Weg (WEGE3): fábrica de bilionários da B3 segue cobiçada pelos tubarões da Faria Lima e é uma das apostas da AZ Quest em ações para 2025
Em entrevista ao Seu Dinheiro, o gestor de renda variável Welliam Wang alertou para ano turbulento na bolsa brasileira — e revela quais ações estão na carteira da gestora

Gigante brasileira do setor elétrico, a Weg (WEGE3) continua a ser uma das ações mais cobiçadas da bolsa brasileira. Mais conhecida como “fábrica de bilionários” da B3, a companhia entregou um retorno de 45,32% em 2024, enquanto o Ibovespa apresentou desempenho negativo de 10,36% no mesmo período.
O otimismo com a fabricante de motores elétricos é praticamente unanimidade entre o mercado financeiro. Do lado das casas de análise, das 12 recomendações para as ações na plataforma TradeMap, nove são de compra e três de manutenção.
Mas não é só no sell side que a Weg é bem quista. Uma das maiores gestoras de recursos do país, a AZ Quest — com mais de R$ 36 bilhões em ativos sob administração — tem os papéis WEGE3 como uma das principais apostas em ações para 2025.
Segundo Welliam Wang, gestor de renda variável da casa, a Weg é uma boa pedida para a proteção da carteira de investimentos em meio à volatilidade do mercado.

Em entrevista ao Seu Dinheiro, o head do portfólio de ações da AZ Quest alertou para um ano turbulento para a bolsa brasileira em 2025 — e revelou quais outras ações estão na carteira da gestora hoje.
Para espiar o que está no portfólio da gestora, basta continuar a leitura desta matéria.
Leia Também
Weg (WEGE3): aposta certeira para investir em 2025? Por que a AZ Quest está otimista com as ações
Há quatro fatores principais que sustentam a visão otimista da AZ Quest para as ações da Weg (WEGE3).
São eles:
- Tendência global de eletrificação: a crescente demanda pelo aumento da eletrificação e dos investimentos em infraestrutura elétrica, impulsionada pela popularização da inteligência artificial no mundo inteiro, posiciona a Weg como uma das principais beneficiárias globais.
- Cultura empresarial forte: a empresa possui uma estrutura organizacional que permite que a companhia realize aceleradas fusões e aquisições (M&As) e integrações bem-sucedidas.
- Verticalização das operações: o controle da cadeia produtiva completa permite maior eficiência de custos e resiliência a eventuais gargalos que poderiam ser causados pela dependência de fornecedores externos, diferentemente de seus concorrentes.
- Valuation atrativo: apesar da forte valorização, o múltiplo de preço/lucro ajustado ao crescimento segue competitivo frente aos pares globais.
Embora a Weg apresente pontos positivos, parte dos investidores demonstra certa cautela em relação à compra das ações, com temor de que a empresa já esteja precificada à perfeição após a escalada dos papéis na B3.
No entanto, a AZ Quest avalia que a fabricante de componentes elétricos segue com valuation atrativo mesmo depois da forte valorização.
Há também o potencial de novas revisões positivas dos números, impulsionada pelo câmbio e pela margem. “Essas duas são as principais alavancas para gerar mais retorno para a ação WEGE3”, disse Wang.
Além disso, para o gestor, a Weg naturalmente merece um prêmio em relação à média histórica devido ao seu "valor de escassez", por ser uma das poucas empresas da bolsa brasileira com exposição ao câmbio, crescimento consistente e baixa volatilidade.
Weg (WEGE3) e o risco Trump
Um dos principais riscos para a Weg hoje é a falta de visibilidade sobre a política comercial dos Estados Unidos na nova gestão de Donald Trump.
A imposição de duras tarifas para parceiros comerciais como a China e o México ocupou boa parte das promessas de campanha do republicano — e o mercado teme que outros países, como o Brasil, possam virar alvo de impostos norte-americanos.
Contudo, Wang acredita que esse risco é limitado, já que a demanda por transformadores supera a oferta global — o que permitiria à Weg repassar aos clientes eventuais tarifas nos preços. Além disso, uma eventual nova fábrica nos EUA poderia mitigar esse impacto.
VEJA MAIS: Evento gratuito do Seu Dinheiro com especialistas da Empiricus, BTG Pactual, Pátria, EQI Research e outros gigantes ajuda a preparar carteira para 2025; retire seu ingresso aqui
As apostas da AZ Quest em ações na bolsa brasileira
Wang alerta para um ano turbulento para o mercado de ações brasileiro em 2025, o que demanda uma estratégia mais defensiva nos investimentos, focada em proteção e seleção criteriosa de ativos.
