🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

TEMPESTADE PERFEITA?

Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor

Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre

Camille Lima
Camille Lima
13 de novembro de 2025
14:40 - atualizado às 14:16
Fachada de uma agência do Banco do Brasil.
Fachada de uma agência do BB - Imagem: iStock/Global_Pics

O principal vilão dos resultados do Banco do Brasil (BBAS3) continua em cena — e, ao que tudo indica, deve permanecer por mais alguns atos. O agronegócio, que há trimestres pressiona os balanços do banco, ainda pode exigir novas provisões no quarto trimestre de 2025, segundo o vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores, Marco Geovanne Tobias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O executivo reconhece que o movimento de recuperações judiciais no campo segue intenso, em muitos casos “sem necessidade”, e que isso ainda demanda reforço de provisões.

“É de se esperar um volume de provisão semelhante ao que tivemos no segundo e terceiro trimestres”, afirmou Tobias. “Os números na carteira rural continuam agravados, mas ainda não tínhamos iniciado o processo da Medida Provisória 1.314. Então, tudo vai depender da velocidade de execução.”

O banco calcula que o provisionamento, valor que fica separado para cobrir inadimplências de devedores, deve ficar entre R$ 15 bilhões e R$ 16 bilhões no 4T25 — um patamar ainda alto, mas que o BB considera inevitável para estabilizar o risco.

Banco do Brasil enfrenta prova de fogo no agronegócio

Mesmo com o lucro do 3T25 praticamente estável em relação ao trimestre anterior, o Banco do Brasil precisou revisar o guidance diante da instabilidade da carteira de crédito — especialmente no segmento rural e em alguns casos corporativos pontuais. Veja aqui como ficaram as novas perspectivas do banco. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A inadimplência no agronegócio já supera 5%, e o setor continua sendo o epicentro das preocupações. 

Leia Também

A aposta, agora, é que o pacote de socorro ao agro, por meio da MP 1.314, e a linha de crédito BB Regulariza Agro, com prazos de renegociação de até nove anos, possam aliviar o balanço nos próximos trimestres.

Segundo o vice-presidente de agronegócio, Gilson Bittencourt, o projeto já soma R$ 11 bilhões em operações em andamento, com R$ 5,4 bilhões renegociados e meta de chegar a R$ 24 bilhões em propostas até o fim do ciclo. 

“Estamos em voo de cruzeiro”, disse o executivo, destacando que 75% dos clientes-alvo já foram contatados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas, enquanto o banco acelera as renegociações, a judicialização no campo continua subindo.

O saldo total de clientes do BB em recuperação judicial passou de R$ 5,4 bilhões em junho para R$ 6,6 bilhões em setembro, um salto de R$ 1,2 bilhão, com a adesão de 120 novos produtores ao processo.

“Nós observamos um crescimento no volume de recuperações judiciais, mas acreditamos que, à medida que o BB Regulariza Agro avance, muitos desses clientes vão preferir renegociar, e esse número tende a cair”, afirmou o diretor de riscos, Felipe Prince.

Crise de crédito em grandes empresas? BB vê casos corporativos sob controle — por enquanto

Se o campo preocupa há tempos, a carteira corporativa agora acendeu uma luz amarela. Alguns casos pontuais de inadimplência em grandes empresas exigiram provisão integral, o que chamou atenção do mercado no balanço do terceiro trimestre. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas o Banco do Brasil fez questão de afastar qualquer risco sistêmico, dizendo que são casos específicos, em que a possibilidade de recuperação era muito baixa.

Já Prince reforçou que um mapeamento interno indicou que não há precipitação de novos problemas graves no segmento de crédito voltado a grandes empresas para o final do ano.

Do campo à cidade: a virada estratégica em pessoas físicas

Com o agronegócio ainda instável, o Banco do Brasil começa a ajustar seu leme.

A prioridade passa a ser manter a carteira rural estável, mas mais rentável, enquanto a carteira de pessoas físicas (PF) ganha protagonismo como motor de crescimento em 2026.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Nós estamos focando naquelas linhas que tragam mais spread, mais retorno para nós ajustado pelo risco. E aí aqui é consignado público e o consignado do trabalhador", acrescentou Prince.

A presidente do BB, Tarciana Medeiros, afirmou que o crescimento em 2026 deve ser puxado pelos clientes de alta renda, segmento de maior rentabilidade e menor inadimplência, mas que a expansão abrangerá todas as linhas de PF.

