vale a pena comprar as ações do banco?

Além da surpresa com rentabilidade e lucro, o principal destaque positivo do balanço veio da margem líquida — em especial, o resultado com clientes. É hora de colocar BBDC4 na carteira?

Camille Lima
Camille Lima
8 de maio de 2025
11:35 - atualizado às 10:20
CEO do Bradesco, Marcelo Noronha
CEO do Bradesco, Marcelo Noronha - Imagem: Divulgação Bradesco

O Bradesco (BBDC4) começou o ano com o pé direito, entregando um balanço acima das expectativas do mercado, com lucratividade forte, aumento de receitas e crescimento considerável de rentabilidade — tudo isso com inadimplência e previsões praticamente estáveis ano contra ano. 

“Nós estamos olhando para frente. Estamos perseguindo rentabilidades crescentes, lucro líquido crescente de maneira gradual, step by step. Estamos com o pé no chão, mas com aumento de rentabilidade”, disse Marcelo Noronha, CEO do banco, em coletiva com jornalistas.

Não à toa, as ações do bancão operam em forte alta na bolsa brasileira no pregão desta quinta-feira (8). Por volta das 11h10, os papéis BBDC4 avançavam 15,11%, negociados a R$ 15,87. Desde o início do ano, a valorização chega a 36%.

Veja as principais linhas do balanço do Bradesco (BBDC4) no 1T25:

IndicadorResultado 1T25Projeções - BloombergVariação (a/a)Evolução (t/t)
Lucro LíquidoR$ 5,9 bilhõesR$ 5,308 bilhões+39,3%
+8,6%
ROAE14,4%+4,2 p.p.+1,7 p.p.
Margem financeira líquidaR$ 17,2 bilhões +13,7%+1,4%
Carteira de crédito ampliadaR$ 1 trilhão+12,9%+2,4%
Fonte: Balanço enviado à CVM e consenso Bloomberg.

Os destaques do balanço forte no 1T25

Para o BTG Pactual, o balanço do Bradesco (BDC4) no primeiro trimestre de 2025 fornece uma imagem mais favorável para o banco desde o início do ciclo de reestruturação da empresa.

Segundo os analistas, além da surpresa com o ROAE e o lucro líquido, o principal destaque positivo do resultado foi a margem líquida ajustada ao risco, que veio acima do esperado.

O resultado da tesouraria também veio melhor que o esperado no trimestre — apesar de ter apresentado queda de 26,7% na base anual. Para Noronha, a justificativa da performance é o trabalho realizado na gestão de ativos e passivos (ALM). 

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“Essa margem com o mercado até foi uma surpresa, porque, com a taxa de juro muito alta, no primeiro momento o resultado com gestão de ativos e passivos (ALM) é mais pressionado. Mas a nossa equipe de tesouraria é muito boa. Em um mercado que tem uma volatilidade elevada como o brasileiro, sempre tem a oportunidade de fazer posição não só com o trading, mas também com ALM”, disse Noronha, em conversa com a imprensa.

“Como esperado, a alta da Selic pressionou os resultados de gestão de ativos e passivos, mas menos do que o previsto”, avaliou o BTG Pactual.

Na avaliação do JP Morgan, a surpresa com o lucro foi justamente impulsionada pela melhora da margem líquida e por tendências positivas de despesas gerais.

“Apesar de o ROE ainda estar abaixo do custo de capital e da visibilidade limitada sobre os impactos da nova resolução 4.966 em diversas linhas do balanço, a maioria das tendências foi melhor que o esperado”, avaliou o banco norte-americano.

Para o JP Morgan, o único ponto negativo do balanço foi o funding, especialmente a queda de 1,3% nos depósitos de clientes em relação ao trimestre anterior, com crescimento de apenas 3,9% na base anual — bem abaixo da evolução da carteira de crédito. 

