Acionistas da Mobly (MBLY3) não querem vender sua parte para os fundadores da Tok&Stok — ao menos não pela metade do preço
Em fato relevante divulgado na madrugada desta quarta-feira (5), a Mobly disse que acionistas detentores de 40,6% do capital social da companhia não têm interesse em vender suas ações nos termos da proposta anunciada pela família Dubrule
A Mobly (MBLY3) está prestes a receber uma oferta pública de aquisição (OPA) da família fundadora da sua ex-rival e hoje controlada Tok&Stok, mas já adiantou que, pelos termos propostos, boa parte dos seus acionistas não aceita vender sua participação, o que inviabilizaria o negócio.
No último sábado (1), a varejista de móveis divulgou uma carta que recebeu da família Dubrule, indicando interesse em adquirir o controle da Mobly, mas ainda sem um edital formal de OPA.
O que mais chama atenção na proposta é o preço ofertado: em vez de dar um prêmio pelo preço de mercado das ações, o que é mais usual nessas situações, os Dubrule querem um desconto de cerca de 50%.
- VEJA TAMBÉM: cobertura completa da temporada de balanços - Saiba o que esperar do mercado e como se posicionar
Em fato relevante divulgado na madrugada desta quarta-feira (5), porém, a Mobly diz que, até o momento, acionistas que representam, em conjunto, 40,6% do capital social da companhia "já indicaram à administração não ter interesse em alienar suas ações nos termos da proposta, caso ela venha a se tornar uma proposta vinculante e irrevogável."
Estes mesmos acionistas também manifestaram a sua intenção de votar contra a exclusão da cláusula de poison pill ("pílula de veneno", a qual obriga à realização de uma OPA quando um acionista atinge participação acionária relevante) do estatuto da companhia, a qual seria necessária para dar seguimento a oferta, segundo a própria família Dubrule.
"Desta forma, não seria possível à família Dubrule adquirir a participação mínima de 85 milhões de ações ordinárias de emissão da companhia (correspondente a 69,2% do capital total) indicada na proposta, mesmo se a OPA viesse a ser lançada, de modo que a proposta parece ser de plano inviável", diz o fato relevante da Mobly.
Leia Também
O preço ofertado pelos Dubrule pelas ações da Mobly (MBLY3)
Na carta enviada à Mobly, os Dubrule detalham a OPA pretendida, cujo edital deve ser divulgado em 45 dias. A oferta visa a adquirir no mínimo 85 milhões de ações da companhia, podendo chegar até 122.763.403 ações, o que corresponde, hoje, a 100% dos papéis emitidos pela empresa.
O preço a ser ofertado no âmbito da OPA será de R$ 0,68 por ação, o que hoje representa um desconto de cerca de 50% em relação ao preço de tela dos papéis MBLY3, que fecharam cotados a R$ 1,39 na última sexta-feira (28).
Isso significa que os Dubrule poderiam desembolsar no mínimo R$ 57,8 milhões, podendo chegar a R$ 83,5 milhões por 100% da Mobly, cuja capitalização de mercado é hoje de R$ 170,6 milhões.
Segundo a coluna Pipeline do Valor Econômico, que antecipou a notícia, o argumento dos Dubrule é de que a Mobly segue queimando caixa, não tem liquidez em bolsa para uma referência mais acurada de preço e, principalmente, não tem qualquer outra proposta ou caminho em vista para "resgatar" a companhia e torná-la rentável.
Além disso, segundo fontes ouvidas pelo jornal, a visão dos Dubrule é de que a Mobly precisará de uma capitalização em breve.
No fato relevante enviado hoje a CVM, a Mobly nota que o preço proposto de R$ 0,68 por ação é também 53% menor que o preço médio ponderado de negociação das ações dos últimos 30 pregões (R$ 1,44), além de representar um desconto de 82% sobre o valor patrimonial por ação em 30 de setembro de 2024 (R$ 3,87) e 83% sobre o valor patrimonial por ação em 30 de junho de 2024 (R$ 4,08), utilizado como parâmetro de preço de emissão no último aumento de capital da companhia.
O documento também diz que "diferentemente do noticiado sobre a proposta, a administração esclarece que não há planos para capitalização da companhia neste momento, e que a companhia segue focada na implementação da estratégia de negócios e na captura de sinergias decorrentes da aquisição do controle da Tok&Stok."
BRB contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance da PF, que investiga o Banco Master
Em comunicado, o banco reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado
O futuro da Petrobras (PETR4): Margem Equatorial, dividendos e um dilema bilionário
Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE e um dos maiores especialistas em energia do país, foi o convidado desta semana do Touros e Ursos para falar de Petrobras
ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?
