Copom sobe os juros a 15% ao ano; agora 3 bancões dizem quando a Selic deve começar a cair
Itaú, Goldman Sachs e BofA traçam cenários um pouco diferentes para o início do ciclo de cortes de juros no Brasil — mas paciência ainda é o nome do jogo
O Comitê de Política Monetária (Copom) surpreendeu uma parte do mercado ao elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano, no encontro desta quarta-feira (18). Outra parte já esperava o movimento.
Trata-se da maior taxa básica de juros desde julho de 2006 e, segundo o próprio Banco Central, o nível de juros deverá permanecer “significativamente contracionista por um período prolongado”.
Mas afinal, quando os juros devem começar a cair? Três grandes bancos nacionais e internacionais — Itaú (ITUB4), Goldman Sachs (GSGI34) e Bank of America (BOAC34) — divulgaram suas projeções e cenários depois da alta dos juros.
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E eles têm projeções diferentes em relação a quando a Selic vai começar a cair.
Enquanto o BofA projeta queda ainda em 2025, Itaú aposta apenas em 2026, e o Goldman Sachs enxerga uma possível janela no final de 2025, mas reforça que o Copom está disposto a esperar até o ano seguinte, se necessário.
A definição desse cronograma dependerá do comportamento da inflação, do câmbio, da atividade econômica e dos desdobramentos no cenário internacional.
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Além disso, o Itaú reforça em seu relatório que o racional da decisão do Copom de ontem será mais bem compreendido com a divulgação da ata da reunião na próxima terça-feira (24) e do Relatório Trimestral de Inflação na quinta-feira (26).
Itaú: corte da Selic somente em 2026
Para o Itaú , a taxa Selic deve permanecer nos atuais 15% até o início de 2026, quando o Banco Central teria espaço para iniciar um ciclo de afrouxamento monetário de 200 pontos-base.
A instituição lembra que, historicamente, o Copom leva de quatro a cinco reuniões após pausar um ciclo de alta antes de começar a reduzir os juros.
O banco ressalta, no entanto, que alguns fatores podem alterar esse cronograma. Uma valorização mais acentuada do câmbio poderia antecipar o início dos cortes, enquanto uma economia mais resiliente do que o esperado teria o efeito contrário, postergando a queda dos juros.
Goldman Sachs: possível janela no fim de 2025, mas Copom será paciente
O Goldman Sachs avalia que o Copom demonstrou forte compromisso com o controle da inflação ao elevar os juros e sinalizar que pretende manter a taxa em nível elevado por um período prolongado.
Para o banco, a possibilidade de retomada de altas adicionais é baixa, mas a janela para iniciar os cortes pode começar a se abrir já na reta final de 2025.
A casa pondera, no entanto, que o Banco Central aparenta estar disposto a manter a Selic elevada até, possivelmente, o primeiro semestre de 2026, caso o cenário inflacionário siga desafiador.
“O Copom parece pronto para ser muito paciente e manter a taxa resolutamente alta”, destaca o relatório.
Bank of America: primeira queda em dezembro
Entre os três, o Bank of America é o mais otimista. Para o banco, a decisão desta semana marca o fim do ciclo de aperto monetário iniciado em setembro do ano passado, e o Copom deve começar a cortar juros já em dezembro de 2025, com um corte de 0,50 ponto percentual.
O BofA projeta que a Selic encerre 2025 em 14,50% e chegue a 11,25% ao final de 2026.
A instituição avalia que a política monetária já está suficientemente apertada e que os dados econômicos não justificam novas altas.
“Nossas estimativas, com base na regra de Taylor [fórmula criada nos anos 90 que propõe o nível ideal da taxa de juros com base na inflação e na atividade econômica], sugerem que um ciclo gradual de cortes poderia começar no quarto trimestre de 2025 e se estender ao longo de 2026. Acreditamos que o Copom manterá a Selic no nível atual até dezembro, quando deve realizar um corte de 0,50 ponto percentual”, diz David Beker, chefe de economia para Brasil do banco.
Cenário desafiador mantém BC vigilante
Os três bancos destacam que o ambiente externo adverso e as incertezas fiscais domésticas seguem como obstáculos para o Banco Central aliviar a política monetária.
A alta recente dos preços do petróleo e os riscos geopolíticos no Oriente Médio também pressionam o cenário inflacionário e contribuem para a estratégia mais cautelosa da autoridade monetária. As projeções de inflação continuam acima da meta de 3% no horizonte relevante. Segundo o Goldman Sachs, a estimativa do BC para o IPCA de 2025 subiu para 4,9%, enquanto a de 2026 se manteve em 3,6%.
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