Enquanto isso, o BB Investimentos (BB-BI) avalia que "o Bradesco não tomou conhecimento do contexto sazonalmente mais fraco tradicional dos primeiros trimestres no setor e apresentou um conjunto de avanços mais sólido do que o esperado".

"O salto quantitativo do Bradesco neste trimestre marca uma virada mais contundente para o banco", escreveram os analistas, que preveem uma retomada mais visível da rentabilidade com despesas controladas.

No entanto, o BB-BI alerta para um cenário de potencial elevação da inadimplência no setor. "Ainda que nenhum banco sinalize nada próximo de uma possível crise, a palavra de ordem é cautela."

Sem grandes surpresas no Bradesco daqui para frente

A XP Investimentos também foi pega de surpresa com o balanço mais forte que o previsto do Bradesco (BBDC4), que acelerou a trajetória de recuperação, com melhoria da lucratividade por meio da margem líquida com clientes.

A melhora no indicador é reflexo de uma originação de empréstimos mais forte com um mix mais saudável e custos de financiamento mais baixos, segundo analistas.

“Embora o banco transmita uma mensagem de cautela, priorizando o crescimento lucrativo em um ritmo mais lento, ele destacou neste trimestre que as receitas estão crescendo mais rápido do que as despesas, a carteira de crédito está se expandindo com segurança, resultando em taxas de inadimplência e custos de crédito controlados, e o plano de transformação está sendo executado em um ritmo acelerado”, avaliou a XP. 

O próprio CEO do Bradesco deixa claro que não haverá nenhuma surpresa gigantesca ou saltos ornamentais nos próximos trimestres. 

“Não se trabalha com a expectativa de surpresas arrebatadoras. A perspectiva é de um crescimento gradual, com expectativa de um resultado superior ao cenário intermediário”, afirmou.

No entanto, Noronha destaca que o sentimento é de otimismo, apesar das condições macroeconômicas adversas. Na noite passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual, a 14,75%.

“O trabalho será conduzido de forma dinâmica para alcançar esses objetivos. Portanto, não há expectativa de saltos abruptos. Será importante acompanhar o comportamento da margem com o mercado trimestre a trimestre.”

Na avaliação dos analistas do BTG, ainda que o Bradesco tenha mantido o guidance (projeção) para 2025, o banco parece caminhar para o topo das estimativas. 

Segundo os analistas do BB-BI, visto que o guidance do banco sugere desaceleração, "o Bradesco se coloca em uma atípica situação de estar entrando na curva com o pé embaixo, colocando os espectadores de pé na arquibancada diante do movimento cujo ímpeto há tempos não era visto". 

Vale a pena investir no Bradesco após o lucro subir 40%?

Apesar dos bons números, o BTG Pactual segue com recomendação neutra para as ações do Bradesco.

Os analistas da XP também seguem com visão cautelosa em relação ao Bradesco, mesmo com a melhora significativa apresentada no primeiro trimestre

A tese mais conservadora deve-se à profundidade do plano de reestruturação em andamento, que provavelmente não seguirá uma trajetória linear no ritmo de evolução dos resultados do banco.

Na avaliação da XP, por mais que o Bradesco tenha começado o ano em alta, com várias linhas de resultado acima das faixas do guidance, a manutenção das projeções pode sugerir alguma acomodação nos próximos trimestres. 

Os analistas afirmam que, embora o cenário macroeconômico ainda possa ser visto como um obstáculo para o objetivo do Bradesco de manter o crescimento da margem líquida ajustada ao risco, a atual taxa de expansão sugere que o banco está em posição de atingir esse marco de crescimento previsto no plano de reestruturação.

Já o BB Investimentos elevou a recomendação para o Bradesco, de neutra para compra.

A visão mais otimista considera uma "assimetria favorável" para o banco neste momento, o que justificaria "dar o benefício da dúvida da qualidade de execução", mesmo considerando os riscos que uma eventual desaceleração setorial deve trazer.

*Com informações do Money Times.

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