“Quando olhamos para o composto geral, é a carteira de pessoas físicas que vai puxar o retorno do banco e acelerar o processo de retomada”, afirmou Tobias, que destacou a possibilidade de crescimento de dois dígitos em algumas linhas.

Mas, mesmo aqui, o agro atrapalhou. A inadimplência entre pessoas físicas atingiu o maior nível desde 2014, em parte contaminada pela dinâmica rural. “Embora produtores rurais representem apenas 7% da carteira PF, já respondem por quase 20% da inadimplência”, destacou Prince.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para mudar essa dinâmica, o banco vem priorizando linhas de menor risco e maior retorno ajustado, como o crédito consignado público e o Crédito Trabalhador, lançado em março e que já acumula R$ 11 bilhões em desembolsos.

A meta é alcançar 20% de participação no mercado de consignado.

Rentabilidade sob pressão, mas o plano está traçado

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) encerrou o 3T25 em 8,4% — o pior nível desde 2016. Ainda assim, o banco acredita que a rentabilidade já se estabilizou e deve começar a melhorar.

A projeção interna é atingir ROE de dois dígitos baixos (“low teens”) até o fim de 2025, com lucro próximo a R$ 20 bilhões. Em 2026, o objetivo é chegar a cerca de 15%, — ainda abaixo dos “anos dourados” do banco, mas sinalizando retomada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Olhando para 2026, vamos buscar sim crescer essa carteira ainda mais. Vamos crescer a carteira de pessoas físicas em linhas de menor risco, mas também de bom retorno, nos ajudando a trilhar esse caminho em busca dos mid teens.”

O BB não fixou um guidance oficial para a rentabilidade.

BB pode distribuir dividendos extraordinários?

Visto como uma das “vacas leiteiras” da bolsa brasileira, o Banco do Brasil tenta equilibrar a prudência fiscal e a pressão dos acionistas por dividendos maiores.

Isso porque a decisão do BB de alterar a regra de dividendos no último balanço, para uma distribuição de 30% do lucro, caiu mal entre os investidores. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que deu esperança àqueles acionistas orientados por dividendos foi a expectativa de uma eventual revisão após a virada financeira do banco ou de um potencial pagamento de proventos extraordinários.

Mas a administração do banco foi clara e rígida quanto a eventuais novidades: segundo Tobias, a política de payout de 30% será mantida em 2026, e dividendos extraordinários só serão considerados ao fim do próximo ano.

Além disso, o banco seguirá privilegiando a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP), pelo benefício fiscal que a modalidade oferece.

Quanto aos dividendos extraordinários, Tobias afirmou que qualquer decisão dependerá do equilíbrio entre a maior geração de resultados, o nível de capital e as perspectivas de novas exigências regulatórias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Vamos avaliar se potencialmente no final do ano de 2026 a gente poderia ou não remunerar nossos acionistas com um dividendo extraordinário, sem mudar a política de payout de 30%", disse o executivo.

O recado do Banco do Brasil aos investidores

Questionado sobre uma eventual perda de confiança de parte dos investidores, Tobias rebateu: “Previsibilidade o investidor tem. Deixamos claro que o payout é 30%, que a rentabilidade vai se manter no low teens, e que já estabilizamos o lucro em meio a dois trimestres turbulentos. Isso mostra capacidade de execução e transparência.”

A mensagem final da diretoria é de que 2025 será um ano de ajuste, e 2026, de retomada, inclusive em termos de melhora da inadimplência.

Segundo o executivo, o pior momento do risco já foi precificado — e agora começa o processo de reconstrução.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
NEGÓCIOS DE FAMÍLIA

Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede

13 de novembro de 2025 - 10:11

No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima

BLACK FRIDAY 2025

Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?

13 de novembro de 2025 - 9:01

Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025

SALDO NEGATIVO

Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%

12 de novembro de 2025 - 20:10

O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta

POR TRÁS DO TOMBO

O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25

12 de novembro de 2025 - 19:37

A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás

ATENÇÃO, INVESTIDOR

Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25

12 de novembro de 2025 - 19:19

Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas

BALANÇO

Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques

12 de novembro de 2025 - 18:36

O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço

BALANÇO DO 3T25

Lucro da Moura Dubeux (MDNE3) salta 32,1% e vem acompanhado de dividendos; diretor diz que distribuição deve engordar

12 de novembro de 2025 - 18:22

A construtora também está de olho no endividamento — encerrou o terceiro trimestre com o índice dívida líquida/patrimônio líquido em 13,6%, patamar “muito saudável” na visão do executivo Diogo Barral

NEM TUDO ESTÁ PERDIDO

Resultado fraco derruba a ação da Vamos (VAMO3) — mas para 4 analistas, ainda há motivos para comprar

12 de novembro de 2025 - 17:42

Em reação ao desempenho, as ações chegaram a cair mais de 7% no início do dia, figurando entre as maiores perdas do Ibovespa

ALÍVIO FINANCEIRO

Oncoclínicas (ONCO3) atinge meta de R$ 1 bilhão para seguir em frente com aumento de capital. Isso é suficiente para reerguer as finanças?

