🔴VEM AÍ ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE – DE 1 A 4 DE JULHO – INSCREVA-SE GRATUITAMENTE

O ‘último almoço grátis’ dos fundos imobiliários: é melhor investir em FoFs ou Hedge Funds?

FoFs e Hedge Funds ganharam relevância no universo dos fundos imobiliários ao proporcionarem diversificação às carteiras

25 de maio de 2025
8:01 - atualizado às 17:30
FIIs; fundos imobiliários
Performance dos fundos imobiliários tem melhorado nos últimos meses. Imagem: iStock

Caro leitor, conhecida como o “último almoço grátis”, a diversificação é hoje um conceito bem estabelecido nas carteiras dos investidores comuns, inclusive na cesta de fundos imobiliários.

A possibilidade de aprimorar a relação risco-retorno da carteira por meio de uma combinação adequada de ativos e setores é bastante convidativa.

Com esse princípio em mente, os Fundos de Fundos (FoFs) e os fundos multiestratégia (hedge funds) ganharam relevância no universo dos FIIs na última década.

Os FoFs alocam majoritariamente em cotas de outros FIIs, promovendo diversificação entre segmentos como lajes corporativas, shopping centers e fundos de papel.

Já os Multiestratégias – apesar de algumas diferenças conceituais, essa categoria é frequentemente chamada de hedge fund no contexto da indústria de FIIs – combinam diferentes classes de ativos (imóveis físicos, CRIs, cotas de FIIs, ações e derivativos).

No último caso, essa liberdade na política de investimentos oferece aos gestores maior flexibilidade para alocar recursos conforme o cenário macroeconômico, buscando otimizar o portfólio do fundo.

Leia Também

Mais recentemente, elaboramos um estudo completo do setor na série Renda Imobiliária da Empiricus.

Realizamos uma análise quantitativa dos fundos e atualizamos a lista de recomendações.

Nesta coluna, trago uma prévia dos resultados, bem como uma das indicações da assinatura.

Como está o desempenho dos fundos imobiliários

De início, nota-se que a performance da categoria em Bolsa tem sido desfavorável nos últimos anos, com breve recuperação em 2025.

A variação das cotas em Bolsa é influenciada por diversos fatores, muitos dos quais não estão diretamente relacionados à capacidade do gestor. A liquidez, por exemplo, é um elemento determinante para a volatilidade dos FIIs.

Por isso, para uma avaliação mais precisa da gestão, é fundamental aprofundar a análise das carteiras dos fundos ao longo dos últimos anos, por meio da cota patrimonial.

Em suma, o valor patrimonial dos FoFs é calculado com base no valor de mercado dos FIIs presentes em seus respectivos portfólios.

Essa abordagem também pode ser aplicada aos fundos multiestratégia/hedge funds, mas com algumas ressalvas.

O fenômeno conhecido como price stickiness refere-se à rigidez ou lentidão na atualização dos preços de certos ativos ilíquidos ou de difícil precificação, o que pode fazer com que o valor patrimonial do fundo não reflita com precisão o valor de mercado da carteira em determinados períodos.

Nos últimos 60 meses, a média dos fundos apresentou retorno de 4,9% ao ano, considerando a variação da cota patrimonial e os proventos distribuídos. O montante ficou abaixo do benchmark (Ifix) em aproximadamente 1 ponto porcentual.

Na janela de três anos, observa-se uma geração de alpha mais consistente, com 46% dos fundos da seleção superando o IFIX. Já na janela dos últimos 12 meses, observamos as melhores performances, com 71% dos fundos superando o IFIX.

Por fim, realizamos a divisão entre as cestas de FoFs e Hedge Funds nos últimos três anos, período no qual a segunda classe realmente começou a ganhar tração. Nota-se a performance superior dos fundos multiestratégia em todas as janelas. 

Devido ao curto período de análise, é praticamente impossível determinar se o resultado observado será permanente.

Ainda assim, estimamos alguns fatores que podem justificar essa distorção:

  • Impacto negativo da dupla camada de taxas nos FoFs;
  • Benefício de uma prateleira de investimentos mais ampla nos fundos Multiestratégia;
  • Por serem mais antigos, muitos FoFs carregam portfólios com teses menos aderentes ao cenário atual. O oposto ocorre com os Hedge Funds, que puderam estruturar suas alocações em um contexto mais favorável;
  • Efeito do price stickiness nas carteiras dos Multiestratégia, promovendo maior estabilidade na cota em momentos de volatilidade.

Vale reforçar que retorno passado não é garantia de performance futura, especialmente quando se trata de uma janela de avaliação restrita.

Ainda que existam limitações, isso não significa que os FoFs sejam alternativas ruins de investimento.

Leia também

Vale a pena investir nesses fundos imobiliários?

