🔴 AÇÕES, FIIs, BDRs E CRIPTO – ONDE INVESTIR EM SETEMBRO? CONFIRA AQUI

Money Times

E AGORA?

Banco Master: quais as opções disponíveis após o BC barrar a venda para o BRB?

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, há quatro cenários possíveis para o Master

Money Times
15 de setembro de 2025
14:27 - atualizado às 11:55
Banco Master e Banco de Brasília (BRB).
Banco Master e Banco de Brasília (BRB). - Imagem: Montagem Canva Pro/ Seu Dinheiro

Em meio a polêmicas, o Banco Central rejeitou a compra pelo BRB (BSLI4), o banco estatal de Brasília, de parte dos ativos do banco Master.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Desde o primeiro anúncio, em 1º de março, pairava sobre o mercado uma desconfiança, justamente pela forma como o Master cresceu no mercado, ao emitir CDBs com retornos explosivos para atrair investidores pessoa físicas.

A isca era o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Em caso de liquidação, o investidor poderia ser ressarcido com até R$ 250 mil por CPF.

Com tanta rentabilidade, e apostando em ativos mais arriscados, a oferta do banco foi vista como uma espécie de socorro para uma conta que parecia não fechar. E tudo isso ficou ainda mais delicado por se tratar de uma estatal.

À época, porém, o BRB disse ver a transação como estratégica ao envolver a compra dos ativos mais saudáveis e relevantes do Master, que incluia segmentos de médias e grandes empresas, cartão de crédito consignado e serviços de câmbio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mesmo assim, o chamado risco de sucessão, ou seja, a preocupação de que passivos não adquiridos do Master impactassem o BRB, pesou para que o BC rejeitasse a proposta, segundo informações.

Leia Também

Em maio, os ativos tóxicos, como precatórios e fundos de investimentos, que seriam excluídos seriam de R$ 23 bilhões. Porém, esse perímetro mais que dobrou, indo a R$ 51,2 bilhões.

Procurado pelo Money Times, o Master não respondeu até a publicação da reportagem.

Recusa do BC foi surpresa?

A recusa do Banco Central pode ter pegado alguns investidores de surpresa, mas está dentro das regras do jogo, segundo Luis Miguel Santacreu, gerente de análise da Austin Rating.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Toda compra passa pelo escrutínio do Banco Central, que pode ou não aprovar. Então, você está comprando uma instituição que tinha, digamos assim, suas coisas boas e suas coisas ruins”, destaca.

Santacreu lembra que só porque a auditoria interna do BRB deu seu aval não significa que o BC iria aprovar também. “O Banco Central também tem seus auditores e fiscais, que realizaram o próprio trabalho”.

Quais as cartas na mesa?

Santacreu cita quatro cenários na mesa do Master agora. A primeira opção parece ter sido descartada em sua visão: o BRB recorrer ao próprio Banco Central.

Segundo apuração da Folha de S. Paulo, a reconsideração depende de fatos novos, já que o BC teria hoje um conhecimento profundo da operação proposta, após cinco meses de análise, algo que nesse momento parece improvável.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que, se for inviável, a negociação deverá ser interrompida. “Nós vamos parar e vamos realmente trabalhar outras oportunidades para que o Banco de Brasília possa avançar e continue crescendo”, disse.

Quem quer comprar?

Outra oportunidade menos traumática seria uma aquisição de partes do Master via mercado. Segundo informações da Folha, o próprio BRB avalia parcerias e a compra de ativos menores.

“Outro banco poderia assumir, ou até dividir ativos: uma parte seria vendida para um banco, outra para outro. Na época, até com o BRB, já se falava nisso”.

O BTG Pactual (BPAC11) comprou participações em duas empresas da bolsa: a Light (LIGT3) e a Méliuz (CASH3) que pertenciam ao Master.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As compras fazem parte de uma operação maior, estimada em R$ 1,5 bilhão, que também inclui a aquisição de imóveis, créditos, outros papéis com participação inferior a 5% e empresas fechada.

Já o CEO do Banco Master, Augusto Lima, fechou acordo para assumir o Banco Voiter.

Intervenção?

As duas opções restantes, explica Santacreu, seriam mais complicadas.

A terceira passaria pelo BC nomear um interventor, destituir a diretoria do Master e colocar alguém alinhado ao Banco Central para tocar o banco e buscar solução de continuidade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Caso não apareçam compradores e o BC identifique problemas de solvência — ou seja, ativos incompatíveis com obrigações como pagamento de CDBs —, o banco poderia ser liquidado.”

Nesse caso, o FGC teria que honrar valores muito altos, afetando seu patrimônio.

“Quem aplicou acima do limite de R$ 250 mil perderia dinheiro. Esse seria um problema para o FGC, que teria de ser recomposto pelos bancos. Isso é justamente o que o mercado não quer, nem grandes, nem médios bancos”.

