Por que a temporada de balanços do 3T25 não deve ser “grande coisa”, segundo estes gestores — e no que apostar
O Seu Dinheiro conversou com Roberto Chagas, head de renda variável do Santander Asset, e Marcelo Nantes, head de renda variável do ASA. Eles explicam porque a safra de resultados deve ser morna e quais são as empresas que devem se destacar — além de ações para ficar de olho
A temporada de balanços do terceiro trimestre está apenas começando, mas é melhor já não esperar grande coisa: a safra deve vir bem morna. Essa é a visão de dois gestores com quem o Seu Dinheiro conversou: Roberto Chagas, head de renda variável do Santander Asset, e Marcelo Nantes, head de renda variável do ASA — e ambos compartilham a mesma leitura.
“O primeiro trimestre foi muito bom, o segundo foi bom… mas para o terceiro nós já estamos mais cautelosos. Não vai ser nada excepcional”, afirma Nantes. Chagas também espera que os resultados venham mais fracos, mas nada catastrófico.
O principal motivo por trás dessas expectativas é a Selic. Segundo os gestores, a taxa de juros nos atuais 15% ao ano está afetando a economia como um todo, com sinais de desaceleração, e isso deve aparecer nos balanços das companhias neste terceiro trimestre.
“As empresas com quem conversamos ao longo do trimestre foram vocais em dizer que estão sentindo o impacto dos juros a 15%”, conta Nantes.
Além disso, Chagas também destaca que a base de comparação está forte. “O terceiro trimestre do ano passado foi incrível”.
No geral, a temporada do terceiro trimestre do ano passado mostrou com crescimento expressivo na lucratividade e geração de caixa entre as companhias locais.
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Os perdedores e vencedores na temporada de balanços
Para Nantes, as empresas cíclicas domésticas, mais expostas ao desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, devem apresentar resultados apenas razoáveis. Já as exportadoras também não devem ter um trimestre brilhante.
Segundo o gestor do ASA, os preços das commodities seguem em patamar baixo — com exceção do minério de ferro — e o dólar mais fraco tende a limitar o ganho dessas companhias.
Entre os potenciais destaques positivos, Nantes afirma que a gestora tem preferência por empresas domésticas menos sensíveis às oscilações do PIB. Ele destaca o setor de construção civil voltado à baixa renda como um dos favoritos, que segue crescendo mesmo em um cenário de juros altos, impulsionado pelo Minha Casa Minha Vida.
Nantes também destaca logística, rodovias e ferrovias como setores estratégicos nas carteiras da gestora. Segundo ele, o escoamento da safra agrícola brasileira, que deve ser novamente “espetacular”, deve sustentar uma demanda aquecida por transporte e logística, mesmo diante de uma economia com sinais de enfraquecimento.
“Essa safra precisa ser escoada, seja por rodovia ou ferrovia”, afirma o gestor, acrescentando que o segmento tende a manter bons resultados.
Chagas, por sua vez, conta que a gestora mantém uma postura otimista em relação a alguns setores específicos nesta temporada de balanços. Ele afirma que as principais posições estão concentradas em energia elétrica, bancos, seguradoras, shopping centers e companhias de saneamento.
As ações para ficar de olho
Pedimos aos dois para destacar duas ações para ficar de olho — não necessariamente só para a temporada de balanços do terceiro trimestre. E, apesar de todo esse cenário se desenhando de forma negativa para o varejo, uma ação do setor foi unanimidade: Vivara (VIVA3).
“A Vivara é um bom exemplo de empresa que a gente tem há bastante tempo e que continua nos agradando. Acreditamos que ela possui uma vantagem competitiva muito relevante”, afirma Chagas.
Segundo o gestor do Santander, o modelo verticalizado da companhia — com fábrica própria, onde manipula o ouro e a prata que compra — garante flexibilidade na produção e gestão de estoque. “Se uma coleção não der certo, ela não precisa vender a qualquer preço; pode levar de volta à fábrica e refazer a linha. Esse risco de coleção é muito menor”, explica.
Tem também o fato de que a empresa está mais exposta à população de classe mais alta, o que a torna mais resiliente em um cenário de desaceleração da economia.
Outro papel no qual os dois concordaram é Cyrela (CYRE3).
Isso porque a construtora, apesar de se encaixar no segmento de média renda, tem muita exposição às camadas mais populares. Além de controlar a Vivaz, uma marca exposta ao segmento econômico, ela ainda tem participações relevantes na Cury (CURY3) e na Plano&Plano (PLPL3), voltadas para a baixa renda.
Além disso, a Cyrela é uma das únicas (quiçá a única) que pode bancar os projetos.
"Como a taxa de juros está muito alta, as construtoras de médio porte, que atendem à faixa de renda mais alta, estão enfrentando dificuldades para conseguir crédito [para financiar as obras]. Os bancos estão sendo mais restritivos", afirma Nantes.
Ele observa que é assim que a Cyrela teve ganho market share nos últimos anos, por ter acesso a crédito e estar comprando os terrenos que as outras empresas não conseguem desenvolver por falta de financiamento. Chagas também cita as ações de Copel (CPLE6), Multiplan (MULT3) e Sabesp (SBSP3).
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