No aspecto de valorização, ainda vemos um desconto relevante nos preços de mercado da categoria, o que, em um cenário otimista para os FIIs, pode representar oportunidades de ganho de capital tanto nos FoFs quanto nos Hedge Funds.

O desconto P/VP médio da categoria está próximo de 12%, sem considerar a camada adicional dos fundos investidos.

Além disso, a receita recorrente dos fundos ainda promove a possibilidade de um dividend yield elevado, na casa de 12,3%. Por isso, sigo monitorando o setor de perto, com visão interessante para o longo prazo.

Em relação aos riscos, a categoria ainda apresenta limitações no âmbito da gestão, mesmo entre os fundos tradicionais, especialmente pela dependência estrutural de distribuição de dividendos e pelo risco potencial de conflitos de interesse. 

Os últimos anos têm mostrado sinais claros de favorecimento aos Hedge Funds, que se beneficiaram de estratégias mais sofisticadas e de maior flexibilidade de alocação — fator que, em nossa visão, teve impacto direto na performance recente.

Neste caso, a presença de ativos diretos e de maior complexidade exige equipes mais robustas e especializadas, o que eleva a responsabilidade na escolha e acompanhamento desses veículos.

DINHEIRO NA CONTA sem IMPOSTO? SAIBA onde estão as OPORTUNIDADES em FUNDOS IMOBILIÁRIOS

RBRF11: um dos destaques da seleção

Nascido em 2017, o RBR Alpha Multiestratégia Real Estate FII é um fundo de investimento imobiliário gerido pela RBR Gestão de Recursos.

O fundo tem por objetivo a obtenção de renda ou ganho de capital mediante a aplicação de recursos em cotas de outros FIIs, Certificados de Recebíveis Imobiliários e outros ativos imobiliários líquidos.

O portfólio do RBRF11 está com cerca de 67,8% alocado em cotas de FIIs com estratégias de tijolo, 12,2% em cotas de FIIs de crédito ou multiestratégia, 12,3% em CRIs e 7,6% em caixa. 

Fonte: RBR Asset

Vale citar que o fundo que o regulamento do fundo não permite o investimento direto em ativos direto, deste modo, cerca de 40% dos fundos investidos são veículos que dão acesso a ativos “off market”, com foco em ativos exclusivos e/ou estratégias específicas da RBR.

Neste caso, há duplicidade de custos nas estratégias investidas com gestão RBR, com exceção daquelas com mais de um terço do patrimônio detido pelo RBRF11.

Entre as últimas movimentações, o fundo vem aumentando sua exposição no mercado de crédito imobiliário, alocando R$ 51 milhões em CRIs com taxa média de IPCA + 9% ao ano. Foram inseridas cinco diferentes operações, com exposição ao mercado residencial e carteiras pulverizadas.

Nos ativos “off market”, o investimento em shoppings segue como mais representativo, tendo em vista a posição no Plaza Sul Shopping (via FII RBR Malls) e no Shopping Eldorado (via FII Eldorado).

Além disso, há uma exposição relevante no FII Global Apartamentos. Trata-se de uma estratégia da RBR que consiste em três ativos residenciais com foco no modelo de locação “short-stay”, modalidade de aluguel que permite a locação por períodos curtos.

Apesar da recuperação recente, o fundo segue com desconto P/VP elevado (-17%) e inferior à média histórica.

Para a distribuição de rendimentos, a gestora estima um guidance de dividendos mensal entre R$ 0,06 e R$ 0,07 por cota no primeiro semestre, sendo que o último rendimento promoveu um dividend yield anualizado de 10,2%.

Um abraço,

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tambores da guerra: Ibovespa volta do feriado repercutindo alta dos juros e temores de que Trump ordene ataques ao Irã

20 de junho de 2025 - 8:23

Enquanto Trump avalia a possibilidade de envolver diretamente os EUA na guerra, investidores reagem à alta da taxa de juros a 15% ao ano no Brasil

SEXTOU COM O RUY

Conflito entre Israel e Irã abre oportunidade para mais dividendos da Petrobras (PETR4) — e ainda dá tempo de pegar carona nos ganhos

20 de junho de 2025 - 6:03

É claro que a alta do petróleo é positiva para a Petrobras, afinal isso implica em aumento das receitas. Mas há um outro detalhe ainda mais importante nesse movimento recente. 