Claudio Galina, diretor da Fitch, disse em entrevista ao Money Times que uma liquidação ou intervenção do BC no Master poderia ocorrer se houvesse deterioração maior da liquidez, aumento da dependência de captação de curto prazo, custo elevado, deterioração do capital ou da rentabilidade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No último dia 9, a agência de classificação de risco rebaixou rating do Banco Master de B+ para B- e revisou a perspectiva do BRB para negativa.

“Hoje o Master não está quebrado, mas está mais vulnerável do que antes. O BC só interviria em caso de descumprimento das exigências mínimas de capital ou liquidez. Não é o caso. O banco não está desenquadrado”.

O que há, segundo ele, é uma liquidez mais apertada, refletida no rating. “Se continuar deteriorando, pode cair para CCC, que já é muito próximo de default. Não é o caso ainda, mas é um risco”.

Risco para o sistema?

Tanto Galina, da Fitch, quanto Santacreu, da Austin, dizem que uma eventual quebra do Master não significa um risco para o sistema financeiro. Isso porque o Master é considerado um banco menor e sem tanta correspondência bancária.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O Master não é um banco com relacionamento interbancário significativo. Sim, alguns bancos compram papéis, mas não na magnitude de grandes instituições. Então, o Master não oferece risco sistêmico”.

Quem perderia, segundo ele, seriam os depositantes acima de R$ 250 mil e algumas entidades que compraram letras financeiras.

“Mas isso não afeta o sistema bancário. Risco sistêmico seria um Itaú ou Bradesco, que têm milhões de depositantes. O Master tem milhares”.

Outro ponto importante é que o Master captou recursos de forma pulverizada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Muitos aplicaram até o limite de R$ 250 mil, protegidos pelo FGC. Então, em caso de liquidação, o grande perdedor seria o FGC”.

O FGC é uma entidade privada que protege investidores, mas não oferece crédito.

No primeiro trimestre, o patrimônio do fundo atingiu R$ 153,5 bilhões, crescimento de 6,1% em relação a dezembro de 2024, quando o valor registrado foi de R$ 132,7 bilhões.

“Claro, se tiver que honrar muitos depósitos, os bancos terão de recompor o fundo, o que pode aumentar custos. Isso pode refletir em juros mais altos, mas não em risco de quebra em cadeia”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ou seja, não é risco sistêmico. Seria impacto no FGC e, indiretamente, no custo do crédito.

Galina, da Fitch, diz que o Master é um banco administrável, de menor relevância. “Mesmo que tivesse problema, não haveria impacto estrutural em outros bancos. Ele não é sistemicamente importante. Por isso, classificamos como No Support, diferente de bancos como Bradesco (BBDC4) ou Itaú (ITUB4), que têm suporte implícito do governo”, afirma.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
TEM SALVAÇÃO?

Nas turbulências da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL54): investir nas ações das aéreas é um péssimo negócio ou a ‘pechincha’ é tanta que vale a pena? 

15 de setembro de 2025 - 9:20

No mercado financeiro, é consenso que o setor aéreo não é fácil de navegar. Mas, por mais que tantas variáveis joguem contra as empresas, uma recuperação da Azul e da Gol estaria no horizonte?

REPORTAGEM ESPECIAL

Como a Braskem (BRKM5) foi do céu ao inferno astral em apenas alguns anos — e ainda há salvação para a petroquímica?

15 de setembro de 2025 - 6:34

Com prejuízo, queima de caixa ininterrupta e alavancagem elevada, a Braskem vivencia uma turbulência sem precedentes. Mas o que levou a petroquímica para uma situação tão extrema?

CONSTRUINDO VALOR

Construtoras sobem até 116% em 2025 — e o BTG ainda enxerga espaço para mais valorização

14 de setembro de 2025 - 14:13

O banco destaca o impacto das mudanças recentes no programa Minha Casa, Minha Vida, que ampliou o público atendido e aumentou o teto financiados para até R$ 500 mil

POUSO TURBULENTO

Mesmo com acordo bilionário, ações da Embraer (EMBR3) caem na bolsa; entenda o que está por trás do movimento

13 de setembro de 2025 - 17:02

Segundo a fabricante brasileira de aeronaves, o valor de tabela do pedido firme é de R$ 4,4 bilhões, excluindo os direitos de compra adicionais

NOVA PUNIÇÃO

Boeing é alvo de multa de US$ 3,1 milhões nos EUA por porta ejetada de 737-Max durante voo

13 de setembro de 2025 - 13:30

Administração Federal de Aviação dos EUA também apontou que a fabricante apresentou duas aeronaves que não estavam em condições de voo e de qualidade exigido pela agência

NOVAS FRONTEIRAS

Petrobras (PETR4) passa a integrar o consórcio formado pela Shell, Galp e ANP-STP após aquisição do bloco 4 em São Tomé e Príncipe

