A debandada da bolsa, pessimismo global e tarifas de Trump: veja o que move os mercados hoje
Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3; veja o que está por trás desse movimento e o que mais pode afetar o seu bolso
Em 1867, a família real brasileira esteve na inauguração do Dique do Comércio na Ilha de Mocanguê, Niterói (RJ). Há quase 160 anos, no dia 25 de novembro, o Imperador Pedro II, a Imperatriz Teresa Cristina e a Princesa Isabel estiveram no evento promovido pela empresa que, mais tarde, viria a ser conhecida como Wilson Sons.
Mais do que uma anedota, esse acontecimento marcou um ponto importante para a companhia de logística portuária e marítima. Mais antiga que a própria república, é uma das empresas mais longevas do país.
No entanto, a companhia, que chegou à bolsa de valores brasileira em 2007, disse adeus ao mercado de capitais. Ela foi adquirida pela gigante global MSC, que fez uma OPAs (Ofertas Públicas de Aquisição) para comprar todas as ações restantes nas mãos de investidores e fechar capital.
Ela não é a única: nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3. Só neste ano, foram pelo menos nove OPAs: Zamp, Santos Brasil, Eletromidia, Kora Saúde, Carrefour, JBS, Clearsale, Serena Energia e Wilson Sons.
O que está acontecendo com o mercado? E, mais importante, quando esse movimento vai acabar?
Eu conversei com especialistas e gestores para entender o que está por trás da saída de empresas da B3 e da onda de fechamentos de capital. Veja nesta matéria aqui.
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Hoje, o dia não deve trazer grandes alívios. Isso porque ontem Wall Street viveu um dia cheio de emoções. Se no início estava em alta com o resultado robusto da Nvidia (NVDC34), o movimento virou durante o dia, com o relatório de emprego dos EUA.
Divulgado com um mês de atraso graças à paralisação (shutdown) do governo norte-americano, o documento mostrou um mercado de trabalho aquecido, com número de criação de vagas muito acima do esperado. Isso diminuiu a possibilidade de um novo corte de juros do Fed, o banco central norte-americano, em dezembro.
Refletindo esse pessimismo, as bolsas asiáticas fecharam o dia em queda. O índice futuro de Wall Street também está no negativo.
O índice VIX, conhecido como "Índice do Medo", ou da volatilidade, amanhece o dia em alta nos Estados Unidos. Na Europa, os principais índices também estão no vermelho.
Por aqui, os investidores também devem refletir a nova lista de produtos isentos do tarifaço dos Estados Unidos. Ontem, o presidente Donald Trump divulgou uma nova leva de exceções à tarifa de 40%, que inclui café, carne, frutas, açaí, cacau e outros produtos.
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