Corte de juros fica para depois: bancos adiam otimismo com a Selic, segundo pesquisa; saiba quando a redução deve vir
A maioria crê que a redução da taxa básica de juros deve acontecer por conta de horizonte de política monetária mais próximo da meta de inflação de 3%

O otimismo com a queda da Selic ficou para 2026. Cerca de 62% das instituições financeiras acreditam que o Banco Central (BC) começará a cortar a taxa básica de juros no primeiro trimestre do próximo ano, de acordo com pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
A maioria dos bancos crê que a redução da Selic acontecerá devido a um horizonte mais relevante na ótica de política monetária, quando estiver mais próxima da meta de inflação de 3% ao ano a partir de 2026.
Os dados são da Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Febraban, que ouviu 21 bancos entre os dias 25 e 30 de junho.
- VEJA MAIS: Já está no ar o evento “Onde investir no 2º semestre de 2025”, do Seu Dinheiro, com as melhores recomendações de ações, FIIs, BDRs, criptomoedas e renda fixa
A expectativa de mediana captada pela pesquisa projeta manutenção da taxa básica de juros em 15% ao ano até o fim de 2025, com uma redução de 0,25 p.p., para 14,75% ao ano, na primeira reunião de 2026.
O levantamento também revela que existe uma expectativa de que 19% dos bancos estejam no aguardo para que os cortes na Selic comecem já neste ano sob a justificativa de que a moderação na atividade econômica e na alta de preços permitirá este movimento.
Os demais 19% dos bancos participantes do levantamento vão na contramão dos que acreditam nos cortes no curto e médio prazo, colocando suas expectativas para início do arrefecimento da Selic somente a partir do segundo trimestre do próximo ano. A “aposta” seria devido à autarquia querer ancorar melhor as expectativas de inflação.
Leia Também
A última alta na Selic
Outro dado da pesquisa apontou que 76% dos bancos consideraram adequada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic a 15% ao ano na reunião de junho, enquanto 24% consideraram que a nova elevação pode ter sido desnecessária, dado que a política monetária já está "significativamente contracionista".
A maioria dos entrevistados (71%) espera que a inflação de 2025 fique entre 5,0% e 5,5%, e os demais veem níveis menores. Na pesquisa de maio, eram 77% os que esperavam inflação entre 5,0% e 5,5% no encerramento deste ano, e o restante previa alta de preços ainda maior.
Juros nos EUA
Já em relação à política monetária dos EUA, a pesquisa da Febraban mostra que um pouco mais da metade dos bancos (52%) acreditam que o Federal Reserve (Fed) deve realizar dois cortes de 0,25 p.p. ao longo deste ano. Isso se daria em resposta à deterioração da atividade e do mercado de trabalho, mesmo com a inflação acima da meta.
Para 38,1% das instituições entrevistadas, a autarquia norte-americana fará um corte só nos juros dos EUA, como resposta a uma desaceleração gradual da economia, apesar da inflação acima da meta.
- VEJA TAMBÉM: Quais são as melhores ações, fundos imobiliários, títulos de renda fixa, ativos internacionais e criptomoedas para o 2º semestre de 2025? Gigantes do mercado financeiro revelam suas apostas
Já os demais se dividem em dois grupos percentualmente iguais de 4,8% com visões muito diferentes sobre as próximas decisões do Fed.
O primeiro grupo acredita em até três cortes de 0,25 p.p., diante da perspectiva de uma deterioração intensa da atividade econômica. Agora, o segundo crê que o Fed deve manter os juros estáveis até o final do ano, devido ao efeito das tarifas de Donald Trump sobre a inflação dos EUA.
