As duas ações ‘contaminadas’ pela crise da gripe aviária no Brasil — e o que fazer com elas
Emergência sanitária, exportações suspensas e margens ameaçadas: entenda o que está em jogo para estas duas empresas brasileiras com o avanço da gripe aviária

Na última sexta-feira (19), o Ministério da Agricultura confirmou a detecção do vírus da gripe aviária em uma granja no Rio Grande do Sul. Desde então, diversos países suspenderam as importações de frango brasileiro e o governo declarou emergência sanitária por 60 dias.
Diante disso, o BTG Pactual apontou duas ações que podem ser contaminadas pela crise sanitária: JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3) — que está em processo de fusão com a Marfrig (MRFG3).
Os impactos da crise com a gripe aviária para JBS e BRF
Segundo o banco, as margens do frango, especialmente para empresas brasileiras, têm se mantido surpreendentemente elevadas — como fruto da combinação de um real mais fraco do que o esperado e, principalmente, uma demanda externa muito forte.
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As exportações brasileiras de frango, carne suína e bovina operam próximas de máximas históricas. Por isso, os analistas já esperavam uma reversão nas margens em 2025, movimento que deve ser antecipado graças ao surto.
“No curto prazo, o impacto da interrupção repentina de exportações de carne de frango — que representam quase metade do fluxo total — deve prejudicar a capacidade dos produtores de manter preços elevados e causar um certo desarranjo na cadeia de comercialização”, escrevem os analistas em relatório.
Para o banco, caso as proibições comerciais se prolonguem, o desfecho pode ser bem mais negativo, com chances de desencadear o início do tão esperado processo de normalização das margens do frango.
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No entanto, a visão ainda é otimista para as duas ações citadas: “Mantemos recomendação de compra para JBS e BRF, embora esta última deva, daqui em diante, acompanhar mais de perto a relação de conversão com as ações da Marfrig, dado o contexto da fusão proposta”, destaca a equipe liderada por Thiago Duarte no relatório.
O tamanho do problema, segundo o BTG Pactual
O Brasil é o terceiro maior produtor de frango do mundo e ocupa a liderança nas exportações globais da proteína, com embarques que somam cerca de 5 milhões de toneladas por ano.
O Rio Grande do Sul, agora epicentro do primeiro caso de gripe aviária em produção comercial no país, é responsável por aproximadamente 13% das exportações — o que equivale a 683 mil toneladas enviadas ao exterior apenas em 2024.
Considerando os dados do ano passado, as exportações do Rio Grande do Sul, somadas às destinadas a países que já anunciaram proibições nacionais à carne de frango brasileira, representaram cerca de 42% do valor total exportado pelo setor — aproximadamente US$ 3,9 bilhões.
Ou seja, o surto da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) pode atingir em cheio uma fatia relevante do mercado externo, caso os embargos se prolonguem.
Estimativas preliminares indicam um potencial impacto mensal de até US$ 300 milhões nas exportações, embora esse valor possa estar superestimado, na visão do BTG Pactual.
Pelas regras sanitárias, cada foco identificado exige um período de 28 dias sem novos casos para que a região volte a ser considerada livre da doença.
A emergência sanitária, por sua vez, está prevista para durar 60 dias. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o governo trabalha para que algumas proibições sejam suspensas antes mesmo do fim desse prazo — mas, por ora, o estrago comercial já está em curso.
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