“Se não virmos nenhuma mudança com relação à política fiscal, será muito difícil que a bolsa brasileira tenha um ano positivo. 2025 deverá ser um ano de stock picking e de proteção para a carteira, então acreditamos que o investidor realmente tem que possuir no portfólio empresas que estão mais protegidas dos juros altos e do câmbio”, disse o gestor.
A gestora possui diversas teses de investimento, com foco em empresas mais resilientes e com capacidade de atravessar cenários desafiadores com solidez e que apresentam um bom desempenho operacional.
Entre as principais as apostas em ações do portfólio da AZ Quest, estão:
- Weg (WEGE3), Bradespar (BRAP4) e Marcopolo (POMO4): Exportadoras mais protegidas do cenário macroeconômico desafiador;
- Embraer (EMBR3): Exportadora bem posicionada nos setores de aviação executiva, comercial e defesa;
- JBS (JBSS3), BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3): Empresas exportadoras beneficiadas pelo ciclo positivo das margens no setor de proteínas, impulsionado pela dificuldade em aumentar a oferta;
- Sabesp (SBSP3): Potenciais ganhos com a privatização, com melhoria na eficiência de custos, maior agilidade para resolução de questões regulatórias e operacionais, maior geração de caixa e distribuição de dividendos; e
- GPS (GGPS3): Potencial para consolidação em um mercado fragmentado e com muitos players fragilizados, o que permite que a empresa aproveite a fragilidade de seus concorrentes para realizar aquisições estratégicas.
Simultaneamente, a AZ Quest prefere evitar setores sensíveis aos juros altos, como varejo, infraestrutura rodoviária e ferroviária, e segmentos específicos do setor financeiro.
Dentro do varejo, o gestor se posiciona negativamente nos segmentos de vestuário, bens duráveis, eletroeletrônicos e alimentos.
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho
A Selic vai cair? Surpresa em dado de inflação devolve apetite ao risco — Ibovespa sobe 1,69% e dólar cai a R$ 5,3870
Lá fora os investidores também se animaram com dados de inflação divulgados nesta terça-feira (12) e refizeram projeções sobre o corte de juros pelo Fed
Patria Investimentos anuncia mais uma mudança na casa — e dessa vez não inclui compra de FIIs; veja o que está em jogo
A movimentação está sendo monitorada de perto por especialistas do setor imobiliário
Stuhlberger está comprando ações na B3… você também deveria? O que o lendário fundo Verde vê na bolsa brasileira hoje
A Verde Asset, que hoje administra mais de R$ 16 bilhões em ativos, aumentou a exposição comprada em ações brasileiras no mês passado; entenda a estratégia
FII dá desconto em aluguéis para a Americanas (AMER3) e cotas apanham na bolsa
O fundo imobiliário informou que a iniciativa de renegociação busca evitar a rescisão dos contratos pela varejista
FII RBVA11 anuncia venda de imóvel e movimenta mais de R$ 225 milhões com nova estratégia
Com a venda de mais um ativo, localizado em São Paulo, o fundo imobiliário amplia um feito inédito
DEVA11 vai dar mais dores de cabeça aos cotistas? Fundo imobiliário despenca mais de 7% após queda nos dividendos
Os problemas do FII começaram em 2023, quando passou a sofrer com a inadimplência de CRIs lastreados por ativos do Grupo Gramado Parks
Tarifaço de Trump e alta dos juros abrem oportunidade para comprar o FII favorito para agosto com desconto; confira o ranking dos analistas
Antes mesmo de subir no pódio, o fundo imobiliário já vinha chamando a atenção dos investidores com uma série de aquisições
Trump anuncia tarifa de 100% sobre chips e dispara rali das big techs; Apple, AMD e TSMC sobem, mas nem todas escapam ilesas
Empresas que fabricam em solo americano escapam das novas tarifas e impulsionam otimismo em Wall Street, mas Intel não conseguiu surfar a onda
Ações baratas e dividendos gordos: entenda a estratégia deste gestor para multiplicar retornos com a queda dos juros
Com foco em papéis descontados e empresas alavancadas, a AF Invest aposta em retomada da bolsa e distribuição robusta de proventos com a virada de ciclo da Selic