*Com informações do Estadão Conteúdo
O Brasil pode escapar dos impactos das tarifas de Trump: economista-chefe da ARX revela estratégias — e diz por que a retaliação não é uma delas
Segundo Gabriel Barros, Lula teria uma série de opções estratégicas para mitigar os efeitos negativos dessa medida sobre a economia; confira a visão do especialista
Tarifa de Trump sobre produtos do Brasil acirra guerra política: PT mira Eduardo Bolsonaro, e oposição culpa Lula e STF
Sobretaxa de 50% vira munição em Brasília; governo estuda retaliação e Eduardo, nos EUA, celebra medida como resposta ao ‘autoritarismo do STF’
Trump cortou as asinhas do Brasil? Os efeitos escondidos da tarifa de 50% chegam até as eleições de 2026
A taxação dos EUA não mexe apenas com o volume de exportações brasileiras, mas com o cenário macroeconômico e político do país
Dólar disparou, alerta de inflação acendeu: tarifa de Trump é cavalo de troia que Copom terá que enfrentar
Depois de meses de desvalorização frente ao real, o dólar voltou a subir diante dos novos riscos comerciais para o Brasil e tende a pressionar os preços novamente, revertendo o alívio anterior
Meta de inflação de 3% é plausível para o Brasil? Veja o que dizem economistas sobre os preços que não cedem no país
Com juros nas alturas e IPCA a 5,35%, o Banco Central se prepara para mais uma explicação oficial, sem a meta de 3% no horizonte próximo
Lotofácil, Quina e Dupla Sena dividem os holofotes com 8 novos milionários (e um quase)
Enquanto isso, começa a valer hoje o reajuste dos preços para as apostas na Lotofácil, na Quina, na Mega-Sena e em outras loterias da Caixa
De Lula aos representantes das indústrias: as reações à tarifa de 50% de Trump sobre o Brasil
O presidente brasileiro promete acionar a lei de reciprocidade brasileira para responder à taxa extra dos EUA, que deve entrar em vigor em 1 de agosto
Tarifa de 50% de Trump contra o Brasil vem aí, derruba a bolsa, faz juros dispararem e provoca reação do governo Lula
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5%, enquanto o dólar para agosto renovou máxima a R$ 5,603, subindo mais de 2%
Não adianta criticar os juros e pedir para BC ignorar a meta, diz Galípolo: “inflação ainda incomoda bastante”
O presidente do Banco Central participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e ressaltou que a inflação na meta é objetivo indiscutível
Lotofácil deixa duas pessoas mais próximas do primeiro milhão; Mega-Sena e Quina acumulam
Como hoje só é feriado no Estado de São Paulo, a Lotofácil, a Quina e outras loterias da Caixa terão novos sorteios hoje
Horário de verão pode voltar para evitar apagão; ONS explica o que deve acontecer agora
Déficit estrutural se aprofunda e governo pode decidir em agosto sobre retorno da medida extinta em 2019
Galípolo diz que dorme tranquilo com Selic em 15% e que o importante é perseguir a meta da inflação
Com os maiores juros desde 2026, Galípolo dispensa faixa e flores: “dificilmente vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025”
Investidores sacam R$ 38 bilhões de fundos no ano, e perdem a oportunidade de uma rentabilidade de até 35,8% em uma classe
Dados da Anbima mostram que a sangria dos multimercados continua, mas pelo menos a rentabilidade foi recuperada, superando o CDI com folga
Cury (CURY3): ações sobem na bolsa depois da prévia operacional do segundo trimestre; bancos dizem o que fazer com os papéis
Na visão do Itaú BBA, os resultados vieram neutros com algumas linhas do balanço vindo abaixo das expectativas. O BTG Pactual também não viu nada de muito extraordinário
Bolsa, dólar ou juros? A estratégia para vencer o CDI com os juros a 15% ao ano
No Touros e Ursos desta semana, Paula Moreno, sócia e co-CIO da Armor Capital, fala sobre a estratégia da casa para ter um retorno maior do que o do benchmark
Lotofácil inicia a semana com um novo milionário; Quina acumula e Mega-Sena corre hoje valendo uma fortuna
O ganhador ou a ganhadora do concurso 3436 da Lotofácil efetuou sua aposta em uma casa lotérica nos arredores de São Luís do Maranhão
Cruzar do Atlântico ao Pacífico de trem? Brasil e China dão primeiro passo para criar a ferrovia bioceânica; entenda o projeto
O projeto pretende unir as ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol) e Centro-Oeste (Fico) e a Ferrovia Norte-Sul (FNS) ao recém-inaugurado porto de Chancay, no Peru.
Primeira classe só para Haddad: Fazenda suspende gastos em 2025; confira a lista de cortes da pasta
A medida acontece em meio à dificuldade do governo de fechar as contas públicas dentro da meta fiscal estabelecida para o ano
Bolsa, bancos, Correios e INSS: o que abre e fecha no feriado de 9 de julho em São Paulo
A pausa pela Revolução Constitucionalista de 1932 não é geral; saiba como funciona a Faria Lima, os bancos e mais
Agenda econômica: IPCA, ata do Fed e as tarifas de Trump; confira o que deve mexer com os mercados nos próximos dias
Semana marcada pelo fim do prazo para as tarifas dos EUA em 9 de julho, divulgação das atas do Fed e do BoE, feriado em São Paulo e uma série de indicadores-chave para orientar os mercados no Brasil e no mundo