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não foi por falta de aviso: Copom encontra um sótão para subir os juros, mas repercussão no Ibovespa fica para amanhã

19 de junho de 2025 - 9:29

Investidores terão um dia inteiro para digerir as decisões de juros da Super Quarta devido a feriados que mantêm as bolsas fechadas no Brasil e nos Estados Unidos

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: São tudo pequenas coisas de 25 bps, e tudo deve passar

18 de junho de 2025 - 14:40

Vimos um build up da Selic terminal para 15,00%, de modo que a aposta em manutenção na reunião de hoje virou zebra (!). E aí, qual é a Selic de equilíbrio para o contexto atual? E qual deveria ser?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Olhando para cima: Ibovespa busca recuperação, mas Trump e Super Quarta limitam o fôlego

18 de junho de 2025 - 8:22

Enquanto Copom e Fed preparam nova decisão de juros, Trump cogita envolver os EUA diretamente na guerra

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do alçapão ao sótão: Ibovespa repercute andamento da guerra aérea entre Israel e Irã e disputa sobre o IOF

17 de junho de 2025 - 8:24

Um dia depois de subir 1,49%, Ibovespa se prepara para queimar a gordura depois de Trump abandonar antecipadamente o G-7

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Acima do teto tem um sótão? Copom chega para mais uma Super Quarta mirando fim do ciclo de alta dos juros

17 de junho de 2025 - 6:45

Maioria dos participantes do mercado financeiro espera uma alta residual da taxa de juros pelo Copom na quarta-feira, mas início de cortes pode vir antes do que se imagina

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O fim do Dollar Smile?

16 de junho de 2025 - 20:00

Agora o ouro, e não mais o dólar ou os Treasuries, representa o ativo livre de risco no imaginário das pessoas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

17 X 0 na bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje, com disputa entre Israel e Irã no radar

16 de junho de 2025 - 8:18

Desdobramentos do conflito que começou na sexta-feira (13) segue ditando o humor dos mercados, em semana de Super Quarta

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Sexta-feira, 13: Israel ataca Irã e, no Brasil, mercado digere o pacote do governo federal

13 de junho de 2025 - 8:16

Mercados globais operam em queda, com ouro e petróleo em alta com aumento da aversão ao risco

SEXTOU COM O RUY

Labubu x Vale (VALE3): quem sai de moda primeiro?

13 de junho de 2025 - 7:11

Se fosse para colocar o meu suado dinheirinho na fabricante do Labubu ou na mineradora, escolho aquela cujas ações, no longo prazo, acompanham o fundamento da empresa

Insights Assimétricos

Novo pacote, velhos vícios: arrecadar, arrecadar, arrecadar

13 de junho de 2025 - 6:03

O episódio do IOF não é a raiz do problema, mas apenas mais uma manifestação dos sintomas de uma doença crônica

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bradesco acerta na hora de virar o disco, governo insiste no aumento de impostos e o que mais embala o ritmo dos mercados hoje

12 de junho de 2025 - 8:19

Investidores avaliam as medidas econômicas publicadas pelo governo na noite de quarta e aguardam detalhes do acordo entre EUA e China

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Mais uma anomalia para chamar de sua

11 de junho de 2025 - 20:37

Eu sou um stock picker por natureza, mas nem precisaremos mergulhar tanto assim no intrínseco da Bolsa para encontrar oportunidade; basta apenas escapar de tudo o que é irritantemente óbvio

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Construtoras avançam com nova faixa do Minha Casa, e guerra comercial entre China e EUA esfria

11 de junho de 2025 - 8:20

Seu Dinheiro entrevistou o CEO da Direcional (DIRR3), que falou sobre os planos da empresa; e mercados globais aguardam detalhes do acordo entre as duas maiores potências

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Pesou o clima: medidas que substituem alta do IOF serão apresentadas a Lula nesta terça (10); mercados repercutem IPCA e negociação EUA-China

10 de junho de 2025 - 8:40

Entre as propostas do governo figuram o fim da isenção de IR dos investimentos incentivados, a unificação das alíquotas de tributação de aplicações financeiras e a elevação do imposto sobre JCP

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho serve

9 de junho de 2025 - 20:00

O anúncio do pacote alternativo ao IOF é mais um reforço à máxima de que somos o país que não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade. Insistimos num ajuste fiscal centrado na receita, sem anúncios de corte de gastos.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Celebrando a colheita do milho nas festas juninas e na SLC Agrícola, e o que esperar dos mercados hoje

9 de junho de 2025 - 8:19

No cenário global, investidores aguardam as negociações entre EUA e China; por aqui, estão de olho no pacote alternativo ao aumento do IOF

VISÃO 360

Azul (AZUL4) no vermelho: por que o negócio da aérea não deu samba?

8 de junho de 2025 - 8:00

A Azul executou seu plano com excelência. Alcançou 150 destinos no Brasil e opera sozinha em 80% das rotas. Conseguiu entrar em Congonhas. Chegou até a cair nas graças da Faria Lima por um tempo. Mesmo assim, não escapou da crise financeira.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A seleção com Ancelotti, e uma empresa em baixa para ficar de olho na bolsa; veja também o que esperar para os mercados hoje

6 de junho de 2025 - 8:20

Assim como a seleção brasileira, a Gerdau não passa pela sua melhor fase, mas sua ação pode trazer um bom retorno, destaca o colunista Ruy Hungria

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar