Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump

Os programadores da rádio que escuto pelas manhãs capricharam hoje.
O melhor esconderijo, a maior escuridão
Já não servem de abrigo
Já não dão proteção…
Os versos de Humberto Gessinger coincidiram com o momento em que coloquei os fones no ouvido e comecei a trabalhar.
Aleatório, com certeza. “Alívio Imediato” já soma 36 anos desde seu lançamento, mas parece ter sido gravada ontem.
Um dos fatos que a mantém tão atual é a disposição do presidente Donald Trump para implodir o que resta de uma ordem mundial cambaleante.
Leia Também
O presidente dos EUA já conseguiu provocar mais confusão geopolítica em pouco mais de dois meses do que em todo o seu primeiro mandato. E olha que foram quatro anos turbulentos aqueles.
Trump fala até em buscar um terceiro mandato, algo que a constituição norte-americana proíbe.
O que causa mais apreensão no momento é o “Dia D” de Donald Trump. Ele promete impor, a partir de amanhã, as chamadas “tarifas recíprocas”. Quer punir até os países com os quais os EUA têm superávit comercial há anos, como é o caso do Brasil.
No entanto, o inquilino da Casa Branca mantém o suspense até o último instante. Ninguém sabe direito o que virá. Talvez nem ele.
Na segunda-feira, em meio a tamanha falta de clareza, o Ibovespa fechou em queda de 1,25%. Ainda assim, o principal índice de ações da bolsa brasileira chegou ao fim de março em alta de 6,08%.
Trata-se de um excelente rendimento, de fato. Ainda mais em tempos como os atuais. Mas quem brilhou mesmo — reluziu, na verdade — foi o ouro.
É no metal precioso que os investidores vêm encontrando verdadeiro abrigo nos últimos meses. Ontem, o ouro encerrou o dia em US$ 3.123,98. É o maior nível de fechamento da história.
Em março, o metal acumulou alta de 6,54%. Liderou o ranking dos melhores investimentos do mês que acaba de terminar.
O ranking completo você confere no trabalho da Monique Lima.
Hoje, as bolsas internacionais ensaiam uma recuperação em meio a dados de atividade e emprego nas economias desenvolvidas. Mas Trump pode mudar isso a qualquer momento.
O que você precisa saber hoje
LUCRO ACIMA DA SELIC A 14,25%
POWERED BY EQI
Um título encontrado pela EQI Investimentos pode pagar até 17,15% ao ano sem IR. Com o ciclo de alta da Selic, investimentos atrelados à taxa básica tendem a pagar rendimentos mais atrativos.
DIÁRIO DOS 100 DIAS
O copo meio cheio de Haddad na guerra comercial de Trump. O ministro da Fazenda comentou sobre tarifas contra o Brasil horas antes de a guerra comercial do republicano pegar fogo.
VAI SUBIR NO TELHADO?
Banco Master: por que a aquisição pelo BRB é tão polêmica? Entenda por que a transação ganhou holofotes em toda a Faria Lima. A compra é vista como arriscada e deve ser barrada pelo Banco Central, dado o risco em relação aos “ativos problemáticos” do Banco Master.
EM BUSCA DE PROTEÇÃO
Casas Bahia (BHIA3) quer pílula de veneno para bloquear ofertas hostis de tomada de controle; ação quadruplica de valor em março. A varejista propôs uma alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill dias após Rafael Ferri atingir uma participação de cerca de 5%.
GOVERNANÇA
Tanure vai virar o alto escalão do Pão de Açúcar de ponta cabeça? Trustee propõe mudanças no conselho; ações PCAR3 disparam na B3. A gestora quer mudar a administração em busca de uma “maior eficiência e redução de custos” — a começar pela destituição dos atuais conselheiros.
LUCRAR MAIS COM MENOS RISCO?
Itaú BBA revela as ações com baixa volatilidade que superam o retorno do Ibovespa — e indica seis papéis favoritos. O levantamento revelou que, durante 13 anos, as carteiras que incluíam ações com baixa volatilidade superaram a rentabilidade do principal índice da bolsa brasileira.
IR 2025
Declaração pré-preenchida do IR 2025 e novo serviço Meu Imposto de Renda (MIR) são liberados nesta terça (1). Embora o prazo de entrega da declaração de imposto de renda 2025 tenha começado em 17 de março, atrasos internos da Receita Federal levaram ao adiamento da liberação dos dois serviços para abril.
