Por que Citi, Goldman Sachs e Itaú BBA recomendam a compra de Localiza (RENT3) mesmo com cenário ruim para a empresa
Ação da locadora de carros tem pontos favoráveis, mas investimento em RENT3 demanda cautela
Os “ventos” do cenário macroeconômico não sopram a favor da Localiza (RENT3). Ainda assim, a ação da locadora de carros é recomendada por três instituições diferentes: Citi, Goldman Sachs e Itaú BBA.
No caso do Citi, o banco gringo cortou o preço-alvo de R$ 44 para R$ 37, mas manteve a recomendação de compra.
“A avaliação da Localiza parece muito atrativa, mas a oportunidade de compra não é tão óbvia”, ponderam.
Na avaliação do analista Filipe Nielsen e equipe, embora as expectativas do Citi para uma economia resiliente permaneçam sustentando bons resultados operacionais à frente, o risco de uma desaceleração econômica pode desestabilizar dois pilares da estratégia da Localiza: aumentos de tarifas e operações saudáveis da divisão Seminovos.
“Concordamos que ambos os fatores estão significativamente expostos às tendências macroeconômicas, mas mesmo em um cenário pessimista, o mercado parece estar perpetuando condições negativas que penalizam excessivamente as ações”, afirmam.
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No entanto, mesmo incorporando taxas de juros mais altas, o Citi defende que a empresa parece estar preparada para superar seus concorrentes e sair forte do momento de turbulência.
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O que esperar dos números da Localiza?
O Goldman Sachs atualizou suas estimativas para a Localiza incorporando uma desaceleração no ritmo de vendas de carros novos no Brasil em 2025, o que pode sugerir que a deterioração do ambiente macroeconômico está começando a atingir o setor.
Os analistas Bruno Amorim e João Frizo, que assinam o relatório, descrevem esse agravamento do macro como um impulso para uma depreciação mais alta, em torno do limite superior das projeções para o quarto trimestre de 2024 e margens de vendas de carros usados mais baixas.
Os analistas ajustaram os volumes e preços no lado de locação da Localiza, com preços mais altos, para compensar taxas de depreciação mais altas, e menor quantidade de veículos, com crescimento de um dígito baixo em 2025, devido à necessidade de aumentar os preços.
O Goldman Sachs reduziu em 11% a previsão de lucro líquido para 2025, para R$ 3,4 bilhões, o que representa um preço/lucro implícito de 9,5 vezes.
O banco permanece com classificação de compra para Localiza. O preço-alvo é de R$ 41,60.
“Em 2025, a empresa provavelmente ainda estará aumentando os preços acima da inflação, impulsionando assim um crescimento mais lento para garantir spreads de ROIC (retorno sobre o capital investido) mais altos em um contexto de aumento das taxas de juros”, ponderam.
O principal risco, na visão dos analistas, continua sendo a perspectiva de preços e liquidez no mercado de carros novos/usados à luz do atual ambiente macro desafiador.
Itaú BBA indica compra de RENT3, mas tem outras ‘top picks’
O Itaú BBA analisou as ações da Localiza pela óptica do câmbio, avaliando de que maneira a recente desvalorização do real pode impactar as operações da empresa.
Para Daniel Gasparete e equipe, diferente do observado entre 2014 e 2016, quando o dólar valorizou cerca de 50% e impulsionou os preços dos carros novos, o efeito mitigador pode ser menos significativo agora por conta de cinco razões:
- Deterioração da acessibilidade do consumidor devido aos preços mais altos dos carros novos;
- Mercado de seminovos com até três anos de uso recuou cerca de 40%, enquanto Localiza cresceu 3 vezes;
- Competição entre OEMs (empresas que fabricam veículos e seus componentes) aumentou, como é o caso da BYD, enquanto a urgência para repasse da desvalorização da moeda diminuiu, resultando em margens maiores;
- Não há retomada de impostos para sustentar preços mais altos de carros novos;
- A Localiza tem uma frota mais antiga em relação àquela época.
No entanto, os analistas do BBA também vêem dois aspectos muito positivos: as fortes vantagens competitivas da empresa e o valuation atrativo das ações.
A classificação do Itaú BBA para RENT3 é “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”), com preço-alvo para 2025 de R$ 50.
No entanto, os analistas destacam que as perspectivas de curto prazo permanecem ruins, o que justifica uma visão cautelosa. Dessa maneira, a casa aponta preferência por WEG (WEGE3), Embraer (ERJ;EMBR3) e Marcopolo (POMO4).
“Embora permaneçamos cautelosos para o ano, estamos otimistas sobre o longo prazo”, dizem os analistas.
* Com informações do Money Times.
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