S&P 500 e Nasdaq renovam máximas históricas, mas um dado impede a bolsa de Nova York de disparar; Ibovespa e dólar caem
No mercado de câmbio, o dólar à vista continuou operando em queda e renovando mínimas depois de se manter no zero a zero na manhã desta quarta-feira (2)

O S&P 500 voltou a renovar máxima no fechamento nesta quarta-feira (2) na esteira do acordo entre os EUA e o Vietnã — mas um dado impediu que a bolsa de Nova York deslanchasse de vez. Por aqui, o Ibovespa perdeu fôlego e o dólar também seguiu em queda.
Assim que o presidente norte-americano, Donald Trump, publicou no Truth Social sobre o acordo entre os EUA e o Vietnã, que inclui uma tarifa de 20% sobre as importações do país asiático, o S&P 500 disparou. As ações da Nike, que fabrica aproximadamente metade de seus calçados no Vietnã e na China, também subiram (+3%) após o anúncio.
Mas a bolsa de Nova York não conseguiu deslanchar após o último relatório da ADP mostrar que o setor privado perdeu 33.000 empregos no mês passado. Esse é o primeiro declínio mensal do dado desde março de 2023. Economistas consultados pela Dow Jones esperavam um crescimento de 100.000 vagas.
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Com isso, o Dow Jones caiu 0,02%, aos 44.484,42 pontos; o S&P 500 subiu 0,47%, aos 6.227,42 pontos — nova máxima —; e o Nasdaq teve alta de 0,94%, aos 20.393,13 pontos, também um novo recorde.
Embora o ADP não possa ser considerado um termômetro para o payroll, o principal relatório de emprego dos EUA, o fechamento de postos de trabalho acende a luz amarela para os investidores que esperam que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) corte os juros no curto prazo. Atualmente, a taxa referencial está na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano.
Elior Manier, analista de mercado do Oanda Group, explica que o ADP mede o emprego privado em empresas nos EUA, abrangendo cerca de 30 milhões de norte-americanos, o que representa pouco menos de 10% da população do país, por isso, a correlação com o payroll não é significativa.
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“No entanto, será interessante ver nos próximos meses como as políticas de Trump influenciam a diferença no emprego público e privado nos EUA, se há disparidades e quanta diferença na economia essa potencial disparidade gera”, afirmou Manier.
O acordo entre EUA e Vietnã
Trump publicou nesta quarta-feira (2) um novo acordo comercial com o Vietnã que prevê tarifas de 20% sobre todos os produtos vietnamitas exportados aos EUA e de 40% sobre reexportações do país.
Em contrapartida, segundo ele, o Vietnã abriria integralmente seu mercado para produtos norte-americanos, com isenção total de tarifas.
"Os termos são os seguintes: o Vietnã pagará aos EUA uma tarifa de 20% sobre todos os bens enviados ao nosso território, e uma tarifa de 40% sobre qualquer reexportação (transshipping)", escreveu Trump na rede Truth Social.
"Em troca, o Vietnã fará algo que nunca fez antes: concederá aos EUA acesso total ao seu mercado para fins comerciais", acrescentou.
Segundo Trump, "eles vão ‘abrir seu mercado aos EUA’, o que significa que poderemos vender nossos produtos no Vietnã com tarifa zero".
O republicano também aproveitou para promover a indústria automobilística norte-americana. "Na minha opinião, o SUV, ou, como às vezes é chamado, veículo de motor grande, que faz tanto sucesso nos EUA, será uma adição maravilhosa às diversas linhas de produtos disponíveis no Vietnã", escreveu.
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Ibovespa não acompanha ganhos do exterior
O Ibovespa não acompanhou os ganhos do S&P 500 e do Nasdaq e fechou em queda. As perdas do principal índice da bolsa brasileira só não são maiores porque a valorização das commodities ajudou na manutenção dos 139 mil pontos.
O petróleo subiu cerca de 3% no mercado externo, enquanto o minério de ferro avançou 1,69% hoje em Dalian, China, impulsionando os papéis do setor.
Com isso, a Vale (VALE3) registrou ganhos de 3,54% e Petrobras (PETR4), de 1,84%. Já Ibovespa fechou em baixa de 0,36%, aos 139.050,93 pontos.
A desvalorização do Ibovespa foi puxada por ações mais sensíveis ao ciclo econômico, bem como as de bancos, e em meio a incertezas fiscais no Brasil. O reposicionamento de carteiras, que acontece no início do mês e do semestre, também pesa no desempenho do índice.
No mercado de câmbio, o dólar à vista seguiu operando em baixa e renovou mínima no início da tarde (R$ 5,4162). A moeda norte-americana fechou o dia com queda de 0,75%, a R$ 5,4202.
Segundo analistas, as perdas do dólar refletiram o possível ingresso de fluxo comercial em meio à alta do petróleo, do minério de ferro e do cobre, após atravessar a manhã praticamente acomodado ao redor dos R$ 5,46 no mercado à vista.
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Bolsa na Europa sobe, mas Londres está no olho do furacão
Na Europa, a bolsa fechou em alta hoje, em uma sessão marcada por avanços no setores de mineração e bancário — a exceção foi Londres.
Apesar dos fortes ganhos das mineradoras, o principal índice acionário da bolsa britânica recuou em meio a crise política em virtude do orçamento que vem pressionando o governo do primeiro-ministro Keir Starmer e ameaça o cargo da secretária do Tesouro, Rachel Reeves.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,18%, a 541,21 pontos. Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,12%, a 8.774,69 pontos. Em Frankfurt, o DAX subiu 0,49%, a 23.790,11 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançou 0,99%, a 7.738,42 pontos.
Em Londres, Starmer venceu uma votação no parlamento sobre seus planos de reduzir os gastos com bem-estar social, mas apenas após diluir as medidas para acalmar a oposição dentro de seu próprio partido.
O projeto de lei passou após o governo suavizar e adiar cortes nos benefícios para pessoas com deficiência. Mesmo assim, 49 parlamentares trabalhistas votaram contra, o que representa um golpe para a autoridade de Starmer.
A reversão é a terceira em poucas semanas que o governo mudou de curso sob pressão. Apesar de uma série de especulações, Reeves não ofereceu sua renúncia e "não vai a lugar nenhum", afirmou um porta-voz de Downing Street à Sky News.
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