13 de setembro de 2025 - 10:02

Desde fevereiro de 2024, a estatal atua no país, quando adquiriu a participação nos blocos 10 e 13 e no bloco 11

DECOLARAM

Azul (AZUL4) e Gol (GOLL54) lideram as altas da B3 nesta sexta-feira (12), em meio à queda do dólar e curva de juros

12 de setembro de 2025 - 19:55

As companhias aéreas chegaram a saltar mais de 60% nesta semana, impulsionadas pela forte queda do dólar e da curva de juros

MENOS É MAIS

Simplificação do negócio da Raízen é a chave para a valorização das ações RAIZ4, segundo o BB Investimentos

12 de setembro de 2025 - 18:10

A companhia tem concentrado esforços para reduzir o endividamento, mas a estrutura de capital ficará desequilibrada por um tempo, mesmo com o avanço de outros desinvestimentos, segundo o banco

VALE A PENA?

Nova aposta do Méliuz (CASH3) para turbinar rendimentos com bitcoin (BTC) traz potencial de alta de mais de 90% para as ações, segundo o BTG

12 de setembro de 2025 - 17:05

Para os analistas do banco, a nova negociação é uma forma de vender a volatilidade da criptomoeda mais valiosa do mundo e gerar rendimento para os acionistas

DÍVIDA CAI, BARRIS AUMENTAM

BTG vê avanço da Brava (BRAV3) na redução da dívida e da alavancagem, mas faz um alerta

12 de setembro de 2025 - 15:15

Estratégia de hedge e eficiência operacional sustentam otimismo do BTG, mas banco reduz o preço-alvo da ação

VEM ALÍVIO POR AÍ?

Banco do Brasil (BBAS3): está de olho na ação após MP do agronegócio? Veja o que diz a XP sobre o banco

12 de setembro de 2025 - 14:17

A XP mantém a projeção de que a inadimplência do agro seguirá pressionada, com normalização em níveis piores do que os observados nos últimos anos

VOOS MAIS VERDES

Petrobras (PETR4) produz pela primeira vez combustível sustentável de aviação com óleo vegetal

12 de setembro de 2025 - 12:46

A estatal prevê que a produção comercial do produto deve ter início nos próximos meses

TCHAU, BOLSA!

Francesa CMA conclui operação para fechar capital da Santos Brasil (STBP3), por R$ 5,23 bilhões

12 de setembro de 2025 - 10:12

Com a operação, a companhia deixará o segmento Novo Mercado da B3 e terá o capital fechado

NO CAIXA DA PETROLEIRA

O que a Petrobras (PETR4) vai fazer com os US$ 2 bilhões que captou com venda de títulos no exterior

12 de setembro de 2025 - 9:15

Com mais demanda que o esperado entre os investidores gringos, a Petrobras levantou bilhões de reais com oferta de títulos no exterior; descubra qual será o destino dos recursos

DA FARIA LIMA À MOOCA

A conexão da Reag, gigante da Faria Lima investigada na Carbono Oculto, com o clube de futebol mais querido dos paulistanos

12 de setembro de 2025 - 7:01

Reag fez oferta pela SAF do Juventus junto com a Contea Capital; negócio está em fase de ‘due diligence’

ATENÇÃO, ACIONISTAS

Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3) e Copasa vão distribuir mais de R$ 500 milhões em proventos; veja quem tem direito a receber

11 de setembro de 2025 - 20:02

Ambas as companhias realizarão o pagamento aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio

CADA VEZ MAIS BTC

Méliuz (CASH3) lança nova opção de negociação para turbinar os rendimentos com bitcoin (BTC)

11 de setembro de 2025 - 19:40

A plataforma de cashback anunciou em março deste ano uma mudança na estratégia de tesouraria para adquirir bitcoins como principal ativo estratégico

MEDO DE QUÊ?

Nem tarifas de Trump, nem fusão entre BRF e Marfrig preocupam a JBS (JBSS32), diz CEO

11 de setembro de 2025 - 19:24

Gilberto Tomazini participou do Agro Summit, do Bradesco BBI, nesta quinta-feira, e explicou por que esses dois fatores não estão entre as maiores preocupações da companhia

AMBIENTE DIFÍCIL

Braskem (BRKM5) na corda bamba: BTG diminui preço-alvo ao apontar três riscos no horizonte e um potencial alívio 

11 de setembro de 2025 - 19:15

Excesso de oferta global, disputas acionárias e responsabilidade em Alagoas pressionam a companhia, mas incentivos fiscais podem dar algum fôlego ao lucro

EXPECTATIVAS CRIADAS

O que o investidor pode esperar da MBRF, a gigante que nasce da fusão de Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)? O Safra responde

11 de setembro de 2025 - 18:16

Após o negócio ter sido aprovado sem restrições pelo Cade, as empresas informaram ao mercado que a data de fechamento será 22 de setembro

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar