Frenesi com a bolsa: BTG revela se há motivos reais para se animar com as ações brasileiras em 2025
Para os analistas, apesar da pressão do cenário macroeconômico, há motivos para retomar o apetite pela renda variável doméstica — ao menos no curto prazo
Depois de um ano de causar arrepios para aqueles que investem em ações no Brasil, 2025 até agora sinaliza um respiro para a bolsa brasileira — e é possível que o Ibovespa possa ter mais fôlego do que o esperado, ao menos no curto prazo.
Para o BTG Pactual, por mais que haja diversas razões para permanecer cético em relação às perspectivas para a bolsa, há ainda mais motivos para adicionar uma pitada de risco aos portfólios, com cautela, nos próximos meses.
Segundo os analistas, o pessimismo em relação ao Brasil já está tão amplamente precificado nos ativos que abre espaço para surpresas positivas.
“Apesar de ainda acreditamos em portfólios equilibrados, preparados para a volatilidade à frente diante dos longos meses até as eleições em outubro de 2026, acreditamos que a recente volta da bolsa pode ser mais do que apenas um rali de bear market”, disse o banco.
Os motivos para se animar com a bolsa brasileira
No cenário local, o BTG Pactual avalia que as discussões políticas que antecedem as eleições de 2026 já estão influenciando o sentimento dos investidores e os preços das ações domésticas.
A preocupação com possíveis políticas populistas, devido à perda de popularidade do governo atual, gera temores quanto às contas públicas.
Leia Também
No entanto, o banco avalia que medidas eleitoreiras podem ser adiadas para próximo de 2026, criando uma janela de oportunidade para a bolsa.
Ainda no campo macroeconômico, a valorização do câmbio e os impactos da política monetária levaram a uma diminuição nas expectativas de aumento da taxa Selic, resultando no fechamento da curva de juros futuros (DIs).
Segundo o BTG, a queda das taxas de curto prazo poderia eventualmente ajudar a pressionar para baixo os juros de longo prazo.
Isso daria suporte a ações com maior duration (com fluxo de caixa de longo prazo) e para “vários proxies de renda fixa” — papéis com comportamentos semelhantes aos títulos de renda fixa, com menos volatilidade, maior estabilidade de retorno e comumente com pagamentos atraentes de dividendos.
“É possível até argumentar que esses investimentos oferecem uma proteção (hedge) interessante contra a desaceleração econômica à frente”, disse o banco.
Outros fatores que impulsionam o otimismo com as ações locais
O otimismo com a bolsa brasileira também se sustenta em tendências internacionais, como a expectativa de alívio temporário nos ruídos acerca da política tarifária nos Estados Unidos.
Afinal, uma das maiores preocupações dos investidores jazia na incerteza sobre o que esperar do novo governo de Donald Trump, especialmente diante de promessas de tarifas agressivas durante as campanhas eleitorais.
No entanto, o BTG avalia que as falas sobre uma política tarifária mais dura podem ter sido “performáticas para obter vitórias em outras agendas”, visto que as taxações anunciadas até então se mostraram bem mais leves do que o temido.
- VEJA MAIS: Não é GGBR3: outra ação brasileira pode se beneficiar do protecionismo de Trump, segundo BTG Pactual
Ainda no exterior, a recuperação econômica da China, apesar da fraqueza no mercado imobiliário, é vista como um fator positivo para a bolsa brasileira, já que o gigante asiático é um importante parceiro comercial do Brasil.
Há também uma aparente rotação global de investimentos, com as “Sete Magníficas” — Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla — deixando o centro dos holofotes. Para os analistas, esse movimento poderia favorecer outras classes de ativos, incluindo a bolsa brasileira.
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