DESTAQUES DA BOLSA
Mais valor ao acionista: Oncoclínicas (ONCO3) dispara quase 20% na B3 em meio a recompra de ações. O programa de aquisição de papéis ONCO3 foi anunciado dias após um balanço aquém das expectativas no quarto trimestre de 2024.
BULL & BRISKET MARKET
Trump Media estreia na NYSE Texas, mas nova bolsa ainda deve enfrentar desafios para se consolidar no estado. Analistas da Bloomberg veem o movimento da empresa de mídia de Donald Trump mais como simbólico do que prático, já que ela vai seguir com sua listagem primária na Nasdaq.
MADE IN AMERICA
Família Trump entra no setor de mineração de bitcoin — American Bitcoin mira o topo da indústria. Donald Trump Jr. e Eric Trump ingressaram no setor de mineração de bitcoin e, em parceria com a Bitcoin Hut 8, buscam construir a maior empresa do ramo.
NO BANCO DOS RESERVAS
Ainda dá para ganhar com as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11)? Não o suficiente para animar o JP Morgan. O banco norte-americano rebaixou a recomendação para os papéis BBAS3 e BPAC11, de “outperform” (equivalente à compra) para a atual classificação neutra.
EFEITO DEPSEEK
Se cuida, ChatGPT: Microsoft quer menos dependência da OpenAI — e já tem solução para isso, que BTG vê com bons olhos. À medida que o Deepseek levanta questionamentos sobre a tese de Inteligência artificial nos EUA, a Microsoft aumenta a aposta em seu próprio modelo de linguagem.
BOM OU RUIM?
Como fica a garantia de R$ 250 mil dos CDBs de Banco Master e Will Bank caso a aquisição do grupo pelo BRB saia do papel? Papéis passariam para o guarda-chuva do BRB caso compra do Banco Master pela instituição brasiliense seja aprovada.
O MUNDO DOS RELÓGIOS
Watches and Wonders 2025: o que esperar da Rolex, Cartier e outras gigantes, no evento mais importante da relojoaria mundial. Feira acontece na Suíça, com participação das marcas mais importantes do mundo na indústria relojoeira.
PROGRAME-SE
10 estreias de abril no cinema e no streaming: The Last of Us, Black Mirror e mais. Do retorno de “Cidade dos Sonhos” aos cinemas à nova temporada de “The Last of Us”, reunimos os lançamentos de filmes e séries mais aguardados do mês.
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA
O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje
No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed
O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso
Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda
Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard
O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução
Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)
No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas
Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?
Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores
A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)
Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos
Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento
Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar
As críticas a uma Petrobras ‘do poço ao posto’ e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (2)
No Brasil, investidores repercutem a aprovação do projeto de isenção do IR e o IPC-Fipe de setembro; no exterior, shutdown nos EUA e dados do emprego na zona do euro
Rodolfo Amstalden: Bolhas de pus, bolhas de sabão e outras hipóteses
Ainda que uma bolha de preços no setor de inteligência artificial pareça improvável, uma bolha de lucros continua sendo possível
Um ano de corrida eleitoral e como isso afeta a bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta quarta-feira (1)
Primeiro dia de outubro tem shutdown nos EUA, feriadão na China e reunião da Opep
Tão longe, tão perto: as eleições de 2026 e o caos fiscal logo ali, e o que mexe com os mercados nesta terça-feira (30)
Por aqui, mercado aguarda balança orçamentária e desemprego do IBGE; nos EUA, todos de olho nos riscos de uma paralisação do governo e no relatório Jolts
Eleições de 2026 e o nó fiscal: sem oposição organizada, Brasil enfrenta o risco de um orçamento engessado
A frente fiscal permanece como vetor central de risco, mas, no final, 2026 estará dominado pela lógica das urnas, deixando qualquer ajuste estrutural para 2027
Tony Volpon: O Fed e as duas economias americanas
Um ressurgimento de pressões inflacionárias ou uma fraqueza inesperada no mercado de trabalho dos EUA podem levar a autarquia norte-americana a abortar ou acelerar o ciclo de queda de juros
B3 deitada em berço esplêndido — mas não eternamente — e o que mexe com os mercados neste segunda-feira (29)
Por aqui, investidores aguardam IGP-M e Caged de agosto; nos EUA, Donald Trump negocia para evitar paralisação do governo
Pequenas notáveis, saudade do que não vivemos e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (26)
EUA aguardam divulgação do índice de inflação preferido do Fed, enquanto Trump volta a anunciar mais tarifas