A atualização recoloca o Google na disputa com o ChatGPT e o Llama, da Meta; veja o que muda e qual é a melhor IA para cada tipo de tarefa
Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) fecham parceria para o e-commerce; veja
Aliança cria uma nova frente no e-commerce e intensifica a competição com Mercado Livre e Casas Bahia
Governador do DF indica Celso Eloi para comandar o BRB; escolha ainda depende da Câmara Legislativa
A nomeação acontece após o afastamento judicial de Paulo Henrique Costa, em meio à operação da PF que mira irregularidades envolvendo o Banco Master
Ele foi o segundo maior banco privado do Brasil e seu jingle resistiu ao tempo, mas não acabou numa boa
Do auge ao colapso: o caso Bamerindus marcou o FGC por décadas como um dos maiores resgates do FGC da história — até o Banco Master
Cedae informa suspensão do pagamento do resgate de CDBs do Banco Master presentes na sua carteira de aplicações
Companhia de saneamento do Rio de Janeiro não informou montante aplicado nos papéis, mas tinha R$ 248 milhões em CDBs do Master ao final do primeiro semestre
A história do banco que patrocinou o boné azul de Ayrton Senna e protagonizou uma das maiores fraudes do mercado financeiro
Banco Nacional: a ascensão, a fraude contábil e a liquidação do banco que virou sinônimo de solidez nos anos 80 e que acabou exposto como protagonista de uma das maiores fraudes da história bancária do país
Oncoclínicas (ONCO3) confirma vencimento antecipado de R$ 433 milhões em CDBs do Banco Master
Ações caem forte no pregão desta terça após liquidação extrajudicial do banco, ao qual o caixa da empresa está exposto
Por que Vorcaro foi preso: PF investiga fraude de R$ 12 bilhões do Banco Master para tentar driblar o BC e emplacar venda ao BRB
De acordo com informações da Polícia Federal, o fundador do Master vendeu mais de R$ 12 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao BRB e entregou documentos falsos ao Banco Central para tentar justificar o negócio com o banco estatal de Brasília
Banco Central nomeia liquidante do Banco Master e bloqueia bens de executivos, inclusive do dono, Daniel Vorcaro
O BC também determinou a liquidação extrajudicial de outras empresas do grupo, como a corretora, o Letsbank e o Banco Master de Investimento
Cloudflare cai e arrasta X, ChatGPT e outros serviços nesta terça-feira (18)
Falha em um dos principais provedores de infraestrutura digital deixou diversos sites instáveis e fora do ar
Liquidado: de crescimento acelerado à crise e prisão do dono, relembre como o Banco Master chegou até aqui
A Polícia Federal prendeu o dono da empresa, Daniel Vorcaro, em operação para apurar suspeitas de crimes envolvendo a venda do banco para o BRB, Banco de Brasília.
BTG Pactual (BPAC11) quer transformar o Banco Pan (BPAN4) em sua subsidiária; confira proposta
Segundo fato relevante publicado, cada acionista do Pan receberá 0,2128 unit do BTG para cada ação, exceto o Banco Sistema, que já integra a estrutura de controle. A troca representa um prêmio de 30% sobre o preço das ações preferenciais do Pan no fechamento de 13 de outubro de 2025
Polícia Federal prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master; BC decreta liquidação extrajudicial da instituição
O Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Master, que vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses
Azzas 2154 (AZZA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam mais de R$ 300 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP)
Dona da Arezzo pagará R$ 180 milhões, e fabricante de ônibus, R$ 169 milhões, fora os JCP; veja quem tem direito aos proventos
XP (XPBR31) anuncia R$ 500 milhões em dividendos e recompra de até R$ 1 bilhão em ações após lucro recorde no 3T25
Companhia reportou lucro líquido de R$ 1,33 bilhão, avanço de 12% na comparação anual; veja os destaques do balanço
Banco do Brasil (BBAS3) lança cartão para a altíssima renda de olho nos milionários; veja os benefícios
O cartão BB Visa Altus Liv será exclusivo para clientes com mais de R$ 1 milhão investido, gastos médios acima de R$ 20 mil e/ou renda mínima de R$ 30 mil
A ação que pode virar ‘terror’ dos vendidos: veja o alerta do Itaú BBA sobre papel ‘odiado’ na B3
Apesar da pressão dos vendidos, o banco vê gatilhos de melhora para 2026 e 2027 e diz que shortear a ação agora pode ser um erro
JBS (JBSS32): BofA ‘perdoa’ motivo que fez mercado torcer o nariz para a empresa e eleva preço-alvo para as ações
Após balanço do terceiro trimestre e revisão do guidance, o BofA elevou o preço-alvo e manteve recomendação de compra para a JBS