12 de novembro de 2025 - 14:47

Com a subscrição de R$ 1 bilhão alcançada no aumento de capital, a Oncoclínicas tenta reverter sua situação financeira; entenda o que vem pela frente

PRÉVIA DO BALANÇO

Banco do Brasil (BBAS3) no fundo do poço? Com previsão de lucro pressionado e ROE de um dígito, saiba se vale comprar as ações antes da virada

12 de novembro de 2025 - 7:11

A conta do agro chegou — e continuará a pressionar: por que o Banco do Brasil deve ser o azarão da temporada de balanços outra vez?

MISTÉRIO FINANCEIRO

CVM pressiona, credores cobram: Ambipar (AMBP3) adia balanço do 3T25 em meio ao enigma do caixa

11 de novembro de 2025 - 18:29

Apenas alguns meses após reportar quase R$ 5 bilhões em caixa, a Ambipar pediu RJ; agora, o balanço do 3T25 vira peça-chave para entender o rombo

DESTAQUES DA BOLSA

Braskem (BRKM5) tem prejuízo no 3T25, mas ação salta mais de 16%; entenda do que o mercado gostou

11 de novembro de 2025 - 15:09

A companhia registrou prejuízo de R$ 26 milhões do terceiro trimestre depois de perdas de R$ 92 milhões no mesmo período de 2024, uma redação de 96%

É PRA VENDER

Seca de dividendos da BB Seguridade (BBSE3)? Entenda o que levou o JP Morgan a rebaixar a ação para venda

11 de novembro de 2025 - 14:35

Um dos pontos que entrou no radar dos analistas é a renovação do contrato de exclusividade com o Banco do Brasil, que vence em 2033, mas não é o único

VALE A PENA?

11.11: o que prometem a Amazon e o KaBuM às vésperas da Black Friday

11 de novembro de 2025 - 13:31

Varejistas apostam em cupons, lives e descontos relâmpago para capturar compras antes do pico da Black Friday

PATAMAR NOVO (OUTRA VEZ)

A engrenagem da máquina de lucros: Como o BTG Pactual (BPAC11) bate recordes sucessivos em qualquer cenário econômico

11 de novembro de 2025 - 11:23

O banco de André Esteves renovou outra vez as máximas de receita e lucro no 3T25. Descubra os motores por trás do desempenho

ACHADINHOS DA SHOPEE

Black Friday e 11.11 da Shopee: achadinhos de até R$ 35 que podem deixar sua casa mais prática

11 de novembro de 2025 - 11:11

Entre utilidades reais e pequenos luxos da rotina, a Black Friday e o 11.11 revelam acessórios que tornam a casa mais funcional ou simplesmente mais divertida

SD ENTREVISTA

A Isa Energia (ISAE4) vai passar a pagar mais dividendos? CEO e CFO esclarecem uma das principais dúvidas dos acionistas

11 de novembro de 2025 - 6:03

Transmissora garante que não quer crescer apenas para substituir receita da RBSE, mas sim para criar rentabilidade

RESULTADO

É recorde atrás de recorde: BTG Pactual (BPAC11) supera expectativa com rentabilidade de 28% e lucro de R$ 4,5 bilhões no 3T25

11 de novembro de 2025 - 5:14

O balanço do BTG trouxe lucro em expansão e rentabilidade em alta; confira os principais números do trimestre

COMPRA OU VENDE?

Valorização da Hypera (HYPE3) deve chegar a 20% nos próximos meses, diz Bradesco BBI; veja qual é o preço-alvo

10 de novembro de 2025 - 19:45

Analistas veem bons fundamentos e gatilhos positivos para a empresa à frente

FORA DA BOLSA

Desdobramentos da falência: B3 suspende negociações das ações Oi (OIBR3)

10 de novembro de 2025 - 19:44

Segundo o último balanço da companhia, referente ao segundo trimestre, a empresa tinha 330 mil ações em circulação, entre ordinárias e preferenciais

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar